Nesta semana em andamento tive a oportunidade de ler dois recentes lançamentos de autores locais - o primeiro "Viajando com o Inesperado", de Dorinha Costa, a guerreira Maria das Dores Costa, minha amiga de lutas na UFRN e na criação da Associação de Defesa do Consumidor, em nova prova do pioneirismo da mulher potiguar, como já acontecera, com ela mesma, na criação do CRUTAC. Foi uma feliz estreia dessa escritora nova no cenário dos trabalhos prosaicos, pois já conhecida nos escritos técnicos. Sugiro que escreva alguma coisa sobre os anos de chumbo, quando ela atuou na Escola de Serviço Social e na ADURN. Parabéns Dorinha.
O outro livro é o romance "Madame Colette", do médico e escritor Caio Flávio Fernandes de Oliveira, proporcionando um maravilhoso passeio no tempo, aliás bons tempos da velha ribeira de guerra, rica no comércio, na cultura, nos transportes portuários, rodoviários e ferroviários, da ebulição cultural, dos estabelecimentos de ensino tradicionais, do canguleiro Câmara Cascudo, dos jornais, das livrarias, da Agência Pernambucana onde eu comprava os meus Gibis e sonhava nas vitrines da loja 4.400, sem esquecer do reboliço da Rua Dr. Barata com seus profissionais, da Caixa do Professor Ulisses, dos cafés, sinucas, das agências bancárias e das companhias de aviação e da boemia prosaica. Em sua obra vislumbrei pessoas reais da cidade daquele tempo onde, ainda menino, presenciei a trajetória. Senti o calor das regatas do Potengi amado e os passeios de bote zingando para os manguezais ou cortando as águas rumo à Redinha, no barco de Ferrinho.
Também gostaria de fazer uma sugestão ao nobre colega - escreva alguma coisa sobre os veraneios da Redinha, onde o Dr. Túlio nos proporcionava a Cavalhada e as serestas em sua casa próxima do Redinha Clube. As tardes de campeonatos de voleibol, os passeios ao Rio Doce e as festas dos Navegantes.
Meu primeiro veraneio foi em uma casa por ele alugada, vizinho à igrejinha. Saudades, saudadades, saudades (BOAS). Parabéns!
Nenhum comentário:
Postar um comentário