segunda-feira, 24 de junho de 2013


NOVA AVALIAÇÃO DO MOVIMENTO

CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES, escritor


Decorridos os momentos mais tensos do movimento popular nas ruas do Brasil e diante da continuidade de atitudes isoladas em algumas cidades, com cenas de vandalismo, sentimos a necessidade de uma nova avaliação dos acontecimentos.
Em nossa compreensão, todo movimento necessita de comando e neste agora ninguém ousa assumi-lo, trazendo dificuldade para um entrosamento com as autoridades que têm a missão de garantir a ordem.
Chegou a hora de um entendimento racional entre os que lideram o movimento com as autoridades, principalmente do aparato policial e as instituições que atuam como coadjuvantes da situação, como o Ministério Público, a Ordem dos Advogados do Brasil, o Sindicato dos Jornalistas, as Universidades, a sociedade civil organizada, os empresários e a classe obreira para os primeiros passos concretos, dando régua e compasso para as manifestações de tal sorte a permitir que sejam identificados os aproveitadores da situação em causa própria, pondo em risco pessoas e patrimônios público e privado.
Já está no momento de se coibir motivações dos insatisfeitos, suspendendo os gastos demagógicos e supérfluos com a propaganda institucional dos governos, adotando parcimônia na gastança com folguedos e festividades pré-copa do mundo, regularização da seleção dos futuros responsáveis pelo serviço de transporte de massa, ultimando as obras prometidas como levado da Copa de 2014, com a efetiva recuperação da malha viária das cidades, das obras estruturantes de mobilidade urbana, da convocação do povo para participar da elaboração dos orçamentos públicos, indicando as suas prioridades, enfim, ofertando, num sentido figurado, mas efetivo, mais pão e menos circo.
Essas providências urgem e devem acontecer imediatamente, evitando-se o recrudescimento da insatisfação e novas iniciativas da população, que poderão se tornar incontroláveis.

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