FIM MELANCÓLICO DE UM GOVERNO (*)
Faz bastante tempo que não assistíamos um findar de governo tão melancólico, no Estado do Rio Grande do Norte, quanto este de 2010, o que nos aponta um início de exercício novo dentro de grave crise orçamentário-financeira.
Não bastasse a evidente falta de planejamento no desenvolvimento dos programas e projetos governamentais, com repercussão bastante negativa na saúde pública, na educação e na segurança, temos ainda o desacerto da não liberação de contrapartidas em inúmeros convênios, fazendo com que os recursos retornem às suas origens, como é exemplo o da recuperação da Biblioteca Câmara Cascudo, comprometendo até a área de investimentos.
A par disso, são incontroláveis as faltas de pagamentos aos fornecedores e aos próprios servidores, provocando protestos, greves reiteradas e desabastecimento em todas as áreas.
O perigo do não pagamento aos servidores públicos perdurou até às vésperas do término do governo, somente alentado através de uma operação irregular de crédito – segundo a imprensa local – seria uma operação ARO (por antecipação da receita orçamentária), proibida pela Lei de Responsabilidade Fiscal no último ano de mandato (art. 38, inciso IV, letra “b”), assim disposta na LC 101/2000 para garantir o princípio maior por ela implantado – o equilíbrio – uma vez que estará sendo comprometido o governo entrante, haja vista que já contava com essa receita, elencada na previsão orçamentária de receita para 2011.
Em casos tais a Lei nº 10.028/2000, que altera o Decreto-lei nº 2.848/1940 (Código Penal), dispõe em seu art. 359-Caracterizar “crime contra as finanças públicas” – “Ordenar ou autorizar a assunção de obrigação, nos dois últimos quadrimestres do último ano de mandato ou legislatura, cuja despesa não possa ser paga no mesmo exercício financeiro, ou, caso reste parcela a ser paga no exercício seguinte, que não tenha contrapartida suficiente de disponibilidade de caixa.” (Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos).
Essa operação é um despropósito, é uma agressão à lei e um ato que fere a ética administrativa, posto que tolhe a governabilidade no início do novo mandato.
O correto seria cancelar contratos e convênios que não estivessem sendo cumpridos na forma pactuada, ou que, ainda não tivessem iniciado a execução, tendo consequência na anulação de empenhos gerando um superávit alimentador do orçamento vigente.
Nesse momento sentimos saudades da Consultoria Geral do Estado que certamente não orientaria esse caminho tortuoso, como igualmente faltou a ação enérgica ou o pronunciamento técnico da Controladoria, que parece estar à deriva.
Enquanto isso, mesmo dentro de um caos, insiste-se em lançar um novo edital para a construção da “Arena das Dunas”, comprometendo-se o Estado com a garantia de um “Colchão financeiro de R$ 70 milhões de reais). Quanta incoerência! Quanta insensatez!
Há uma canção que diz: “agora é cinza – tudo acabado e nada mais”. Será?
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(*) Carlos Roberto de Miranda Gomes
Professor de Direito Financeiro e Finanças, aposentado e advogado.
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
CONTRASTE é gramaticalmente um substantivo masculino que representa oposição entre coisas ou pessoas; emocionalmente, significa sentimentos antagônicos.
Os potiguares viveram esses sentimentos num mesmo dia - a celebração do nascimento de Cristo, do aniversário de Natal e do vôo final de Dona NOILDE RAMALHO, a "Dama da Educação", o exemplo de dedicação, de capacidade e amor pelo ensino.
Em que pese o contraste, não podemos questionar os desígnios de DEUS, pois se a levou para a morada eterna, permitiu que ela deixasse em nossa dimensão humana um excelso exemplo.
Tudo o que for dito sobre Dona Noilde será sempre pouco para a sua grandeza.
A população do Estado e os seus amigos fizeram uma despedida condigna com a sua estatura moral e profissional, cumprindo o seu desejo de uma cerimônia singela, porém marcante. Um grande abraço emocionado e dolorido do seu admirador, a quem carinhosamente a Senhora aceitava o apelido dado por Manoel de Brito: "Maestro".
Fonte da pintura "Sagrada Família": Netim José Neto (BLOG)
OS CENÁRIOS DA VIDA DE JESUS
Manoel Marques Filho
As revelações contidas no novo testamento não são restritas as palavras de Jesus e dos profetas nos vários atos da vida do mestre.
Os cenários dos momentos refletem também as novas revelações que se fundamentam em uma nova humanização, centrada no amor, como energia criadora não somente das almas e dos corpos perecíveis, mas de todo o universo.
Também, as forças da natureza passam a ser submissas a Jesus que as repreende no momento em que acalma os ventos e desfaz a tempestade.
Nos vários atos em que tudo isso acontece, se evidenciam lições refletidas em coisas simples, de humildade e fotografias poéticas.
Imagine-se o mar revolto e um pequeno e frágil barco de pobres pescadores a lutarem contra as ondas selvagens. Em seguida, um humilde filho de carpinteiro a lembrar o atributo da fé, quando erguendo os braços acalma os ventos e desfaz a chuva, em meio a uma paisagem de rara beleza das nuvens negras que se afastam vencidas por uma benção e o sol se apresenta iluminando a todos não somente com a sua luz peculiar, mas com uma luz acima da sua luz, quando traz em si jatos de suave força espiritual advinda das mãos afáveis do criador.
O sermão da montanha, que representa o cerne das lições de Jesus foi expresso no alto de um monte onde as oliveiras e tamareiras faziam parte da paisagem que reflete toda uma evocação do respeito que necessariamente devemos ter pela natureza esplendorosa, que o Deus do universo legou aos homens como parte fundamental da possibilidade da própria vida.
Houve também o cruel cenário da infamante crucificação do inocente, método de pena de morte considerado como o mais cruel, que constituía ao mesmo tempo um misto de execução e tortura prolongada profundamente dolorosa.
Mas o cenário mais sublime certamente que foi o do Natal de Jesus, feito em meio à humildade extrema de uma manjedoura.
Mesmo ocorrido em lugar tão singular, os céus fizeram resplandecer uma estrela de magnífica beleza, de tão intensa luz que apequenou a iluminação da lua cor de prata e guiou os Reis Magos ao santo lugar. Ali estavam humildes pastores ajoelhados diante do menino que desde então expressava a serenidade dos céus.
O amor da mãe que amamentava o pequenino simbolizava toda a ternura que fazia circular no ambiente a energia doirada do amor divino, em forma de uma canção somente interiorizada pelos sentidos das almas, na sua mais alta profundeza.
Animais se acercavam da manjedoura. Entre eles um boi de olhar manso, o animal mais humilde do presépio, que mesmo detentor potencial da sua fúria animalesca sabia vencer o rude instinto e se acomodava submisso ao momento raro de paz.
O carneirinho, com cara de traquinas, festejava com berros equilibrados, se adequando ao concerto dos sons vindos do universo.
Um galo garboso e elegante entoava cânticos, precedendo a madrugada que viria. Ele, costumeiramente, acorda os humanos de todos os séculos nas madrugadas da vida para fazer com que todos, no silêncio do final das noites, analisem as consciências impuras das falhas e do desamor. Ao seu lado uma galinha cacarejava e ciscava rodeada pelos seus pintainhos, ela, o animal mais submisso que se conhece.
No momento sublime chovia uma chuva de amor tão intensa que fez com que todas as forças da natureza se ajoelhassem na amplidão do universo, que brilhava com um brilho de serenidade nunca visto.
Com esta reflexão própria do momento natalino, retribuo aos meus amigos queridos os votos de um FELIZ NATAL E VENTUROSO ANO NOVO.
