Influência dos Anos 50 - II
One, two, three
o'clock, four o'clock rock,
Five, six, seven o'clock, eight o'clock rock.
Nine, ten, eleven o'clock, twelve o'clock rock,
We're gonna rock around the clock tonight.
Put your glad rags on and join me hon',
We'll have some fun when the clock strikes one.
Five, six, seven o'clock, eight o'clock rock.
Nine, ten, eleven o'clock, twelve o'clock rock,
We're gonna rock around the clock tonight.
Put your glad rags on and join me hon',
We'll have some fun when the clock strikes one.
We're
gonna rock around the clock tonight,
We're gonna rock, rock, rock, 'till broad daylight,
We're gonna rock we're gonna rock around the clock tonight.
We're gonna rock, rock, rock, 'till broad daylight,
We're gonna rock we're gonna rock around the clock tonight.
-Bill Halley & His Comets, 1954
Não se pode negar
que, apesar de Chuck Berry e depois do garoto Elvis, nos meados dos anos 50, a
voz de Bill Halley and his Comets, foi uma das que mais cantou e incendiou o
Rock and Roll, nos quatro cantos do mundo! A banda esteve duas vezes no Brasil,
a primeira em 1958 e a segunda em 1975, ambas apoteóticas.
A chegada dos primeiros astros do
rock no Brasil, Bill Halley e seus Cometas (1958) e Neil Sedaka (1959)
sedimentaria de vez a explosão musical da juventude e, a partir daí, a
juventude brasileira teria, além de seus ídolos americanos, seus próprios
cantores e representantes musicais.
Quando veio ao Brasil pela primeira
vez, Halley teve a oportunidade de ver e sentir também a força pujante do Rock
na América do Sul, inclusive com sua dança que virou febre nacional. Surge
assim uma simples pergunta a nível local e potiguar: de onde vieram nossos “Assustados?”
seria mais que pertinente, uma vez que antes do Rock n Roll e do Twist, terem
invadido o Brasil e, especialmente Natal pós-guerra, a juventude de sua época
correspondente, não dançava assim, solto no meio do salão, dancing ou onde
fosse dançar juntinho, embora bem comportado fosse o
habitual e da moda.
A resposta é simples e verdadeira:
veio das “Festas Americanas” que, em Natal foram impulsionadas pela SCBEU que
realizava (além de sua programação cultural, shows, bailes, festividades
nacionais, etc) os happy hours e as “festas americanas”, onde os jovens se
reuniam em suas próprias casas, geralmente nas áreas ou organizavam as salas
para adequar o espaço e ali, sob o som do Rock, bebiam caipirinha, batida, “Leite-de-Onça”, Rum com Coca-Cola e
refrigerantes e, dançavam “soltos” freneticamente. Estava, portanto, inventado
o “Assustado”.
O fenômeno “Jovem Guarda”, só botou
mais lenha na fogueira e, conseguiu, com bom gosto, sensibilidade e capacidade,
tirar do rock e jogar no “som pop rock” vertentes que atendiam aos anseios
musicais e comportamentais da juventude. E, por isso, esses anos foram, muito
felizmente, chamados de Anos Dourados...
Não é pertinente, nem oportuno no
momento, discorrer sobre a origem do Rock com suas raízes no Jazz, Country,
Rythhm e Blues, porém o irrefutável e importante papel que este teve na
revolução jovem social dos tempos pós-guerra e que, posteriormente, nortearia e
influenciaria os vários estilos musicais, em todo o mundo, é incontestável.
Paul Friedlander (Rock and Roll, uma
História Social, 2002), hoje um professor universitário de música, que viveu o
auge do Rock and Roll, com sua própria banda, mostra o valor dessa fantástica
revolução social que foi o Rock, para o mundo, não apenas em termos musicais,
mas, sobretudo comportamental, principalmente nos meios de comunicação de
massa.
Ele diz, didaticamente, como o rock
“viaja” na pessoa provocando as mais variadas emoções, ou seja, primeiro
atingindo o cérebro, em suas diversas áreas importantes. Daí seguindo para o
coração, onde para muitos se atribui o emocional, descendo para a genitália,
onde as manifestações sexuais afloram e, por último, chegando aos pés,
traduzindo em dança. Friedlander foi feliz em sua afirmação, admitamos, porque
na verdade o rock and roll, “balança e rola” a pessoa com seu ritmo
inconfundível!
Evidentemente que, sabemos haver
muito mais conteúdos do que os descritos por Friedlander e que todos eles
juntos resultam nas mais variadas manifestações que o Rock causava (e ainda
causa) na juventude que só precisava de um “reagente” e um vetor para a
explosão social jovem que seria inevitável, acontecer.
Com algum esquecimento sem obedecer a
uma cronologia rigorosa, é fácil hoje rebuscar a trajetória do Rock and Roll
puramente americano, de Chuck Berry a Elvis Presley, até a inevitável e rica
invasão das três maiores bandas inglesa: Beatles, Rolling Stone e The Who.
Portanto, pra quem ainda duvida da
força do velho Rock and Roll, ainda não conseguiram derrubar (e nem vão
conseguir) o velho e imbatível Rock que, como diz a estrofe “Rebole e Role” ou
“Mexa-se e Role” around the clock tonight!...ou quem sabe, around the clock
forever! (Continua no próximo artigo).
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