domingo, 12 de julho de 2015

GALERIA DE PRESIDENTES



América Futebol Clube

Um século de existência IV
O América Futebol Clube do Rio Grande do Norte, carinhosamente chamado de "Mecão" completa neste dia14 de julho de 2015,
100 anos de glórias.
Anotações do torcedor americano e escritor Carlos Roberto de Miranda Gomes
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14/7 a 14/12/1915 - Francisco Lopes de Freitas

15/12/1915 a 1928 - Getúlio Soares, com circunstanciais convocações dos auxiliares Vital Barroca, Aníbal Barata, Oscar Homem de Siqueira, Aníbal Ataliba, Clidenor Lago, Carlos Fernandes Barros, Afonso Joffily, Zélio Perouse Pontes e Clóvis Fernandes Barros;  

1928 a 1930 José Gomes da Costa;

1931 a 1932 Edgar Homem Siqueira e Álvaro Pires; 

1933 a 1934 Osório Bezerra Dantas;

1934 a 1935 João Tinoco Filho, com eventuais convocações de Humberto de Oliveira, João Bezerra de Melo, José Otoch e Oscar Homem de Siqueira;

1935 a 1936 Afonso Ligório Pinheiro;

1937 a 1938 Clóvis Fernandes Barros;

1938 a 1941 Rui Moreira Paiva;

1942 a 1943 Humberto de Oliveira Fernandes;

1944 a 1945 Humberto Nesi;

1945 a 1947 Rui Barreto de Paiva;

1947 a 1950 José Rodrigues de Oliveira;

1951 a 1953 Miguel Carrilho de Oliveira;

1953 a 1956 Jeremias Pinheiro da C. Filho;

1956 – 1958 Murilo Tinoco Carvalho;

1958 a 1961 Heriberto Ferreira Bezerra;

1962 a 1964 Humberto Nesi;

1964 Ulisses Cavalcanti. Menos de 24 horas depois, alegando ordem superior do Quarto Exército, renunciou e em seu lugar foi escolhida uma Junta Governativa até o final do ano (Carlos José da Silva, Desembargador Wilson Dantas Cavalcati e Omr Romero de Medeiros);

1965 a 1970 Humberto Pignataro;

1970 a 1972 Hugo Manso;

1972 a 1974 Dilermando Machado;

1974 a 1976 José Vasconcelos da Rocha;

1976 a 1978 Carlos Jussier Trindade Santos

1979 a 1980 Dilermano Machado;

1980 a 1984 Henrique Arnaldo Gaspar;

1985 Amando Homem de Siqueira, falecido no curso do mandato e sucedido por Adroaldo Fonseca até o final do mandato;

1985 a 1992 Carlos Jussier Trindade Santos

1993 a 1994 Fernando José de Resende Nesi, que renunciou em 23/02/94 (dia do seu aniversário), sucedido de fev. a dez. 1994 por uma Junta Governativa formada por Cláudio Bezerra, Rogério Vilar, Walter Nunes da Silva, Zacheu Santos e Marcos Antônio B. Cavalcanti;

1994 (01/12) a (01.04.1996) Marcos Antônio B. Cavalcanti, sucedido, por sua renúncia por José Maria Barreto de Figueiredo;

1997 a 1998 Eduardo Serrano da Rocha;

1998 a 1999 Roberto Bezerra (dez. 98 a maio de 99), sucedido por Cláudio Negreiros Bezerra e Carlos Jussier Santos (60 dias);

1999 e 2000 Pio Marinheiro, renunciou com 45 dias, assumindo Jerônimo Câmara Ferreira de Melo;

2001 a 2003 José Vasconcelos da Rocha;

2003 a 2005 Francisco Soares de Melo, Roberto Bezerra Fernandes, a partir de janeiro de 2005 e por 45 dias, e depois José Vasconcelos da Rocha;

2006 a 2007 Gustavo Henrique Lima de Carvalho;

2008 a 2009 José Vasconcelos da Rocha;

2010 a 2011 José Maria Barreto de Figueiredo (12/01/2010 a 20/10/2010), com sua renúncia assume Clóvis Antônio Tavares Emídio (21/10/2010 a 10/5/2011) e a partir de maio de 2011 assume Hermano da Costa Moraes;

2012 a 08/01/2014 Alex Sandro Ferreira de Melo (Padang);

2014 a 2015 Gustavo Henrique Lima de Carvalho, licenciado em 19/5/2015 e Hermano da Costa Moraes, em exercício.