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Para todos os meus amigos que enviaram mensagens, aos confrades da AML,IHGRN,UBE/RN, LUDOVICUS, ALEJURN, AMINN, INRG, ROTARY, e OAB/RN; aos amigos blogueiros, com os quais compartilho momentos de grande alegria; aos integrantes da Confraria da Livraria Câmara Cascudo; aos honoráveis amigos das Ordens Maçônicas e Rosa Cruz às quais não pertenço, mas respeito e admiro; aos meus leitores; aos beneméritos da CASA DO BEM; aos velhos colegas e companheiros inesquecíveis da UFRN, UNP, FARN, FAL, LATO SENSU, ESCOLA DE CONTAS, CONTROLADORIA GERAL DO ESTADO; aos abnegados benfeitores das diversas religiões cristãs e não cristãs, minha mensagem verdadeira do espírito do NATAL de 2010 e ANO NOVO:
É tempo do Natal.
Momento de reconciliação, de perdão e de amor
entre todos os povos e fiéis de todas as religiões da terra,
mesmo não cristãos, mas amantes da fraternidade.
Invocando o MENINO JESUS,da minha crença,
Transmitimos aos AMIGOS todo o calor
Do nosso carinho, desejando que o CRISTO ou o REDENTOR de outras doutrinas,
Renasça radioso em cada coração e o ANO NOVO
Comece com LUZ e SUCESSO para todos. PAZ NA TERRA, MUITA PAZ!
Amém.
CARLOS DE MIRANDA GOMES &
FAMÍLIA
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
COMPLEMENTAÇÃO DO ESTÁDIO "MACHADÃO"(*)
Após algum tempo da construção, com esforço foi concluído o anel superior do Machadão, embora sem a impermeabilização necessária. A sucessão de períodos invernosos foram deteriorando a marquise, precisando a intervenção de Moacyr e José Pereira que denunciaram a possibilidade de desabamento, para o que firmaram um documento apontando os responsáveis. Com tal procedimento o Poder Público fez as reparações necessárias e o estádio ficou assim:
O novo estádio, de propriedade da Secretaria Municipal de Esportes de Natal, está erguido no bairro de Lagoa Nova, precisamente na Avenida Prudente de Morais, 5121. Inicialmente tinha sido projetado para uma capacidade para 52.000 pessoas (55.000 superlotado), mas posteriormente, foi reduzida a sua capacidade para cerca de 23.000, segundo o site Wikipédia, mercê de problemas técnicos (fechamento da chamada "geral" para lhe dar degráus de arquibancadas e unida ao anel inferior do estádio, correção de infiltrações em sua marquise, e recuperação de outros danos estruturais). Esses reparos realizados entre 2006 e 2007 permitiram novo número de expectadores, na ordem de 30.000, mantendo íntegra a obra do arquiteto caicoense Moacyr Gomes da Costa, que foi definido pelo então governador Cortez Pereira como "um poema de concreto". Apesar de tudo a reforma que custou cerca de 17 milhões de reais aos cofres públicos, o Machadão ainda tem problemas, como os banheiros que continuam em situação precária, além da necessidade de uma revisão geral hidráulica e elétrica. Tais reparos, no entanto, não comprometem a sua base estrutural e facilmente podem ser contornados.
Foi palco de grandes jogos e a primeira vez que a seleção brasileira principal de futebol jogou no Machadão foi em janeiro de 1982, em amistoso que terminou com a vitória dos canarinhos por 3 a 1 sobre a seleção da Alemanha Oriental, com público de 48.638 pagantes.
Registram os anais do esporte que o recorde de público do estádio foi na partida entre ABC e Santos/SP, pelo campeonato brasileiro de 1972, realizado em 29 de novembro daquele ano e que terminaria 2 a 0 para o time paulista, gols de Pelé e Edu, levando 49.150 pessoas ao estádio e que teve renda de Cr$ 178.834,00.
As equipes em confronto estavam assim compostas: ABC/RN : Tião, Sabará, Edson, Nilson Andrade e Rildo; Maranhão, Orlando e Marcílio: Libânio, Alberi e Baltazar (Petinha).
SANTOS/SP: Cláudio, Altivo, Vicente, Paulo e Turcão; Leo Oliveira, Afonsinho e Pelé; Jair da Costa, Brecha e Edu.
Em um ABC x América disputado em 1976, estima-se que um público de cerca de 54 mil pessoas lotou o então Castelão.
Foi batizado inicialmente com o nome de Estádio Humberto de Alencar Castelo Branco e conhecido simplesmente como Castelão. Somente em 1989 teve seu nome alterado para Estádio João Cláudio de Vasconcelos Machado, em homenagem ao ex-presidente da Federação Norte-rio-grandense de Futebol.
Em reportagem do site “Carpe Diem” em 28-4-2009, colhemos novas e interessantes informações sobre o Machadão:
“Ontem, fazendo parte das atividades do aniversário de 40 anos do CREA-RN, o arquiteto Moacyr Gomes foi convidado a falar sobre sua obra.
Moacyr é um excelente contador de histórias e ele, que participou de grande parte da história arquitetônica dessa cidade, teve muito a contar.Tinha 30 minutos pra falar e tendo ouvidos bem dispostos a ouvir, falou por quase 1 hora e meia. Contou sobre o início da sua trajetória no Rio de Janeiro num período em que acontecia naquela cidade o que acontece hoje, aqui em Natal: uma enorme especulação imobiliária e a exigência cada vez maior de aproveitamentos máximos de área, que, nesse caso, se traduzia em apartamentos minúsculos que tinham por objetivo a obtenção de lucros e pouco interessava a qualidade de vida daqueles que ali estivem interessados em morar. Desmotivado com essa percepção da arquitetura, Moacyr retornou a uma Natal pequenina de onde seria o primeiro, e durante um bom tempo, o único arquiteto. Gostando de trabalhar sempre em equipes, procurou dessa forma, integrar-se inicialmente ao grupo de engenheiros que já atuava na cidade e, posteriormente, a outros ilustres nomes da arquitetura local como João Maurício e Ubirajara Galvão. O resultado disso foi a construção de boas relações e de uma extensa obra que abrange desde residências a edifícios públicos e privados de diversos usos e entre eles, não pode deixar de falar do Estádio João Machado e de tudo que essa obra, particularmente, representa pra ele.
A emoção é latente em Moacyr ao falar na possibilidade de ver sua obra mais conhecida e utilizada correr o risco de demolição. Desde 2007 a FIFA tem em mãos um projeto de reforma e ampliação do estádio elaborado pela equipe do arquiteto, visando atender o mesmo objetivo porém numa escala muito menor do que o projeto apresentado propõe. Na minha observação, uma proposta mais condizente, em longo prazo, com a realidade da cidade, observando fatores como, fluxo de veículos e intervenções urbanísticas e ambientais que a cidade se obrigará a fazer e arcar para viabilizar tais projetos.
A população se vê dividida em relação a tal possibilidade, encantada com a possibilidade de ver o show do futebol e de tudo aquilo de bom que a cidade pode ganhar. Mas e o lado negativo de tais mudanças?
Moacyr faz uma comparação onde afirma que modificar a estrutura funcional de uma cidade definitivamente em nome do desenvolvimento empresarial e imobiliário seria como incentivar a prostituição infantil para favorecer o turismo. Diz: “Me sinto como um pai que vê um filho condenado à morte sem ter cometido crime algum e aguarda a ordem de execução.”.
Eu, enquanto arquiteta, cidadã e admiradora da cidade e de como ela se desenhou, comparo isso aos crimes que aconteceram contra alguns estudiosos, pesquisadores, escritores, que tiveram suas obras queimadas em fogueiras durante a idade média para que não deixassem rastro.
Ao fim da explanação do arquiteto, senti, e acredito que não tenha sido a única entre os presentes, uma tristeza pela luta daquele homem, pelas idéias que defende, lúcida e embasada mente do alto de sua experiência como pessoa e profissional. Senti tristeza pelo desrespeito ao profissional que não foi consultado, pelo desrespeito a sociedade que até hoje não sabe quem pagou (e muito menos quem recebeu) por tais projetos e principalmente, tristeza por estar vendo esse assunto ser levado em “banho-maria” até que saia o resultado da FIFA no dia 21 de maio. Ninguém quer torcer contra a vinda desses jogos pra Cidade e não se vê necessidade de defesa destes Espaços (Estádio e Centro Administrativo) nesse momento. Me pergunto, se depois, qualquer defesa valerá de alguma coisa.
