Era uma das figuras mais queridas da cidade.
Transcrevo a notícia que Lúcia publicou em um dos seus blogues - dia 22:
MORREU ONTEM, DE INFARTO FULMINANTE, DÉCIO HOLANDA, UM BOÊMIO-POETA OU UM GRANDE CANTOR DAS BOAS SERESTAS E FREQUENTADOR ASSÍDUO DO "BOCA DA NOITE".
E LÁ SE VAI MAIS UM PROFISSIONAL DA CONSTRUÇÃO CIVIL, JUIZ CLASSISTA, TÉCNICO CANTOR DOS BONS, BOÊMIO, E POETA! ELE QUE PRESTOU RELEVANTES SERVIÇOS NA FJA E NÃO DISPENSAVA O CONVÍVIO COM OS BONS AMIGOS, COMO ROBERTO BRANDÃO FURTADO E MARILDA, COM QUEM COSTUMAVA SAIR PARA DANÇAR COM SUA GRAÇA, NA AABB, UMA VEZ AO MÊS, NO PROJETO CULTURAL "BOCA DA NOITE". ERA UMA PRESENÇA MARCANTE ESSE ANIMADO GRUPO: DÉCIO E GRAÇA, ROBERTO E MARILDA.
ENTRE UM E OUTRO GOLE, DÉCIO CURTIA SEUS SESSENTA E POUCOS ANOS.
ERA UM ÓTIMO CANTOR, A FOTO ACIMA[foi batida por Carlos Gomes, no lançamento do livro de Gustavo Sobral - dia 05 deste mês de outubro, onde estava ao lado do advogado Caio Graco].
QUE DEUS RECEBA SUA ALMA NESTE 22 DE OUTUBRO DE 2011.
O VELÓRIO REALIZOU-SE NA MORADA DA PAZ DA RUA SÃO JOSÉ, COM MISSA CELEBRADA ÀS 15 HORAS E O SEPULTAMENTO ÀS 17 HORAS, NO CEMITÉRIO MORADA DA PAZ DE EMAÚS.
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(*) CRÉDITOS DA FOTO: Blog do MIRANDA GOMES.
Lúcia Helena, a propósito da morte de DÉCIO publicou homenagem prestada por Pedro Simões:
DÉCIO HOLANDA - DO OUTRO LADO DO CAMINHO - POR PEDRO SIMÕES NETO.
PEDRO SIMÕES
Professor, Advogado e Escritor
Morreu Décio Holanda, empresário, poeta, boêmio, um colecionador de amigos. Não privei da sua amizade, mas o observava à distância, naquela sua soltura mansa e feliz, comunicativo, bom conversador e dizia brincando comigo mesmo: quando crescer vou ser igual a ele. Mas as minhas muito reservas não incorporaram o seu saudável modelo, por isso continuei a admirá-lo à distância.
Estivemos juntos algumas vezes. Ultimamente, num dos programas Boca da Noite na AABB, em companhia de Roberto Furtado e Marilda e Elizabeth. Cismou que era dançarino e com Gracinha fez uma bela figura. Diverti-me com os seus volteios. E a última vez novamente na companhia de Roberto, Marilda e Elizabeth, a pretexto de um luar de setembro em Muriú. Dessa vez me soltei e passamos a noite inteira numa cantoria desafiadora, vendo quem tinha mais repertório e voz. Perdi a parada, porque ele era "hors concours".
Apesar da minha crença espírita cristã, dava-o como imortal aqui nesse estágio planetário, pelo seu espírito e energia irradiantes, também recolhida dos amigos. Deus o levou. Imagino, mais como poeta e portanto, sonhador, bem longe do meu credo religioso, que Tota Zerôncio o aguardava com um bloco composto por anjos boêmios e que confraternizaram por longo tempo à base de hidromel paradisíaco, cantando marchinhas carnavalescas acompanhadas por liras e harpas - uma agressão à esculhambação devida ao clima carnavalesco - mas suportada pacientemente pelo Décio, como era seu jeito de ser.
Que Deus vele por seu sono, querido companheiro.
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Recebi e-mail de Ciro Tavares, homenageando DÉCIO com a música "Va Mon Ami Va".