MIRABEAU AMÂNCIO
PEREIRA
Por: Augusto Coelho
Leal, engenheiro civil
“Há
pessoas que nos falam e nem as escutamos, há pessoas que nos ferem e nem
cicatrizes deixam, mas há pessoas que simplesmente aparecem em nossas vidas e
nos marcam para sempre.”
Mirabeau Amâncio Pereira foi uma
dessas pessoas que ficam eternamente em nossos corações. Nasceu em Caicó – RN , em 10 de maio de 1914,
faleceu em Natal, no dia 05 de outubro de 2009, e se vivo estivesse estaria
completando cem anos de vida e certamente sua casa, estaria aberta para junto
com ele abraçar amigos e familiares.
A família Pereira, teve suas raízes
no Estado do Ceará e migrou para o Rio Grande do Norte através do Município de
São Miguel, na época Distrito de Pau dos Ferros. Assim a família de Mirabeau
também tem laços sanguíneos com as famílias Leal, Fernandes e Pimenta,
tradicionais naquela região.
Mirabeau era filho de Augusto
Amâncio Pereira e de Auta Pereira. Teve
como irmãs: Ilnah Pereira Mesquita, que casou com Paulo Mesquita e Ilzeny Fernandes Pereira, assistente
social.
Formado em Farmácia, para atender os
desejos de seu pai, foi cursar Medicina, onde se formou pela Universidade
Federal da Bahia, especializou-se em Pediatria, casou-se com Idalina de Souza
Ataíde pernambucana da cidade de Petrolina. O casal teve três filhas: Vânia,
Nádia e Tacia, netos e uma bisneta.
Voltando
á Natal, Mirabeau dedicou-se a profissão com amor, dedicação. Era uma pessoa
essencialmente humana, atendia a todos independente de posição social ou cor.
Foi médico da Legião Brasileira de Assistência - LBA e INPS, mais tarde INAMPS
e hoje INSS. Ainda prestou serviço no antigo SANDU.
Nunca cheguei a vê-lo emburrado, era
uma pessoa de natureza alegre; as piadas estavam sempre presentes no seu dia a
dia. Com seu temperamento extrovertido, contava piada mesmo baixinho, até em
velórios, e tinha uma risada muito singular, quando aproximava-se de nós familiares, vinha um
comentário; chegou Mister Alegria.
Como pai de família foi exemplar,
adorava receber as filhas e netos, em número de dez No domingo a sua casa era
só alegria junto a sua família, quando todos estavam presentes ele dizia muito
feliz – Hoje o hotel está com 100% de ocupação.
Abecedista de coração, os seus três
genros eram torcedores doentes do America Futebol Clube, e embora em
desvantagem numérica nesta repartição de torcida, não deixava de externar sua
alegria nas vitórias do seu time.
“A felicidade não é um fruto da paz,
é a própria paz.” O fruto plantado por Mirabeau germinou, deixou entre nós
lembranças de amor e paz. Por isso, quando pensamos na sua pessoa não sentimos
tristeza, mas saudade. Saudade da sua honestidade, da sua alegria, da sua
bondade. Os seus ensinamentos ficaram com todos nós, e procuramos semeá-los em
sua memória. Foi-se um bom homem, ficou uma bela história.
Nenhum comentário:
Postar um comentário