           Pela pouca arrecadação de contribuições, muitos dos fundadores arcavam com os gastos extras para manter o clube, ressaltando-se, em particular, Aguinaldo Tinôco, que também era zagueiro e capitão do time, fato repetido em cada geração de torcedores e associados do clube. Ainda hoje o fato se repete, embora com adoção de novos critérios que agregam a galera americana, mas certamente com aqueles que contribuem com recursos mais vultosos e até com sacrifícios pessoais movidos pelo amor ao alvi-rubro natalense.

Uma coisa, porém, é indiscutível: sob o prisma legal, o América é o clube mais antigo do Rio Grande do Norte, haja vista que a publicação do seu primeiro estatuto ocorreu no dia 02 de julho de 1918 no jornal A República de nº 144, 2ª página e o seu registro em Cartório aconteceu no dia 03 de julho de 1918, enquanto nosso maior e respeitável rival só providenciou o seu registro em 13 de dezembro de 1927.

O fato de ordem legal que gerou a oficialização do clube, narrada pelo velho americano Lauro Lustosa, diz que foi em razão de um acontecimento inusitado, quando num treino no campo da praça onde hoje é a Catedral: “o então Coronel Júlio Canavarro de Negreiros Melo, Comandante do 40º Batalhão de Caçadores, que ali passava no dia 3 de junho de 1918, foi atingido por um chute, o que motivou a determinação dada ao seu ordenança, armado com um sabre, para furar a única bola que o clube tinha para treinar e jogar, tendo sido o América obrigado a buscar sua personalidade jurídica para poder entrar com uma ação indenizatória, através do advogado Bruno Pereira em nome do então Presidente Oswaldo da Costa Pereira. Para tanto, os estatutos foram registrados pela primeira vez no dia 3 de julho de 1919, no Primeiro Ofício de Notas, em documento assinado pelo então presidente Oswaldo da Costa Pereira.” Nessa narrativa há o equívoco do ano do registro, que deve ser considerado como 1918, isto é, no dia que se seguiu ao da publicação do estatuto. Essa ação intentada não chegou a ser julgada porque o Governador Ferreira Chaves resolveu indenizar o clube, evitando maiores consequências do incidente em razão do que foi adquirida nova bola, marca “olimpic”, e uma sobra ficou para as comemorações. Mas, de qualquer forma, o América ganhou existência legal.

     Seu uniforme, inicialmente ao tempo da fundação era azul (camisa) e branco (calção), porquanto existia um antigo clube denominado Sport Club Natalense (Natal Sport Club), onde alguns dos fundadores nele atuavam e já usava as cores branca e vermelha. Com a extinção deste, o América trocou as suas cores, que eram as preferidas desde a fundação, coincidindo com o que adotavam outros times com o mesmo nome em outros estados, isto é, “encarnado e branco”, como já constou no registro do estatuto. Obviamente que as bandeiras guardaram as cores de cada época. De qualquer forma essas cores findaram coincidindo com as cores da bandeira da França.

     A propósito, em nossa pesquisa no jornal A República, anotamos um ponto bem interessante. A Diretoria era composta dos seguintes cargos: Presidente, Vice-Presidente, Secretário-Geral, Orador, Tesoureiro e “capitain”. As atribuições deste último cargo estão contidas no art. 10 e cuidava de: a) organizar os “teams”; b) dirigir os “treinings” e alterá-los, visando sempre a organização dos conjuntos; c) manter a ordem no campo; d) não consentir discussões no campo; e) suspender o jogo em caso de insubordinação da maioria dos jogadores; f) marcar os dias de “trainings”; g) comunicar à diretoria as providências tomadas em campo; h) nomeal um “capitain” para cada “team”; i) nomear um diretor de campo que será responsável pelo zelo de todo o material de campo, obedecendo diretamente à sua autoridade, de quem recebe ordens.

Um aspecto relevante na lembrança dos grandes desportistas o é do reconhecimento ao trabalho do setor jurídico, em todos os tempos, mas que aqui deixo marcado na pessoa do grande americano, que prestou sua inteligência jurídica ao América por muitos anos, até sua passagem para outra dimensão: Walter Nunes da Silva, igualmente o setor médico a cargo do Dr. Maeterlink, dentre muitos outros desportistas de maior valor, em tempos diferentes até os dias atuais, sejam do primeiro escalão ou aqueles quase anônimos como Macarrão, Moura e Souza, por exemplo.


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