Moacyr Gomes, aos 81 anos, autor de dois dos Planos Diretores que essa Cidade já teve, finalizou a palestra dizendo estar encerrando a carreira e pediu aos que estavam presentes, arquitetos e engenheiros em sua maioria, para trabalharem atentos ao que ocorre com a nossa Cidade e lembrando que, nem sempre as mudanças que ocorrem são para melhor, que qualquer mudança, por menor que seja, implica sérias conseqüências urbanísticas e que tudo deve ser mensurado com muita cautela.” (Por Manu Albuquerque – Arquiteta Urbanista, em 28.04.2009)
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(*)CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES - Blog do MIRANDA GOMES
Após algum tempo da construção, com esforço foi concluído o anel superior do Machadão, embora sem a impermeabilização necessária. A sucessão de períodos invernosos foram deteriorando a marquise, precisando a intervenção de Moacyr e José Pereira que denunciaram a possibilidade de desabamento, para o que firmaram um documento apontando os responsáveis. Com tal procedimento o Poder Público fez as reparações necessárias e o estádio ficou assim:
O novo estádio, de propriedade da Secretaria Municipal de Esportes de Natal, está erguido no bairro de Lagoa Nova, precisamente na Avenida Prudente de Morais, 5121. Inicialmente tinha sido projetado para uma capacidade para 52.000 pessoas (55.000 superlotado), mas posteriormente, foi reduzida a sua capacidade para cerca de 23.000, segundo o site Wikipédia, mercê de problemas técnicos (fechamento da chamada "geral" para lhe dar degráus de arquibancadas e unida ao anel inferior do estádio, correção de infiltrações em sua marquise, e recuperação de outros danos estruturais). Esses reparos realizados entre 2006 e 2007 permitiram novo número de expectadores, na ordem de 30.000, mantendo íntegra a obra do arquiteto caicoense Moacyr Gomes da Costa, que foi definido pelo então governador Cortez Pereira como "um poema de concreto". Apesar de tudo a reforma que custou cerca de 17 milhões de reais aos cofres públicos, o Machadão ainda tem problemas, como os banheiros que continuam em situação precária, além da necessidade de uma revisão geral hidráulica e elétrica. Tais reparos, no entanto, não comprometem a sua base estrutural e facilmente podem ser contornados.
Foi palco de grandes jogos e a primeira vez que a seleção brasileira principal de futebol jogou no Machadão foi em janeiro de 1982, em amistoso que terminou com a vitória dos canarinhos por 3 a 1 sobre a seleção da Alemanha Oriental, com público de 48.638 pagantes.
Registram os anais do esporte que o recorde de público do estádio foi na partida entre ABC e Santos/SP, pelo campeonato brasileiro de 1972, realizado em 29 de novembro daquele ano e que terminaria 2 a 0 para o time paulista, gols de Pelé e Edu, levando 49.150 pessoas ao estádio e que teve renda de Cr$ 178.834,00.
As equipes em confronto estavam assim compostas: ABC/RN : Tião, Sabará, Edson, Nilson Andrade e Rildo; Maranhão, Orlando e Marcílio: Libânio, Alberi e Baltazar (Petinha).
SANTOS/SP: Cláudio, Altivo, Vicente, Paulo e Turcão; Leo Oliveira, Afonsinho e Pelé; Jair da Costa, Brecha e Edu.
Em um ABC x América disputado em 1976, estima-se que um público de cerca de 54 mil pessoas lotou o então Castelão.
Foi batizado inicialmente com o nome de Estádio Humberto de Alencar Castelo Branco e conhecido simplesmente como Castelão. Somente em 1989 teve seu nome alterado para Estádio João Cláudio de Vasconcelos Machado, em homenagem ao ex-presidente da Federação Norte-rio-grandense de Futebol.
Em reportagem do site “Carpe Diem” em 28-4-2009, colhemos novas e interessantes informações sobre o Machadão:
“Ontem, fazendo parte das atividades do aniversário de 40 anos do CREA-RN, o arquiteto Moacyr Gomes foi convidado a falar sobre sua obra.
Moacyr é um excelente contador de histórias e ele, que participou de grande parte da história arquitetônica dessa cidade, teve muito a contar.Tinha 30 minutos pra falar e tendo ouvidos bem dispostos a ouvir, falou por quase 1 hora e meia. Contou sobre o início da sua trajetória no Rio de Janeiro num período em que acontecia naquela cidade o que acontece hoje, aqui em Natal: uma enorme especulação imobiliária e a exigência cada vez maior de aproveitamentos máximos de área, que, nesse caso, se traduzia em apartamentos minúsculos que tinham por objetivo a obtenção de lucros e pouco interessava a qualidade de vida daqueles que ali estivem interessados em morar. Desmotivado com essa percepção da arquitetura, Moacyr retornou a uma Natal pequenina de onde seria o primeiro, e durante um bom tempo, o único arquiteto. Gostando de trabalhar sempre em equipes, procurou dessa forma, integrar-se inicialmente ao grupo de engenheiros que já atuava na cidade e, posteriormente, a outros ilustres nomes da arquitetura local como João Maurício e Ubirajara Galvão. O resultado disso foi a construção de boas relações e de uma extensa obra que abrange desde residências a edifícios públicos e privados de diversos usos e entre eles, não pode deixar de falar do Estádio João Machado e de tudo que essa obra, particularmente, representa pra ele.
A emoção é latente em Moacyr ao falar na possibilidade de ver sua obra mais conhecida e utilizada correr o risco de demolição. Desde 2007 a FIFA tem em mãos um projeto de reforma e ampliação do estádio elaborado pela equipe do arquiteto, visando atender o mesmo objetivo porém numa escala muito menor do que o projeto apresentado propõe. Na minha observação, uma proposta mais condizente, em longo prazo, com a realidade da cidade, observando fatores como, fluxo de veículos e intervenções urbanísticas e ambientais que a cidade se obrigará a fazer e arcar para viabilizar tais projetos.
A população se vê dividida em relação a tal possibilidade, encantada com a possibilidade de ver o show do futebol e de tudo aquilo de bom que a cidade pode ganhar. Mas e o lado negativo de tais mudanças?
Moacyr faz uma comparação onde afirma que modificar a estrutura funcional de uma cidade definitivamente em nome do desenvolvimento empresarial e imobiliário seria como incentivar a prostituição infantil para favorecer o turismo. Diz: “Me sinto como um pai que vê um filho condenado à morte sem ter cometido crime algum e aguarda a ordem de execução.”.
Eu, enquanto arquiteta, cidadã e admiradora da cidade e de como ela se desenhou, comparo isso aos crimes que aconteceram contra alguns estudiosos, pesquisadores, escritores, que tiveram suas obras queimadas em fogueiras durante a idade média para que não deixassem rastro.
Ao fim da explanação do arquiteto, senti, e acredito que não tenha sido a única entre os presentes, uma tristeza pela luta daquele homem, pelas idéias que defende, lúcida e embasada mente do alto de sua experiência como pessoa e profissional. Senti tristeza pelo desrespeito ao profissional que não foi consultado, pelo desrespeito a sociedade que até hoje não sabe quem pagou (e muito menos quem recebeu) por tais projetos e principalmente, tristeza por estar vendo esse assunto ser levado em “banho-maria” até que saia o resultado da FIFA no dia 21 de maio. Ninguém quer torcer contra a vinda desses jogos pra Cidade e não se vê necessidade de defesa destes Espaços (Estádio e Centro Administrativo) nesse momento. Me pergunto, se depois, qualquer defesa valerá de alguma coisa.
