REPRODUZIDO DO ORIGINAL:
Honório de Medeiros
"Sapere Audi"
SEGUNDA-FEIRA, 13 DE MAIO DE 2013
PEQUENA RESPOSTA A UM
CRÍTICO DO TEMA CANGAÇO
O Grande Inquisidor, Dostoiévsky
Honório de Medeiros
Carlos Santos houve por bem transcrever,
em seu blog
um texto produzido por mim e publicado
em meu blog acerca de um tema que
abordarei em uma mesa-redonda em
Sousa, na Paraíba.
Nos COMENTÁRIOS, me deparei com o
seguinte comentário: “Em pleno século 21
ainda se fala de um coisa tão
irrelevante e inexpressiva!
Tantos assuntos importantes
a serem questionados. Esse tipo de
assunto é para ser apagado da
história diante a sua insignificância.”
Dado a agressividade e o
preconceito do comentário, resolvi
responder ao comentador, mesmo
não o conhecendo. Eis a resposta:
Caro XXX:
Lamento não conhecê-lo: quem sabe
pudéssemos tomar um café e eu lhe
ouvir acerca de quais assuntos
são realmente importantes e
merecedores de serem questionados.
Quem sabe, assim, eu não cometesse
o deslize de me apaixonar por temas
de nossa história próxima e umbilical,
como o cangaço, que nos permitem
pensar acerca das estruturas de
poder que acompanham o homem
desde seus primeiros passos na terra.
É provável que se você me desse a
palavra, eu nada lhe dissesse de
importante, pois além de cangaço gosto
de poesia, especialmente a de Mário
Quintana, tão permeada da banalidade
(ou não) do cotidiano. E também
gosto de conversar acerca de “óvnis”,
já pensou?
Ah! Dentre os assuntos que converso
quando estou reunido com meus
poucos e queridos amigos, está nosso
(meu e deles) passado comum,
nitidamente um assunto pouco
importante para os outros, muito
embora seja a medula da literatura
que batizamos de crônicas.
Mas temo não ser um bom interlocutor
para você: ao contrário do que
muitos pensam, tudo que é humano
me interessa, parodiando Terêncio,
desde cangaço à literatura de cordel.
Sendo assim, caro XXX, é melhor
deixarmos esse hipotético café para
nunca.
Honório de Medeiros
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Honório, concordo com você integralmente.
At. Carlos Gomes
Carlos, muito me honra e alegra sua concordância. Obrigado pela gentileza! Abs, Honório de Medeiros
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