Um Canto ao
Inverno
Como os meus cabelos. O tempo gela.
Há em mim um silêncio frio que estanco.
Vejo a árvore desnuda da janela,
Como o meu coração
sem teu afago.
Mas existe a poesia que trago
Cantada na solitude
que vela.
(autoria não identificada)
(autoria não identificada)
O INVERNO
Inverno bem vindo!
O céu fica lindo,
uma névoa encobre,
todo o cenário.
Um vento frio,
agitam as folhas,
que caem,
e enfeitam o caminho....
São dias cinzentos.
cheios de sentimentos.
Bebe-se vinho...
Fala-se baixinho...
Aconchego e emoção.
O amor aquece
o coração.
A lareira crepitando,
com lenha queimando.
Inverno vem vindo !
Madalena Julho de 2011.
Inverno
A temperatura
está baixa,
o som do vento é agudo em alguns pontos.
Da boca sai uma engraçada fumaça branca,
Lá fora chove fino,
o movimento de pessoas é fraco,
a movimentação de carros é contida.
Os galhos das árvores dançam com o vento.
A lareira aqui dentro,
é quentinha como o quê.
do bolo quente e do café passado.
As blusas tomam conta do corpo,
que já está quentinho,
porém ainda preguiçoso.
Os pés estão envoltos por uma grossa meia de lã.
O dia continua arrastado,
quase pedindo clemência,
ou querendo se recolher para dormir,
ou até querendo apenas um copo de café quente,
para se manter lá fora.
O olhar das pessoas continua condizendo...
Sim, frívolo leitor,
condizendo com a estação que imagino agora,
a estação de minha imaginação!
Os gestos são suaves,
Livros bons aparecem junto ao sofá e ao edredom,
sem contar nos deliciosos arrepios na nuca,
que vem e vão.
Nenhuma aparência carrancuda,
apenas aparências cansadas e sentidas,
talvez sentidas “daquela cama”.
Pessoas rezando pelo seu rápido retorno ao quente lar.
debaixo do meu edredom,
no meu sofá e com minha meia de lã nos pés.
Tomando meu café quentinho,
deleitando-me com o sopro gelado na nuca.
06/09/2010
O INVERNO
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É inverno. O vento, o frio trazendo...
O sol, até abdica de lutar e parece, Olhar tímido a névoa que cresce, Subindo dos lagos e rios. Fazendo... Tudo nos parecer triste e sombrio. O inverno, vindo de todos os lados! Abraça-nos e nos faz enregelados, Encolhidos, e tristonhos E do frio... Somente nos livramos abraçando, (Tentando num só corpo se tornar!) A pessoa amada. E, assim negando... A lei que diz: Duas pessoas, não Podem o mesmo espaço ocupar! (A não ser com muito frio e paixão!) Pedro Paulo da Gama Bentes |
Manhã de Inverno
Coroada de névoas,
surge a aurora
Por detrás das montanhas do oriente;
Vê-se um resto de sono e de preguiça,
Nos olhos da fantástica indolente.
Névoas enchem de um lado e de outro os morros
Tristes como sinceras sepulturas,
Essas que têm por simples ornamento
Puras capelas, lágrimas mais puras.
A custo rompe o sol; a custo invade
O espaço todo branco; e a luz brilhante
Fulge através do espesso nevoeiro,
Como através de um véu fulge o diamante.
Vento frio, mas brando, agita as folhas
Das laranjeiras úmidas da chuva;
Erma de flores, curva a planta o colo,
E o chão recebe o pranto da viúva.
Gelo não cobre o dorso das montanhas,
Nem enche as folhas trêmulas a neve;
Galhardo moço, o inverno deste clima
Na verde palma a sua história escreve.
Pouco a pouco, dissipam-se no espaço
As névoas da manhã; já pelos montes
Vão subindo as que encheram todo o vale;
Já se vão descobrindo os horizontes.
Sobe de todo o pano; eis aparece
Da natureza o esplêndido cenário;
Tudo ali preparou co’os sábios olhos
A suprema ciência do empresário.
Canta a orquestra dos pássaros no mato
A sinfonia alpestre, — a voz serena
Acordo os ecos tímidos do vale;
E a divina comédia invade a cena.
Machado de Assis, in 'Falenas'
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