Moacyr Gomes, aos 81 anos, autor de dois dos Planos Diretores que essa Cidade já teve, finalizou a palestra dizendo estar encerrando a carreira e pediu aos que estavam presentes, arquitetos e engenheiros em sua maioria, para trabalharem atentos ao que ocorre com a nossa Cidade e lembrando que, nem sempre as mudanças que ocorrem são para melhor, que qualquer mudança, por menor que seja, implica sérias conseqüências urbanísticas e que tudo deve ser mensurado com muita cautela.” (Por Manu Albuquerque – Arquiteta Urbanista, em 28.04.2009)
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(*)CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES - Blog do MIRANDA GOMES
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Castelão (Machadão)pintado por mim
TESTEMUNHAS
Desde a abertura do estádio a população natalense mudou os seus hábitos, passando a freqüentar o futebol a partir de então, uma vez que a comodidade oferecida deixava no passado a precariedade do Juvenal Lamartine, embora querido e de lembranças perenes.
Ofereço aqui algumas fotografias que tirei, com os defeitos naturais de um amador, mas que representam muito bem aqueles momentos lúdicos da nossa praça de esportes.
A grande testemunha - o saudoso Desembargador José Gomes da Costa
Iris Gomes e Grácia Gondim
Eu também testemunhei
O querido e saudoso irmão Fernando Gomes
Lourdinha Cortez, no segundo plano Mário Sérgio e Moacyr e no fundo Erildo L´Erestre e Procópio Neto
O irmão Zezinho, o General Costa e o primo Marcos Aranha
O médico Nélio Severiano de Medeiros
Numa foto tremida = Rocco Antônio, eu e Osman Rosso
domingo, 19 de dezembro de 2010
A Mini-Copa no Castelão em 1972(*)
Apenas sete dias após a inauguração do então estádio Castelão, tinha início uma competição oficial sediando três jogos da Mini-Copa, torneio disputado em todo o Brasil em comemoração aos 150 anos da independência do país, reunindo as seleções de 10 países e mais 2 seleções continentais (África e Concacaf) que foram divididas em três grupos espalhados por várias capitais do país. Pelo grupo 2, sediado em Recife e Natal, a capital potiguar viu a vitória de Portugal sobre o Equador (3 a 0, em 11 de junho), do Chile sobre o Equador (2 a 1, em 14 de junho) e o triunfo da Irlanda sobre o mesmo Equador (3 a 2, em 18 de junho). No dia 9 de julho, o Brasil derrotaria Portugal por 1 a 0, no Maracanã, com gol de Jairzinho, e conquistaria o título da Mini-Copa.
Foto: JAECI
Com esse "torneio internacional" o Castelão e Natal ganharam visibilidade, merecendo elogios da imprensa,como dá conta este trecho de artigo do jornalista e técnico de futebol JOÃO SALDANHA, em crônica sobre o jogo PORTUGAL X EQUADOR, publicada no jornal “O GLOBO” DO RIO DE JANEIRO, EM JUNHO DE 1972, onde destaca o estádio “Castelão”, como denominado naquele tempo, hoje o nosso querido “Machadão”:
"Portugal, fácil
Bom o jogo realizado no estádio mais bonito do Brasil e penso, o de melhor concepção arquitetônica. Magníficas acomodações para o público de arquibancada e geral, o que não é comum em nossos estádios, que nem sempre conseguem dar conforto e comodidade ao público pagante.
Quando completado – e isto o Governador prometeu – ficará uma obra-prima.
De qualquer parte se vê bem a partida e a entrada e saída do público são feitas por rampas que permitem um escoamento rápido e sem atropelo. ..."
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(*) CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES
Blog do MIRANDA GOMES
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
INAUGURAÇÃO DO CASTELÃO (*)
Em maio de 1972 João Havelange visita Natal e inspeciona as obras para verificar da possibilidade de sua utilização para a Taça Independência (Mini-Copa) aprazada para o dia 11 de junho, que seria a data da inauguração do estádio. De última hora houve a determinação de antecipá-la para antes daquele Campeonato e assim acontecendo no dia 04 de junho, dividindo o espaço útil com pedaços de andaimes e material restante de construção.
Chega o dia ansiado – inauguração do “Castelão”, homenagem apressada ao Ilustre Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, sem tradição no campo esportivo, mas o principal articulador do movimento de 31 de março de 1964 e oficial de incontestável valor.
Antes disso o estádio foi apelidado de “Agnelão”, que seria homenagem ao Prefeito que teve a coragem de iniciar a concretização do sonho, mas que caiu na desgraça do governo militar e, sequer foi convidado para a festa.
Posteriormente, num lance de extrema felicidade, resolveram os desportistas em batizá-lo como Estádio João Cláudio de Vasconcelos Machado, o “Machadão”.
A solenidade foi presidida pelo Governador Cortez Pereira que, ao fazer alusão sobre o estádio o proclamou como um “poema de concreto armado”, ladeado pelo Prefeito Jorge Ivan Cascudo Rodrigues e muitos convidados ilustres. Era o dia 04 de junho de 1972 o batismo efetivo daquela obra.
Paraquedistas descem sobre o gramado, foguetões e a presença do povo a testemunhar aquele feito – uma festa.
O primeiro clássico ABC 1 X 0 AMÉRICA. Primeiro gol – William. Em seguida VASCO DA GAMA 0 X 0 SELEÇÃO OLÍMPICA DO BRASIL. O estádio era uma realidade.
Vale aqui reproduzir trechos de depoimento prestado pelo Arquiteto Moacyr Gomes, porque detalha lances da história do “Machadão”:
"1.... foi exclusivamente por força do grande prestigio de João Machado perante àquele presidente da então CBF, conforme relato a seguir: Fui ao Rio em agosto de 1971 portando um simples bilhete de apresentação de João Machado àquele importante paredro, o qual me recebeu de imediato, com todo cavalheirismo que lhe era peculiar, demonstrando toda a amizade e consideração pelo nosso "Joca Macho". Confessando a sua impossibilidade de nos ajudar financeiramente na conclusão do estádio, me fez portador de um recado a Cortez e Jorge Ivan, prometendo incluir Natal no torneio do Sesquicentenário da Independência (mini-copa do mundo, muito mais expressiva do que as duas ou tres peladas que a FIFA promete para a Copa 2014), e. ainda mais, em consideração ao fato da origem portuguesa do amigo, mandaria pra cá a notável seleção portuguesa comandada pelo grande Eusébio, o que de fato aconteceu, tendo esta se sagrado vice campeã do torneio, no Maracanã, sendo o Brasil Campeão com um gol de Jairzinho, partida que fomos assistir no Rio, eu, com minha mulher, e os amigos Mario Sergio Garcia de Viveiros e sua Lucia de Fátima;
2 - A atitude do Sr. Havelange mudou todo o quadro de dificuldades e a obra tomou novo impulso, toda a cidade acreditando e aplaudindo, todos querendo ajudar, clima de expectativa e credibilidade (naquele tempo não havia PPP, a não ser como desaforo chulo) a imprensa acreditando em nós (alguns hoje , ex-colegas, ex-discípulos e ex-admiradores de João Machado são apologistas da demolição do Machadão em nome da "modernidade do legado" de um mundo novo prometido pela FIFA,... Freud explica) . Cabe destacar que o esforço do desportista Humberto Nesi para nos ajudar naquele momento decisivo, reconhecido posteriormente em justa homenagem com a aposição do seu nome ao ginásio '"Machadinho", estará condenado a somar-se aos escombros do "Machadão" e da creche Katia Garcia (...a mão que afaga é a mesma que apedreja" ... já dizia Augusto dos Anjos);
3 - Cabe ainda o relato de alguns fatos curiosos como por exemplo: a inauguração do estádio estava prevista para 11/6/1972 quando jogariam Portugal x Equador, porém foi antecipado para o dia 4, o que nos causou angustiosa correria, pois na véspera até Humberto Nesi estava ajudando na marcação de cal no campo de futebol, na madrugada tivemos, Mário Sergio e eu, que ajudamos a carregar os pesados móveis dos vestiários, chegados num momento em que não havia mais ninguém no recinto, e no dia do jogo saímos para almoçar e pegar nossas esposas quase em cima da hora de começar o espetáculo; outro fato curioso é que negaram convite a Agnelo para as solenidades oficiais, por isso devolvi o meu, no que fui acompanhado pelos colegas presentes, em solidariedade àquele que era o verdadeiro pai do estádio e que recebia o voto da ingratidão. Encontrei-o anônimo no meio da multidão, dei-lhe o abraço que se dá aos vitoriosos, com os votos da gratidão que lhe devia, e desde então consolidamos uma longa e afetuosa amizade."
