domingo, 19 de maio de 2013


Um Canto ao Inverno


A natureza veste-se de branco,

Como os meus cabelos. O tempo gela.
Há em mim um silêncio frio que estanco.
Vejo a árvore desnuda da janela,
Como o meu coração sem teu afago.
Mas existe a poesia que trago
Cantada na solitude que vela.

(autoria não identificada)




O INVERNO 
Inverno bem vindo!
O céu fica lindo,
uma névoa encobre,
todo o cenário.
Um vento frio,
agitam as folhas,
que caem,
e enfeitam o caminho....
São dias cinzentos.
cheios de sentimentos.
Bebe-se  vinho...
Fala-se  baixinho...
Aconchego e emoção.
O amor aquece
o coração.
A  lareira crepitando,
com lenha queimando.
Inverno vem vindo !
Madalena Julho de 2011.

Inverno

A temperatura está baixa,
o som do vento é agudo em alguns pontos.
Da boca sai uma engraçada fumaça branca,
da coberta sai um calor invisível.
Lá fora chove fino,
o movimento de pessoas é fraco,
a movimentação de carros é contida.
Os galhos das árvores dançam com o vento.
A lareira aqui dentro,
é quentinha como o quê.
O café da manhã reproduz o cheiro ótimo,
do bolo quente e do café passado.
As blusas tomam conta do corpo,
que já está quentinho,
porém ainda preguiçoso.
Os pés estão envoltos por uma grossa meia de lã.
O dia continua arrastado,
quase pedindo clemência,
ou querendo se recolher para dormir,
ou até querendo apenas um copo de café quente,
para se manter lá fora.
O olhar das pessoas continua condizendo...
Sim, frívolo leitor,
condizendo com a estação que imagino agora,
a estação de minha imaginação!
Os gestos são suaves,
a energia é muito poupada.
Livros bons aparecem junto ao sofá e ao edredom,
sem contar nos deliciosos arrepios na nuca,
que vem e vão.
Nenhuma aparência carrancuda,
apenas aparências cansadas e sentidas,
talvez sentidas “daquela cama”.
Pessoas rezando pelo seu rápido retorno ao quente lar.
Agora me vou entrar em outra aventura,
debaixo do meu edredom,
no meu sofá e com minha meia de lã nos pés.
Tomando meu café quentinho,
deleitando-me com o sopro gelado na nuca.


06/09/2010

 O INVERNO

É inverno. O vento, o frio trazendo...
O sol, até abdica de lutar e parece,
Olhar tímido a névoa que cresce,
Subindo dos lagos e rios. Fazendo...

Tudo nos parecer triste e sombrio.
O inverno, vindo de todos os lados!
Abraça-nos e nos faz enregelados,
Encolhidos, e tristonhos E do frio...

Somente nos livramos abraçando,
(Tentando num só corpo se tornar!)
A pessoa amada. E, assim negando...

A lei que diz: Duas pessoas, não
Podem o mesmo espaço ocupar!
(A não ser com muito frio e paixão!)

Pedro Paulo da Gama Bentes



Manhã de Inverno
Coroada de névoas, surge a aurora 

Por detrás das montanhas do oriente; 
Vê-se um resto de sono e de preguiça, 
Nos olhos da fantástica indolente. 

Névoas enchem de um lado e de outro os morros 
Tristes como sinceras sepulturas, 
Essas que têm por simples ornamento 
Puras capelas, lágrimas mais puras. 

A custo rompe o sol; a custo invade 
O espaço todo branco; e a luz brilhante 
Fulge através do espesso nevoeiro, 
Como através de um véu fulge o diamante. 

Vento frio, mas brando, agita as folhas 
Das laranjeiras úmidas da chuva; 
Erma de flores, curva a planta o colo, 
E o chão recebe o pranto da viúva. 

Gelo não cobre o dorso das montanhas, 
Nem enche as folhas trêmulas a neve; 
Galhardo moço, o inverno deste clima 
Na verde palma a sua história escreve. 

Pouco a pouco, dissipam-se no espaço 
As névoas da manhã; já pelos montes 
Vão subindo as que encheram todo o vale; 
Já se vão descobrindo os horizontes. 

Sobe de todo o pano; eis aparece 
Da natureza o esplêndido cenário; 
Tudo ali preparou co’os sábios olhos 
A suprema ciência do empresário. 

Canta a orquestra dos pássaros no mato 
A sinfonia alpestre, — a voz serena 
Acordo os ecos tímidos do vale; 
E a divina comédia invade a cena. 

Machado de Assis, in 'Falenas'

Nenhum comentário:

Postar um comentário