DIA DO SOLDADO           Hoje é o dia 25 de agosto, data em que o Exército do Brasil comemora o "Dia do Soldado", que me faz recordar tempos distantes onde servi à minha Pátria na condição de Cabo do Exército Nacional, lotado no 16º Regimento de Infantaria, sob o comando geral do então Coronel Dióscoro Gonçalves Vale, da tradicional estirpe seridoense e do comandante da CCS, o Capitão Mílton Freire de Andrade.           Assisti e participei das solenidades de estilo nas quais se reverenciava o Duque de Caxias, data de nascimento de Luís Alves de Lima e Silva, aos 25 de agosto de 1803, elevado à condição de Patrono do Exército brasileiro, em respeito à sua carreira brilhante e aos atos de bravura praticados ao longo de sua vida.             O saudoso e destemido jornalista Barbosa Lima Sobrinho comentava que o Duque de Caxias devia ser chamado O Patrono da Anistia, e o povo brasileiro, em espontânea consagração, popularizou o vocábulo "caxias" para apelidar as pessoas que cumprem, irrestritamente, os seus deveres.            A propósito, o sociólogo Gilberto Freyre ao tempo em que reconhecia as excelsas virtudes de Duque de Caxias, assim se expressou: "Caxiismo não é conjunto de virtudes apenas militares, mas de virtudes cívicas, comuns a militares e civis. Os caxias devem ser tanto paisanos como militares. O caxiismo deveria ser aprendido tanto nas escolas civis quanto nas militares. É o Brasil inteiro que precisa dele".            Esta minha homenagem não nutre qualquer apologia ao militarismo, mas um alerta para que a gloriosa Instituição do Exército não repita os desencontros praticados por alguns dos seus integrantes durante o período que se instalou a ditadura de 1964 e agora repudiados pela sociedade e pelos verdadeiros patriotas, civis ou militares.          O soldado é um guardião da soberania e um patriota fardado. O respeito deste Cabo da Reserva, da turma de 1959.