Logo em seguida (11 de junho) teríamos o início da Mini-Copa (Taça Independência), comemorativa dos 150 anos do Grito do Ipiranga, o que comentaremos no próximo artigo.
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(*) CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES
Blog do MIRANDA GOMES
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
A EXECUÇÃO DO SONHO (*)
Com incomensurável esforço o então Prefeito Agnelo Alves deu início às obras do Castelão, sendo responsável pela instalação do canteiro de obras, alocação de recursos, e serviços de preparação do terreno. Podemos dizer, que foi a implantação do clima da construção de um estádio, coisa que estava apenas nos devaneios de alguns desportistas.
Circunstâncias de natureza política retiraram Agnelo da Prefeitura, mas o seu substituto Ernani Silveira, um dos abnegados desportistas, tudo fez para dar continuidade ao trabalho iniciado, sempre incentivado de perto por Humberto Nesi e José Alexandre Garcia e ainda com o suporte da imprensa nas pessoas de João Machado, Aluízio Menezes, Everaldo Lopes, Luiz G.M.Bezerra e Erildo L´Erestre, além de outros que a memória não guardou.
A parte técnica foi iniciada com as tomadas topográficas de João Alves Santana, logo chegando a fase dos traçados arquitetônicos de Moacyr Gomes, Hélio Varela e José Pereira, com a colaboração de outros engenheiros que já mencionei no artigo anterior.
A dimensão do gramado foi a medida máxima oficial, além da existência de pistas de atletismo, tendo sido o estádio dimensionado para, ao final, comportar um público de 52 mil pessoas. Na verdade o maior público que já compareceu ao estádio chegou aos 42 mil, que é o máximo da lotação bem acomodada.
O impulso definitivo foi quando Ubiratan Galvão assumiu a Prefeitura de Natal, deixando a obra irreversível, sendo colocada em condições de uso com o Prefeito Jorge Ivan Cascudo Rodrigues, que o inaugurou em junho de 1972, assunto do meu próximo comentário.
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(*)CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES - Blog do MIRANDA GOMES
domingo, 12 de dezembro de 2010
DE QUANDO EM VEZ TENHO A SATISFAÇÃO DE RECEBER BELAS MENSAGENS, COMO ESTA DE AUTORIA DO AMIGO LUIZ GONZAGA CORTEZ, A QUAL, COM PARTICULAR ORGULHO, TRANSCREVO NO MEU BLOG:
E agora é sorrir.
Luiz Gonzaga Cortez.
Para quem vive numa sociedade desumana, injusta, consumista e materialista, como a subdesenvolvida brasileira, nos seus aspectos morais, espirituais, culturais e sociais, vale a pena ler e conhecer as idéias de Guy de Larigaudie (18.01.1908 – 11.04.1940), autor de “Estrela de Alto Mar”, um católico escoteiro francês, precocemente falecido na II Guerra Mundial. Queria ser frade franciscano, após uma experiência em reide automobilístico de Paris a Saigon, no Vietnã, Índia e Birmânia, numa “extraordinária odisséia de julho de 1937 a junho de 1938, durante o qual seu sorriso, seu famoso sorriso jovem e puro, acaba derrubando os mais incríveis obstáculos”, segundo Frei Pedro Secondi, autor do prefácio do livro publicado no Brasil, pela editora AGIR.
Bom, caríssimos, decidi transcrever trechos de “Estrela do Mar” com o objetivo de levar a mensagem de Larigaudie a todos os que desejam ficar alegres, descontraídos e felizes diante das conturbações e violências do mundo de hoje, além das alterações comportamentais e de respeito e solidariedade humana. Hoje, quando se banaliza a vida humana, o egoísmo avança e quando um dos mais antigos comportamentos humanos – o cumprimento, o bom dia, o boa tarde, etc., está em desuso para uma parcela da população, concluí ser necessário fazer essa divulgação.
“Existe um meio excelente de criar em si mesmo uma alma amiga: o sorriso.
Não o sorriso irônico e zombeteiro, o sorriso de esguelha que julga e rebaixa. Mas o sorriso rasgado, claro, o sorriso escoteiro, quase uma risada.
Saber sorrir: que força! Força de apaziguamento, de doçura, de calma, força de irradiação...
Um sujeito solta uma piada à tua passagem... estás apressado... passas... porém sorri, sorri amplamente. Se teu sorriso é franco, alegre, o sujeito sorrirá também... e o incidente se encerrará em paz... Experimenta.
Pretendes fazer a um camarada uma crítica que imaginas necessária, dar-lhe um conselho que julgas útil. Crítica, conselho, coisas duras de aceitar...
Sorri, pois; compensa a dureza das palavras com a afeição do olhar, com o riso dos lábios, com toda a tua fisionomia alegre.
E tua crítica, teu conselho, surtirão melhor efeito... porque não irão ferir.
Há momentos em que, diante de certas aflições, faltam-nos as palavras, não encontramos as expressões de consolo. Sorri então de todo o teu coração, com toda a tua alma compadecida. Sofreste um dia e o sorriso mudo de um amigo te reconfortou. Impossível que não tenhas feito esta experiência. Age do mesmo modo para com os outros.
“Cristo”, dizia Jacques d’Arnoux, “quando teu madeiro sagrado me prostrar e despedaçar, dá-me, apesar disso, a força de fazer a caridade do sorriso”.
Porque o sorriso é uma caridade.
Sorri ao pobre a quem acabas de dar dois tostões... à senhora a quem cedeste o lugar... ao cavalheiro que pede desculpas porque, ao passar, te pisou no pé.
Às vezes é difícil encontrar a palavra exata, a atitude verdadeira, o gesto apropriado. Mas sorrir? É tão fácil... e com isso se consegue tanta coisa!
Por que não usar e abusar desse meio tão simples?
O sorriso é um reflexo da alegria. É a sua fonte. E onde reina a alegria—quero referir-me à alegria verdadeira, profunda e pura --- também aí se acha aquela “alma amiga” de que tão bem falava Schaeffer.
Caminhantes, sejamos portadores de sorrisos, e com isso semeadores de alegria”. (*)
• Estrela de alto mar, Guy Larigaudie, páginas 27, 28 e 29, 8ª edição, 1964, Livraria AGIR Editora, Rio de Janeiro. Prefácio de Frei Pedro Secondi, O.P., tradução de Teresa Araújo Pena.
• Observação: este livro eu achei há uns seis anos no meio de um monte de livros de colégio católico do bairro do Tirol, extirpados da biblioteca e jogados no chão para serem destinados a coleta do lixo. Foram salvos porque um empregado do instituto me informou e fui buscá-lo, transportando-os no meu carro para a minha casa, depois de ouvir um gracejo de um rapaz que perguntou “vai montar um sebo, amigo?”.
sábado, 11 de dezembro de 2010
CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DO POETA DA VILA: NOEL ROSA, 11-12-1910.
NOEL ROSA - O POETA DA VILA
Noel de Medeiros Rosa nasceu no Rio de Janeiro, em 11 de dezembro de 1910. Noel foi sambista, cantor, compositor, bandolinista, violonista brasileiro e um dos maiores e mais importantes artistas da música no Brasil. Teve contribuição fundamental na legitimação do samba de morro no "asfalto", ou seja, entre a classe média e o rádio, principal meio de comunicação em sua época - fato de grande importância, não só o samba, mas a história da música popular brasileira.
