É DIFÍCIL MANTER A ESPERANÇA
Por: Carlos de Miranda Gomes
Como
naturalmente sou um pessimista, volto a provocar os meus leitores com a
lamentação da atual situação em que nos encontramos, em todos os níveis de
governo.
No
âmbito federal, a ditadura disfarçada impõe um projeto para a reforma da
previdência, sem a necessária discussão pública. Não temos dúvida de que deve
haver um novo perfil da previdência, mas não tão esdrúxulo para descontar o
descaso de todos esses anos de omissão. Em contrapartida, as centrais sindicais
e algumas organizações sociais orquestraram um movimento popular – em alguns
lugares com baderna, contra a referida reforma, mas com uma pitada da famosa
frase “Fora Temer”, herança de quem perdeu o timão do barco.
Nada
contra, mas será que a massa tinha algum conhecimento do que se pretende com a
reforma? Não seria melhor a realização de inúmeras audiências públicas para se
ter a exata noção do projeto e assim poder protestar com consciência?
Por
outro lado existe uma corrente em prol da extinção da contribuição sindical, o
que nos parece com o escopo de enfraquecer a força dos comandos dos
trabalhadores. Também não é por aí. É preciso diálogo.
No
campo estadual, estamos no pódio da violência, da insegurança em todos os
sentidos. Os bancos têm suas agencias explodidas semanalmente; assaltos diários;
furtos também. E agora temos outra triste informação: algumas agências dos
Correios serão fechadas no Rio Grande do Norte. Ora, a coisa já é caótica, pois
NUNCA MAIS recebemos nossas correspondências de forma tempestiva. Quem não
procurar na internet fará seus pagamentos com atraso. Mas os “realistas de
plantão” acreditam que a solução é piorar. Esperamos que surjam alternativas na
iniciativa privada ou teremos perdido um serviço que, no passado, foi o mais
respeitado.
Na
esfera municipal, levanta-se dúvida sobre o esvaziamento do Fundo
Previdenciário da Prefeitura de Natal para cobrir a folha de pagamento. QUOUSQUE TANDEM?