Abril
Somos de Abril
Por onde são feitas
As minutas
Espreguiçam-se os bocejos
Delineiam-se traços da natureza
E se escrevem palavras livres.
Abril de águas límpidas e maios colecionados
Expressos em rosas maturadas de febris vermelhos
Sagrando os templos os paços os dias.
Somos de Abril
Por onde a natureza reinaugura trimestres
E o calendário se move
Por força da terra firmemente pisada, compactada,
Acomodando pedregulhos e segredos abissais.
Abril descabido e tosco
Desembocadura ao contrário do rio
Por onde flutuam as embarcações que levam e trazem
Gritos e sussurros
de alucinado amor rememorado.
(Francisco Alves C. Sobrinho)
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