Adolescente, aprendeu a tocar bandolim de ouvido e tomou gosto pela música - e pela atenção que ela lhe proporcionava. Logo, passou ao violão e cedo tornou-se figura conhecida da boemia carioca. Entrou para a Faculdade de Medicina, mas logo o projeto de estudar mostrou-se pouco atraente diante da vida de artista, em meio ao samba e noitadas regadas à cerveja. Noel foi integrante de vários grupos musicais, entre eles o Bando de Tangarás, ao lado de João de Barro (o Braguinha), Almirante, Alvinho e Henrique Brito.
Em 1929, Noel arriscou as suas primeiras composições, "Minha Viola" e "Toada do Céu", ambas gravadas por ele mesmo. Mas foi em 1930 que o sucesso chegou, com o lançamento de "Com que roupa?", um samba bem-humorado que sobreviveu décadas e hoje é um clássico do cancioneiro brasileiro. Noel revelou-se um talentoso cronista do cotidiano, com uma seqüência de canções que primam pelo humor e pela veia crítica. Orestes Barbosa, exímio poeta da canção, seu parceiro em "Positivismo", o considerava o "rei das letras". Noel também foi protagonista de uma curiosa polêmica travada através de canções com seu rival Wilson Batista. Os dois compositores atacaram-se mutuamente em sambas agressivos e bem-humorados, que renderam bons frutos para a música brasileira, incluindo clássicos de Noel como "Feitiço da Vila" e "Palpite Infeliz". Entre os intérpretes que passaram a cantar seus sambas, destacam-se Mário Reis, Francisco Alves e Aracy de Almeida.
Noel Rosa deixou-nos mais de 200 pérolas musicais, entre elas: Último Desejo/ Taí / Feitiço da Vila/ Feitio de Oração/ Meu Barracão/ Até Amanhã/ O X do problema/ Com que roupa?/ Palpite Infeliz/ Conversa de Botequim/ Pierrô Apaixonado/ Último Desejo/ Três Apitos/ Fita Amarela/...e muitas outras composições que o consagraram um dos maiores compositores da música brasileira.
Noel Rosa faleceu em 04 de maio de 1937, aos 26 anos, em sua casa de Vila Isabel.
"Seu garçom faça o favor de me trazer depressa / Uma boa média que não seja requentada / Um pão bem quente com manteiga à beça / Um guardanapo e um copo d'água bem gelada / Feche a porta da direita com muito cuidado / Que eu não estou disposto a ficar exposto ao sol / Vá perguntar ao seu freguês do lado / Qual foi o resultado do futebol."
(Conversa de Botequim)
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FONTE: Blog de LÚCIA HELENA
NOEL ROSA - O POETA DA VILA
Noel de Medeiros Rosa nasceu no Rio de Janeiro, em 11 de dezembro de 1910. Noel foi sambista, cantor, compositor, bandolinista, violonista brasileiro e um dos maiores e mais importantes artistas da música no Brasil. Teve contribuição fundamental na legitimação do samba de morro no "asfalto", ou seja, entre a classe média e o rádio, principal meio de comunicação em sua época - fato de grande importância, não só o samba, mas a história da música popular brasileira.
Adolescente, aprendeu a tocar bandolim de ouvido e tomou gosto pela música - e pela atenção que ela lhe proporcionava. Logo, passou ao violão e cedo tornou-se figura conhecida da boemia carioca. Entrou para a Faculdade de Medicina, mas logo o projeto de estudar mostrou-se pouco atraente diante da vida de artista, em meio ao samba e noitadas regadas à cerveja. Noel foi integrante de vários grupos musicais, entre eles o Bando de Tangarás, ao lado de João de Barro (o Braguinha), Almirante, Alvinho e Henrique Brito.
Em 1929, Noel arriscou as suas primeiras composições, "Minha Viola" e "Toada do Céu", ambas gravadas por ele mesmo. Mas foi em 1930 que o sucesso chegou, com o lançamento de "Com que roupa?", um samba bem-humorado que sobreviveu décadas e hoje é um clássico do cancioneiro brasileiro. Noel revelou-se um talentoso cronista do cotidiano, com uma seqüência de canções que primam pelo humor e pela veia crítica. Orestes Barbosa, exímio poeta da canção, seu parceiro em "Positivismo", o considerava o "rei das letras". Noel também foi protagonista de uma curiosa polêmica travada através de canções com seu rival Wilson Batista. Os dois compositores atacaram-se mutuamente em sambas agressivos e bem-humorados, que renderam bons frutos para a música brasileira, incluindo clássicos de Noel como "Feitiço da Vila" e "Palpite Infeliz". Entre os intérpretes que passaram a cantar seus sambas, destacam-se Mário Reis, Francisco Alves e Aracy de Almeida.
Noel Rosa deixou-nos mais de 200 pérolas musicais, entre elas: Último Desejo/ Taí / Feitiço da Vila/ Feitio de Oração/ Meu Barracão/ Até Amanhã/ O X do problema/ Com que roupa?/ Palpite Infeliz/ Conversa de Botequim/ Pierrô Apaixonado/ Último Desejo/ Três Apitos/ Fita Amarela/...e muitas outras composições que o consagraram um dos maiores compositores da música brasileira.
Noel Rosa faleceu em 04 de maio de 1937, aos 26 anos, em sua casa de Vila Isabel.
"Seu garçom faça o favor de me trazer depressa / Uma boa média que não seja requentada / Um pão bem quente com manteiga à beça / Um guardanapo e um copo d'água bem gelada / Feche a porta da direita com muito cuidado / Que eu não estou disposto a ficar exposto ao sol / Vá perguntar ao seu freguês do lado / Qual foi o resultado do futebol."
(Conversa de Botequim)
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FONTE: Blog de LÚCIA HELENA
NEWTON AVELINO, artísta plástico dos bons, convida para a mostra de sua arte "MINHA ALDEIA, NOSSAS TRADIÇÕES" a ter lugar, a partir do dia 15, no RESTAURANTE TÁBUA DE CARNE da av. Roberto Freire.
(Esse talentoso pintor potiguar é sobrinho do meu amigo DIDI AVELINO e do saudoso EDMILSON AVELINO. É uma boa pedida para um presente de Natal.
OS SONHADORES(*)
Na peregrinação permanente em meus arquivos, deparei-me com esta foto histórica onde aparecem os “Sonhadores” desportistas que pretendiam fazer o milagre de dotar Natal com um estádio à altura do seu progresso.
Não vou nominar as pessoas para aguçar a memória dos leitores. Também não sei a época nem o autor da foto, mas certamente alguém do tradicional Diário de Natal – sei que o repórter era Edilson Roberto Lima.
Era o ponto de partida nas dunas de Lagoa Nova, quando a cidade ainda podia ser considerada do tempo dos pardais no verde dos quintais, onde havia fadas e bondes, mas igualmente existiam sonhadores de primeira linha = Humberto Nesi, João Machado, Aluízio Menezes, José Alexandre, Luiz G.M. Bezerra, Ernani da Silveira, Erildo L´Erestre, Rossini Azevedo, Everaldo Lopes, Mário Dourado, aos quais se somaram rapazes da província, como Moacyr Gomes, Mário Sérgio de Viveiros, Chico Dantas, Aristides Benigno, Moisés Dieb, Hélio Varela, José Pereira, Gilberto Cavalcanti, Fernando Guerreiro, Bartolomeu Santos, Luiz Roberto e Luis Fernando Pereira de Melo, dentre outras, que espero que os leitores identifiquem na fotografia ou puxando pela lembrança e enriqueçam este artigo com seus comentários, não permitindo que eu cometa injustiças.
Entre os políticos destaco Dinarte Mariz, Silvio Pedroza, Djalma Maranhão, Agnelo Alves, Jorge Ivan, Cortez Pereira. Cada um, em seu tempo, colocou uma tijolo para materializar o sonho.
Com muito sacrifício, a obra foi erguida e essa história começa a se concretizar com o levantamento do topógrafo João Alves de Santana.
