terça-feira, 25 de junho de 2013


E O MOVIMENTO CONTINUA
CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES, escritor.

Retorno ao assunto que ocupa o interesse imediato do País – o movimento das ruas, para enfatizar sobre o cipoal de artigos desencontrados e entrevistas contraditórias que em nada ajudam para o encontro do ponto uniforme das discussões.
Juristas, economistas, sociólogos, professores, políticos e jornalistas, enfim, estudiosos do assunto, têm expressado os seus entendimentos. Uns mascaram o seu pensar comentando que o movimento se ressente de lideranças e termina por desestabilizar o governo, numa nítida opinião da política situacionista e desejo da direita radical. Outros verberam que não alenta a democracia a vedação participativa dos partidos. Alguns, ainda, pontificam a dificuldade de separar os nacionalistas dos baderneiros e consideram essencial a intervenção da polícia.
Vacilo na busca de uma resposta definitiva, mas apoio os sentimentos legítimos contra a corrupção; pela averiguação dos gastos superfaturados de algumas arenas desportivas; da justificativa para não dotar a segurança com o seu efetivo sustentável; contra decisões do fechamento de hospitais públicos ou a redução do elenco de suas finalidades pelo fato de não existirem instrumental e recursos humanos suficientes para o seu funcionamento, quando o correto seria a complementação dessas deficiências (vejam-se os casos anunciados dos hospitais Santa Catarina e Giselda Trigueiro); o atraso numa obra estruturante e indispensável (como o caso do viaduto do baldo) por causa da incapacidade de retirada de meia dúzia de desocupados que se proclamam moradores de debaixo da ponte; construção das obras necessárias para a decantada mobilidade urbana, que não se concretiza em tempo hábil.
O importante de tudo é que não perdemos a capacidade de nos indignar contra o efeito “ddd”: descaso, desrespeito e demagogia. Nunca assisti um movimento popular com tanta duração. Acredito que desta vez a coisa é diferente!

O governantes estão preocupados e já apontam para soluções de emergência, com adoção de medidas que já poderiam ter sido tomadas antes de qualquer movimento, numa prova cabal de desprezo com os governados. Já se fala até em plebiscito.
Lutemos pelo orçamento participativo, contra a propaganda enganosa, pelo cumprimento das promessas de campanha; pelo verdadeiro papel das corporações partidárias; pela derrubada das oligarquias nefastas, sem o que não teremos melhoria na qualidade de vida do nosso povo. IGUALDADE JÁ!


Nenhum comentário:

Postar um comentário