sábado, 8 de outubro de 2016

TRISTE PARTIDA



 

O Estado perdeu no dia de hoje uma das figuras mais queridas e mais honradas de sua história. CARLOS ERNANI ROSADO SOARES, médico cirurgião, salvou muitas vidas e fez renascer a esperança para muita gente, inclusive da classe indigente.
Professor fundador da nossa FACULDADE DE MEDICINA, dos mais estimados pelos alunos e pelos colegas, foi exemplo de humanista, pensador, escritor e filósofo.
Membro das Academias de Medicina, de Ciências do Rio Grande do Norte e da Norte-Rio-Grandense de Letras. Sócio Efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte.
No estado emocional que ainda estou passando, não tenho as palavras exatas para retratar esse benemérito da humanidade. O farei mais adiante, dando o exato traçado de sua vida de da sua obra.
Dona Madalena, Hermann e Lorena, recebam o sentimento da minha família.
AGORA É SÓ RESPEITO E UMA PROFUNDA SAUDADE.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

MEU NETO, MEU ORGULHO



Nada mais gratificante para um avô do que ver o seu neto, que por sinal tem o seu próprio nome, como aluno destaque do 6º ano matutino do Colégio Marista de Natal. Siga assim Carlos Roberto de Miranda Gomes Neto e obrigado pela alegria que você traz para a família.
 Foto da solenidade
 O laureado com o Diretor, Irmão Assis
 Com o pai Carlos Rosso, orgulhoso exibindo o diploma.

DIA 07

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

leituras



LEITURAS DE SETEMBRO DE 2016-10-01
Por: CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES, escritor
            Nas minhas tarefas costumeiras, neste setembro primaveril, tenho a satisfação de registrar, entremeada dos afazeres normais do cotidiano, a leitura de alguns títulos literários, que me aguçaram o prazer livros físicos, os quais não substituo por nenhuma outra forma, por mais moderna que seja, mas que não retira o liame do volume caído sobre o peito, em cada cochilo e as anotações à margem do texto para marca ou lembrar alguma coisa mais interessante, ou ainda, que mereça um futuro aproveitamento em possível opinião/crítica.
            JARARACA foi o primeiro, relatando a prisão, suplício e morte do temido cangaceiro, do Bando de Lampião, da autoria de Geraldo Maia do Nascimento, Natal, Sebo Vermelho Edições, 2016.
            Livro com 171 páginas, escrito com extrema correção, pois desmistifica estórias da invasão do Capitão Virgulino Ferreira a Mossoró, com relatos de testemunhas presenciais, recortes dos jornais contemporâneos aos fatos e a transcrição de documentos e depoimentos oficiais.
            Particularmente, onde está publicado o Relatório de Jaime Guedes, então gerente da filial do Banco do Brasil na cidade invadida (1927), transcrevo alguns trechos que demonstram a situação local, estadual e do próprio país:
O cangaceiro não é originalmente um caso psicológico. Não é também o caldeamento da raça, nem outras fantasias literárias que surgem, a miúde, ora em artigos pela imprensa, ora nos duelos oratórios nas duas casas do Congresso. O cangaceiro é, em geral, um tipo normal, degenera-se pelo consórcio permanente de duas calamidades: a falta de polícia e a falta de justiça, resumidas em outra maior de que estas – a falta de governo!
Até parece que a imprensa apregoa nos dias presentes, quando oferece as sugestões: “Se medidas severas e radicais não forem, a tempo tomadas, na repressão ao banditismo, este tende a se alastrar cada vez mais, sendo improvável até que ponto chegará!”
Apenas fazemos uma ressalva – na expressão ali usada: “falta de polícia”, hoje pode ter o substitutivo de falta de equipamentos, viaturas, efetivo bem treinado, insuficientes para fazer frente aos marginais e, no que foi referido à “falta de justiça”, preferimos compreender o corpo judicante inferior ao número necessário e a edição de normas legais punitivas muito brandas, gerando a impressão de impunidade.
Outro livro interessante do qual fiz leitura foi do escritor Janduhi Medeiros, de raízes seridoenses, onde utiliza uma prosa muito local e consegue contar fatos, lendas, religiões, culinária, cânticos e história da passagem dos judeus pelo
Seridó, alterando costumes e trazendo riqueza para a região.
Dessa obra tirei muitas dúvidas sobre o fazer cotidiano arraigado numa vida dividida entre o campo e a cidade de pedra – uma verdadeira cruz para se viver.
O trocadilho nada tem a ver com o título do livros – “A pedra da Cruz”, editado em Mossoró pela Caravela Selo Cultural 2016, que em verdade significa a simbologia dos “marranos” de se colocar pedras em cruzes na beira das estradas, como to de deferência a uma comunicação espiritual com o morto.
Toda essa prosa é compartilhada entre três personagens marcantes: No livro, quem conta essa intersecção entre o povo seridoense e a cultura judaico-cristã são três personagens: Mestre Cirilo Bezerra, trovador e estudioso da história; Samir de Gabriel, servidor público e o poeta Daniel Constantino, os quais narram e dialogam numa linguagem cativante, mesmo que para expressar o trivial:
O silêncio peçonhento do verão, que invade o seco calendário da década de setenta, rasteja-se como cascavel no calor azulado do Semiárido, rachando ao meio as terras sofridas do Seridó. Pelo sertão, a sede caspenta da língua da estiagem bebe a pouca água que resta da sangria do inverno que passou, ordenando uma safra incerta...
            E vai por aí caminhante a traçar as agruras em forma de devaneios, só possível na pena do castigado homem do sertão do Seridó:
Na praça uma criança aponta uma estrela no céu, outra grita, em tom de zombaria: ‘vai nascer uma verruga’!
Outro livro que li diz respeito à vida profissional do estimado confrade BENEDITO VASCONCELOS MENDEs, cearense de nascimento, mas mossoroense de opção, que se estabeleceu com sucesso na capital do Oeste desenvolvendo intensa e profícua atividade nas lides da docência, da pesquisa e da cultura. É um bom exemplo de homem determinado. Edição Sarau das Letras (Mossoró), 2016.
Por último, terminando as leituras de setembro, percorri a escola de arte popular de XICO SANTEIRO (Joaquim Manuel de Oliveira), edição Edufrn, 2015, representado por um belo trabalho do Professor e historiador das artes e doutor pela Universidade de Paris X-Nanterre Everardo Ramos, trazendo ao conhecimento público a vasta e importante obra do artista santeiro (imaginário), exemplo de talento e humildade, a quem visitei nos anos sessenta, em sua quase tapera da Avenida Café Filho e encomendei o busto do meu pais, Desembargador José Gomes da Costa, gravado na madeira como “Dizibagador Joze Gomes Costa”, como atesta a reprodução da foto.
O nosso artista potiguar, de ancestrais paraibanos (seu pai e orientador foi Manuel Francisco Xavier), ombreia-se a outros ícones da arte popular nordestina, como Mestre Vitalino, de Pernambuco, Chico Silva e Mestre Noza, do Ceará, todos consagrados e deixou discípulos, entre os quais Irene, sua filha e os genros Zé Santeiro e Zé de Neuza (José Joaquim da Silva).
Xico mereceu apoio dos imortais Câmara Cascudo e Veríssimo de Melo e do Prefeito Djalma Maranhão e consagração no nordeste brasileiro que reverencia a sua obra.

domingo, 2 de outubro de 2016

DIA DE ELEIÇÃO


DEMONSTRE O SEU AMOR A NATAL
VOTE COM SUA CONSCIÊNCIA