(continua)
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(*)CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES - Blog do MIRANDA GOMES
RECEBI DE MOARY GOMES DA COSTA O SEGUINTE COMENTÁRIO, QUE COMPLEMENTA O MEU ARTIGO:
Caro irmão:
A materia de seu blog sobre o Machadão está muito boa, por isso quero, oferecer algumas informações para enriquecer sua pesquisa. Por exemplo, a foto dos pioneiros deve ser de princípios de 1967, época em que efetivamente se iniciaram as obras propriamente ditas, já no governo de Agnelo, embora antes Djalma Maranhão tenha cercado o terreno de 17 hectáres, e tenha feito alguma terraplanagem de regularização do terreno. Pode-se identificar da direita para a esquerda: Pacheco, então administrador do Palacio dos Esportes, Rubens Ferreira Campos, excelente desenhista que superou todas as dificuldades da tecnologia da época e desenhou todo o projeto arquitetônico do estádio, a mão livre, em seguida os engenheiros José Pereira da Silva e Helio Varela de Albuquerque, Moacyr Gomes, João Machado, Aluizio Menezes, Humberto Nesi, Agnelo Alves, o verdadeiro pai do estádio, Ernani Silveira, Erildo L'Erestre Monteiro, Everaldo Lopes, José Alexandre Garcia, o topógrafo João Alves Santana e Rossine Azevedo, os quais, juntamente com os citados no seu comentário, embora ausentes da foto, engenheiros, mestres de obras, estagiários e outros colaboradores, movidos por amor ao esporte e à nossa gente deram seu sacrifício para a luta que se tornou uma apoteose. São velhas imagens de "sonhadores" numa cidade onde era possivel sonhar.
A reportagem de Edilson Roberto Lima no Diário de Natal, teria ocorrido no dia posterior ao primeiro jogo da Mini Copa (torneio mundial comemorativo dos 150 anos da Proclamação da República), portanto deveria ter a data de 12 de junho de 1972. Uma busca nos arquivos do DN talvez resgatasse o texto completo da reportagem.
Seguem em anexo o que disse João Saldanha no O Globo do Rio de Janeiro da época sobre nosso estádio(naquele momento ainda conhecido como Castelão) e sobre nossa cidade, mais,um folder do America/Emproturn convocando o público local e os visitantes a lotar nosso estádio no campeonato brasileiro de 1973, e usufruirem de nossas belezas naturais, e por ultimo, segue também uma crônica de Rubens Lemos Filho comemorando os 30 anos da nossa praça de esportes, já na ocasião com seu nome definitivo em homenagem ao grande esportista e jornalista João Claudio Machado "Machadão".
Tudo isso é história, pertence ao patrimônio da cidade. Alguns espertalhões e alguns politicos de ocasião, por motivos ainda não explicados querem eliminar nosso patrimônio. Há um velho brocardo que diz: " Povo sem memória, sem cultura e sem história, é povo que não existe".
O povo de Natal não merece o conceito de gentio primitivo.
Um abraço do irmão sempre grato,
Moacyr
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
"RUA DA ESTRELA" - Crônicas de NEI LEANDRO DE CASTRO
foto: fonte TN (Viver)
O poeta está de volta à Cidade Presépio para nos brindar com suas Crônicas "Rua da Estrela". Relembra momentos passados em Natal, e no Rio de Janeiro, cidades em que divide o seu coração e os seus amores, com passagem por terras de além-mar.
Descortina lugares, momentos e pessoas inesquecíveis.
É uma grande oportunidade de abraçar o amigo e brindar o clima natalino. Quem sabe ele estará amanhã na confraria da Livraria Câmara Cascudo!
O lançamento é amanhã - dia 10 na Siciliano do Midway, às 18,30 horas.
foto: fonte TN (Viver)
O poeta está de volta à Cidade Presépio para nos brindar com suas Crônicas "Rua da Estrela". Relembra momentos passados em Natal, e no Rio de Janeiro, cidades em que divide o seu coração e os seus amores, com passagem por terras de além-mar.
Descortina lugares, momentos e pessoas inesquecíveis.
É uma grande oportunidade de abraçar o amigo e brindar o clima natalino. Quem sabe ele estará amanhã na confraria da Livraria Câmara Cascudo!
O lançamento é amanhã - dia 10 na Siciliano do Midway, às 18,30 horas.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
FESTA DUPLA - PEDRO SIMÕES E ALICE BRANDÃO
A sociedade intelectual viveu momentos de festa com o lançamento do livro de Pedro Simões - "A intriga do bem" e a exposição da pintora Alice. Muitos amigos prestigiaram o evento que foi um sucesso. A noite foi animada por excelente conjunto de música popular brasileira e as instituições SESC/SENAC foram grandes anfitriães.
Alguns flagrantes tirados pela poeta Lúcia Pereira:
A sociedade intelectual viveu momentos de festa com o lançamento do livro de Pedro Simões - "A intriga do bem" e a exposição da pintora Alice. Muitos amigos prestigiaram o evento que foi um sucesso. A noite foi animada por excelente conjunto de música popular brasileira e as instituições SESC/SENAC foram grandes anfitriães.
Alguns flagrantes tirados pela poeta Lúcia Pereira:
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
HOJE É DIA DE DECISÃO
Em reunião marcada com o todo poderoso Ricardo Teixeira, autoridades do Rio Grande do Norte vão mendigar data para perpetrar o desmanche do complexo do Machadão. A sensatez há muito tempo anda distante do nosso Estado. Espera-se algum milagre.
ESPERAMOS QUE ESSE MILAGRE NÃO VENHA PUNIR OS CIDADÃOS POTIGUARES.
domingo, 5 de dezembro de 2010
sábado, 4 de dezembro de 2010
LEI NR. 9.411 DE 25 DE NOVEMBRO de 2010.
Dispõe sobre o reconhecimento de Utilidade Pública do Instituto Norte-Riograndense de Genealogia - INRG e dá outras providências.
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
FAÇO SABER que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1° Fica reconhecido como de Utilidade Pública o INSTITUTO NORTE-RIOGRANDENSE DE GENEALOGIA - INRG, com sede e foro jurídico na cidade de Natal/RN.
Art. 2° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário por ventura existentes.
Palácio de Despachos de Lagoa Nova, em Natal, 25 de novembro de 2010, 189° da Independência e 122° da República.
IBERÊ FERREIRA DE SOUZA
Governador do Estado do Rio Grande do Norte
Leonardo Arruda Câmara
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Macaíba festeja Nossa Senhora da Conceição
Desde o dia 27 de novembro a cidade de Macaíba celebra a sua Padroeira Nossa Senhora da Conceição.
As celebrações e comemorações deste ano de 2010 durarão até o dia 8 de dezembro, seu dia maior.
A Paróquia de Macaíba organizou o evento com um calendário de ações religiosas e festa popular, destinando, cada dia, uma entidade para prestigiar a Padroeira, destinando neste sábado o dia da Academia Macaibense de Letras.
Comparecerei ao evento num ato de devoção e de saudade, pois sempre dele participei na minha adolescência, nos idos de 1948 a 1950, e agora retorno acompanhado de familiares para reviver um tempo inesquecível da minha vida. Espero rever os folguedos, com disputa dos cordões azul e encarnado, o pau de sebo, os cocares de castanha, os barquinhos de papel com farinha de milho e a alegria contagiante do povo ordeiro da Terra das Macaibeiras.
Neste ensejo, em homenagem à Virgem da Conceição, ofereço um poema da autoria do Acadêmico Wellington Leiros:
MACAIBA I
(Comunhão de Fé)
( em “Pé Quebrado”)
A Virgem da Conceição
Foi pelo Povo escolhida
A Santa para dar “vida”
À Cidade.
MACAIBA, de verdade,
Com a fé mais verdadeira,
Foi louvar a Padroeira,
No seu dia.
Com seresta e cantoria,
E samba, se não me engano,
Num ritual mais profano
D’um lado.
Do outro, o mais sagrado,
Teve missa todo o dia.
Há muito tempo eu não via
Isso.
Hoje assumo o compromisso:
No dia da Conceição
Renovo esta comunhão
De fé.
Jamais arredei o pé
D’um compromisso assumido.
Escreva, está decidido:
Virei.
