09 de julho
Por François Silvestre
Uma luz sobre a Cidade de Mossoró. Por Chumbo Pinheiro,
no Portal 101 livros do RN, de Thiago Thiago.
David de Medeiros Leite, potiguar da capital do Oeste, escritor que reafirma a cada novo trabalho seu talento, traz para os seus leitores mais um belo livro com o selo da Sarau das letras. Trata-se de um conjunto de crônicas que chama atenção de todos nós para a história da sua cidade natal. A peculiaridade deste trabalho está no fato de não se prender a uma temporalidade. David vai espalhando luz sobre pessoas e fatos, instituições e grupos de vários períodos históricos, que se localizam entre o início e o final do século XX. Apesar da extensão temporal das crônicas, o autor mantém coesão no conjunto e não se perde nos caminhos da história de sua terra e de sua gente.
Resgatado nas ruas onde aflorava o comércio mossoroense o título do novo livro de David Leite “Casa das Lâmpadas” é um misto de história, poesia e prosa. Casa das Lâmpadas, conta-nos David, era o nome de uma casa comercial. Mas, é de fato um sugestivo e poético título para um trabalho literário. Se o nome de fantasia do comércio representa o que chamamos hoje de marketing, ele foi muito bem utilizado pelo autor para nominar a sua nova obra que vai revelando a cada página a história de Mossoró.
Por François Silvestre
Uma luz sobre a Cidade de Mossoró. Por Chumbo Pinheiro,
no Portal 101 livros do RN, de Thiago Thiago.
(segunda parte)
Uma história do cotidiano, das pessoas simples, mesmo aquelas que parecem ser mais importantes, mas, que o tempo tornou esquecidas pela maior parte dos mossoroenses. Nomes como Manoel Duarte, Tenente Clodoaldo de Castro Meira e Duarte Filho. Ou ainda, Luiz Fernandes (proprietário da Casa das Lâmpadas), Edi Moura, Irmã Aparecida, Zé da Volta, Raimundo Brito e tantos outros. Todos com valiosas contribuições para desenvolvimento econômico, social, cultural e educacional da Terra de Santa Luzia. David Leite contribui para a formação de uma memória histórica da cidade ao jogar luz sobre instituições e pessoas que com amor e abnegação contribuíram para construção desta grande cidade que é a Mossoró de hoje.
A crônica poética de David esta bem presente no texto O Mercado Velho, que se inicia com esta frase inspirada “A madrugada úmida e fria…” e vai trazendo o leitor para o dia a dia dos pequenos comerciantes sempre simpáticos do Velho Mercado. Também encontramo-la quando ele escreve sobre o Maestro Dermival Pinheiro. E ai, uma dívida que ele confessa do poema que não escreveu “para a banda executando outra”…
Em as Traças de Fortaleza e Ir à cantoria ou ser o próprio cantador, somos convidados ao diálogo com o autor ao mesmo tempo em que somos provocados, primeiro a compor o grupo das Traças e depois a ler (ou reler) os livros de François Silvestre. E David faz-nos estas provocações escrevendo como se estivesse ali numa prosa ao nosso lado.
As crônicas reunidas em Casa das Lâmpadas põe luz sobre a história de Mossoró. As pequenas biografias que são aqui apresentadas são como um sinal de alerta aos historiadores da cidade, a fim que possam resgatar a contribuição destes personagens na época e nos contextos em que viveram. Não se trata de uma história apenas das personalidades, mas da cidade inserida na vida política, econômica e cultural do Rio Grande do Norte e do Nordeste brasileiro.
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