Por Flávio Rezende*
Apesar de a Terra ser um planeta muito limitado diante das potencialidades que a vastidão cósmica apresenta e de nossa condição de ignorantes galácticos obscurecerem o que ainda nos aguarda no futuro promissor, ainda assim o ser aqui congregado em expiatória passagem tem possibilidades de vivências felizes, as quais devem gozar, sob pena de vagar mais tempo ainda em ambientes tão rudes, diante do que nos reserva a vida no porvir.
A descoberta das alegrias que carnavalizam nossas existências com serpentinas de inigualável prazer precisa ser feita o mais rápido possível, para que cada um de nós incorpore ao cotidiano, alguns momentos para o desfrute destes passatempos, tornando o ser individualizado uma fonte unitária de radiação harmoniosa, contribuindo assim, a partir do um, para um todo de plenitude coletiva, dando vida à premissa de que a felicidade geral é um ajuntamento de gozos pessoais.
Algumas regrinhas básicas e já bastante conhecidas de todos nós terráqueos, no entanto, precisam ser lembradas, para que essas felicidades pessoais obtenham o passaporte devido para influir no paraíso unificado da coletividade. Esse momento ímpar, essa catarse universal, só pode ser atingido quando essas alegrias pessoais estão imantadas por uma ética do bem, por atos, ações e pensamentos que não estejam contaminados por egoísmo, maldade e hipocrisia.
Diante do exposto, é necessário buscar no cotidiano tudo aquilo que nos dá prazer, oferecendo o atual conjunto de possibilidades, espaços para felicidades diversas no campo cultural, nos esportes, na gastronomia, nos ambientes naturais, na família, religiões, associações humanitárias, ciências acadêmicas, turismo e no lazer de maneira geral.
Como autor do presente escrito, sinto-me na obrigação de tornar público os meus momentos, ficando muito feliz quando caminho e escuto as músicas de minha predileção, aliando as duas coisas com o mergulho em bons pensamentos e elaboração de profícuos projetos sociais, tornando meu ser extremamente feliz nesta mistura, ao ponto de verter lágrimas e de sentir algo tão bom, que se fosse possível, eternizaria e elegeria como o mais forte momento de êxtase pessoal obtido em passagem pela presente matéria.
Outra ação que remete meu ser para o paraíso do prazer é este ato que agora desempenho, o de escrever. Quando tomo a decisão de realiza-lo, a qualquer parte do dia, imediatamente uma coisa boa assoma minha mente e tempera meu corpo, ficando ansioso para que logo possa sacramentar o ritual de sentar, dedilhar e, tornar real para sempre, alguma ideia, alguma reflexão, algum pensamento, buscando assim retirar a virgindade da página em branco com letrinhas pretas em Arial 12, que possam conter algo ou alguma coisa, útil para alguém, na esperança que um possível leitor, retire do contexto publicado, alguma serventia positiva para sua vida.
Sendo assim caro leitor, proponho que busque identificar as coisas legais que lhe dão extremo prazer e, encontre tempo para executá-las, desde que tenham em seu bojo, as leis planetárias da boa convivência e que, ao serem postas em prática, colaborem para este paraíso universal da alegria coletiva, do gozo cósmico, afinal, nosso planeta só vai poder entrar no clube dos demais já mais adiantados, quando a galera vendo de fora o conjunto das nossas ações, decida que estamos mais para o bem, que para o mal e, o exercício contínuo das coisas que nos tornam mais feliz, certamente acelera este processo, tão importante e necessário, para que possamos viver mais e mais mergulhados nas coisas legais, herança divina que nos é de direito e, que, por ignorância e repetidas falhas, não acessamos ainda devidamente.
* É escritor, jornalista e ativista social em Natal/RN (escritorflaviorezende@gmail.com)
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