sábado, 10 de maio de 2014

Guga



MIRABEAU AMÂNCIO PEREIRA

Por: Augusto Coelho Leal, engenheiro civil



“Há pessoas que nos falam e nem as escutamos, há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam, mas há pessoas que simplesmente aparecem em nossas vidas e nos marcam para sempre.”



            Mirabeau Amâncio Pereira foi uma dessas pessoas que ficam eternamente em nossos corações.  Nasceu em Caicó – RN , em 10 de maio de 1914, faleceu em Natal, no dia 05 de outubro de 2009, e se vivo estivesse estaria completando cem anos de vida e certamente sua casa, estaria aberta para junto com ele abraçar amigos e familiares.


            A família Pereira, teve suas raízes no Estado do Ceará e migrou para o Rio Grande do Norte através do Município de São Miguel, na época Distrito de Pau dos Ferros. Assim a família de Mirabeau também tem laços sanguíneos com as famílias Leal, Fernandes e Pimenta, tradicionais naquela região.


            Mirabeau era filho de Augusto Amâncio Pereira e de Auta Pereira. Teve  como irmãs: Ilnah Pereira Mesquita, que casou com Paulo Mesquita  e Ilzeny Fernandes Pereira, assistente social.


            Formado em Farmácia, para atender os desejos de seu pai, foi cursar Medicina, onde se formou pela Universidade Federal da Bahia, especializou-se em Pediatria, casou-se com Idalina de Souza Ataíde pernambucana da cidade de Petrolina. O casal teve três filhas: Vânia, Nádia e Tacia, netos e uma bisneta.


            Voltando á Natal, Mirabeau dedicou-se a profissão com amor, dedicação. Era uma pessoa essencialmente humana, atendia a todos independente de posição social ou cor. Foi médico da Legião Brasileira de Assistência - LBA e INPS, mais tarde INAMPS e hoje INSS. Ainda prestou serviço no antigo SANDU.


            Nunca cheguei a vê-lo emburrado, era uma pessoa de natureza alegre; as piadas estavam sempre presentes no seu dia a dia. Com seu temperamento extrovertido, contava piada mesmo baixinho, até em velórios, e tinha uma risada muito singular, quando  aproximava-se de nós familiares, vinha um comentário; chegou Mister Alegria. 


            Como pai de família foi exemplar, adorava receber as filhas e netos, em número de dez No domingo a sua casa era só alegria junto a sua família, quando todos estavam presentes ele dizia muito feliz – Hoje o hotel está com 100% de ocupação.


            Abecedista de coração, os seus três genros eram torcedores doentes do America Futebol Clube, e embora em desvantagem numérica nesta repartição de torcida, não deixava de externar sua alegria nas vitórias do seu time.


            “A felicidade não é um fruto da paz, é a própria paz.” O fruto plantado por Mirabeau germinou, deixou entre nós lembranças de amor e paz. Por isso, quando pensamos na sua pessoa não sentimos tristeza, mas saudade. Saudade da sua honestidade, da sua alegria, da sua bondade. Os seus ensinamentos ficaram com todos nós, e procuramos semeá-los em sua memória. Foi-se um bom homem, ficou uma bela história.


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