Veja o que vivenciei:
O povo ao redor da Santa,
Foi tanta emoção, foi tanta...
...e eu chorei...
Wellington Leiros (8/12/2008)
wleiros.169@digi.com.br
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
fonte da foto: Blog Fragmentos Culturais
"ACASO"
Cada um que passa em nossa vida,
passa sozinho, pois cada pessoa é única
e nenhuma substitui outra.
Cada um que passa em nossa vida,
passa sozinho, mas não vai só
nem nos deixa sós.
Leva um pouco de nós mesmos,
deixa um pouco de si mesmo.
Há os que levam muito,
mas há os que não levam nada.
Essa é a maior responsabilidade de nossa vida,
e a prova de que duas almas
não se encontram ao acaso.
(Antoine de Saint-Exupéry)
fonte: Ormuz Barbalho
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
A FESTA DE LOURDINHA PEREGRINO
A ANIVERSARIANTE MUITO FELIZ COM A PRESENÇA DOS FILHOS, NORAS, NETOS E AMIGAS/AMIGOS
FOI UMA NOITE DE ALEGRIAS
PARABÉNS AMIGA LOURDINHA
QUE DEUS LHE DÊ MUITOS ANOS DE VIDA
NÃO SAÍ NO RETRATO, MAS TIVE A SATISFAÇÃO DE REGISTRAR ESTES FLAGRANTES
NO PRÓXIMO ANO ESTAREI NOVAMENTE NA CASA DA CORONEL JOÃO GOMES PARA COMEMORAR
A ANIVERSARIANTE MUITO FELIZ COM A PRESENÇA DOS FILHOS, NORAS, NETOS E AMIGAS/AMIGOS
FOI UMA NOITE DE ALEGRIAS
PARABÉNS AMIGA LOURDINHA
QUE DEUS LHE DÊ MUITOS ANOS DE VIDA
NÃO SAÍ NO RETRATO, MAS TIVE A SATISFAÇÃO DE REGISTRAR ESTES FLAGRANTES
NO PRÓXIMO ANO ESTAREI NOVAMENTE NA CASA DA CORONEL JOÃO GOMES PARA COMEMORAR
terça-feira, 30 de novembro de 2010
HOJE PELA MANHÃ, NO AUDITÓRIO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA, TIVEMOS O INÍCIO DA CAMPANHA DE VALORIZAÇÃO DA LITERATURA POTIGUAR, presidida pelo Desembargador Rafael Godeiro, com a presença de intelectuais.
Falaram na ocasião, além do Presidente do Tribunal de Justiça, a escritora Anna Maria Cascudo Barreto e o escritor e autor da proposição Públio José. Ao final, foi lida a mensagem de Eduardo Gosson, Presidente da UBE/RN, tendo em vista encontrar-se hospitalizado.
(transcrevemos o texto de Eduardo Gosson*
A luta dos escritores potiguares para inserir-se no mercado e, via de regra, serem lidos é imensa: no dia 16 de novembro de 1984 foram dados os primeiros passos nesta direção, quando da instalação da União Brasileira de Escritores – UBE/RN e, em 2006, com a reorganização que culminou no dia 26 de março de 2008 com a realização do I Encontro Potiguar de Escritores – I EPE. Nesse período, a UBE/RN já realizou o II e III EPE, encaminhou ao Poder Legislativo projeto de lei do livro e da leitura potiguar (Lei nº 9.105/2008-Henrique Castriciano), ajudou com sugestões em Audiência Pública, convocada pelo Deputado Robinson Faria, a elaborar a Lei nº 9.169/2009 (lei das leituras literárias nas escolas). No presente está encaminhando a recriação do jornal O Galo, a editora Nave da Palavra e o Prêmio Escritor Eulício Faria de Lacerda.
O Poder Público investe pouco e mal. Na esteira do Estado Mínimo foram criadas leis de incentivos fiscais (Rouanet, Câmara Cascudo e Djalma Maranhão) que servem como meia sola em sapato velho: amenizam sem resolver o problema. Para o poeta e Juiz de Direito Regis Bonvincino:
“A lei Rouanet transformou a cultura em objeto de comunicação social. Ninguém ousou criticá-la sistematicamente. Não há cultura pública, tampouco mercado de verdade para a cultura. É o conceito de patrocínio que prevalece. Os agentes culturais são responsáveis por essa situação também”.
Com o passar do tempo os artistas, os escritores, constataram que pelas leis de incentivos só são aprovados projetos que seguem em direção aos interesses do mercado. O mercado não aprecia riscos. Para o poeta e ensaísta mexicano, Octávio Paz:
“Hoje em dia a literatura e as artes estão expostas a um perigo diferente:estão sendo ameaçadas não por uma doutrina ou um partido político mas por um processo econômico sem rosto, sem alma e sem direção. O mercado é circular, impessoal, imparcial, inflexível. Alguns me dirão que está certo,que é assim mesmo que deveria ser. Talvez. Mas o mercado cego e surdo, não gosta de literatura, não aprecia riscos”.
Para tentar contornar essa situação o Governo Federal partiu para criar o Plano Nacional de Cultura. O PNC foi aprovado, por unanimidade, dia 9 de novembro último, na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal e segue agora para sanção presidencial. Depois de sua assinatura, o Ministério da Cultura terá 180 dias para definir metas a atingir na implementação do plano.
Demandado pela sociedade por meio da I e II Conferência Nacional de Cultura e em esforço conjunto entre o Ministério da Cultura e o Congresso Nacional, o PNC representa um avanço para a Cultura do país ao definir as diretrizes da política cultural pelos próximos 10 anos. Inserido no mesmo, uma Proposta de Emenda Constitucional – PEC 150, ( em tramitação desde 2003) e que atualmente aguarda entrar na pauta de votação do Congresso Nacional. Essa Emenda estabelece um Fundo de Cultura com percentuais assim definidos: 2% do orçamento da União; 1,5% do Estado e 1% do Município. Os projetos que não tem apelo comercial serão contemplados por essas verbas. O Estado tem que assumir a Cultura maciçamente. Preferencialmente, de mãos dadas com a Educação. É preciso, entre outras coisas, recriar o Instituto Nacional do Livro e, nos Estados, os Institutos Estaduais, que terão como tarefa principal reduzir o custo industrial do livro, proporcionando edições a custos simbólicos tipo R$ 2,00 a 5,00 Reais. O livro tem que custar o preço do pão, do leite, uma vez que é o alimento da alma. Só assim e somente assim poder-se-á caminhar em novas direções. Por esses motivos, peço a colaboração da classe política (municipal, estadual e federal) no sentido de articular a votação o mais rápido possível da PEC 150 (tramitando há sete anos).
Com o objetivo de equacionar o problema, a União Brasileira de Escritores – UBE/RN acolheu a ideia do jornalista e escritor Públio José, sócio efetivo da entidade, sendo fiador o Tribunal de Justiça do RN- TJRN, tendo em vista a proximidade do período natalino, época em que, de forma tradicional, as pessoas se presenteiam, lança a Campanha de valorização da literatura potiguar, na certeza de que os livros de autores locais passem a ser incluídos também na opção de presentes de todos (autoridades, empresários, profissionais liberais e pessoas comuns) esperando ainda contar com apoio das entidades adiante mencionadas (IHGRN, ANL, INRG, SPVA, LUDOVICUS, ALEJUR, AFL, ATRN, AML, CEC, FJA, FUNCARTE, AL, CMN, FIERN, CDL, COSERN, CLUBE DE ENGENHARIA, OAB-RN, FECOMERCIO, FARN, FAL, UNP, UFRN), e de outras que vierem fazer parte. Agora é hora de colher: “Presentear com livro é bom. De escritor local é muito melhor”. Declaro aberta a CAMPANHA DE VALORIZAÇÃO DA LITERATURA POTIGUAR: ESCRITOR POTIGUAR O PRESENTE DE NATAL.
Muito Obrigado!
*Poeta e Escritor. Presidente da União Brasileira de Escritores do RN – UBE/RN (2010-2011).
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