NUM DOMINGO DE INVERNO
(desconheço a autoria)
TRANSCENDENTAL... VOCÊ, A LUA E EU.
... E FOI ASSIM... AMANHECEU O DIA.
(décima em decassílabos)
Um “cabernet”, chileno, especial,
Para uma noite morna, terna e nua,
Você tão linda quanto linda a lua,
E eu sem saber quem mais original.
Houve um sorriso, um beijo... o trivial...
Você sorria e eu também sorria.
E a nossa lua, que nos assistia,
Nos viu amando aos braços de “Morfeu”.
TRANSCENDENTAL... VOCÊ, A LUA E EU.
... E FOI ASSIM... AMANHECEU O DIA.
Wellington Leiros
MEU DITIRAMBO
(Décima em decassílabos)
Recebe, meu amor, com meus “quindins”,
Meu ditirambo de flores perfumosas,
Nas cores, com que “mãos mui caprichosas”,
Fizeram florescer em meus jardins.
Colhi crisântemos, rosas e jasmins,
E às dálias e às tulipas, reuni.
Nesse buquê, a tua imagem, eu vi...
Por nosso amor... por tudo que há mais puro,
Eu juro aqui, por Deus, aqui eu juro:
Tu és a flor mais bela que eu colhi.
Wellington Leiros
*************
PENSO EM VOCÊ.
Ivam Pinheiro.
Hoje me encontro tão leve assim...
e feliz como serve toda poesia ...
- Para sonhar o amor e a alegria
basta eu pensar breve em você,
que o tempo muda, a vida cruza
céu da sua boca e desejo acusa
para içar olhar na luz o seu ser.
E feito jardim, sou voar passarim
pra planar leve o seu bem querer.
PENSO EM VOCÊ.
Ivam Pinheiro.
Hoje me encontro tão leve assim...
e feliz como serve toda poesia ...
- Para sonhar o amor e a alegria
basta eu pensar breve em você,
que o tempo muda, a vida cruza
céu da sua boca e desejo acusa
para içar olhar na luz o seu ser.
E feito jardim, sou voar passarim
pra planar leve o seu bem querer.
PASSIONATA
Ciro José Tavares
Teus
silêncios noturnos, oh! Bem amada, eram os
meus,
desde o
dia em, apaixonada, lábios nos lábios,
recebeste
de mim os teus primeiros beijos de amor,
doces beijos
guardados nos escaninhos da memória,
invulneráveis
às ações do tempo e da distância.
Ah!
Despedidas ao crepúsculo das tardes estivais,
doíam
como se fossem para sempre
por causa das ruas
diferentes que seguíamos.
porque nos proibiam mãos entrelaçadas.
Ah! Sagrados momentos dos encontros vespertinos,
ah! Saudades das lágrimas
nos olhos neblinando.
Cegos da paixão de jovens
esquecemos a hora e a vez
Até que sem dizer adeus,
definitivamente,
Saímos um do outro na busca
de nossas noites de silêncios.
Mesmo antes do The Voice Brasil escrevi para essa grande artista esse poema.
CRISTALINA VOZ, MENINA. Ivam Pinheiro. ... Feito a luz num cristal Cristalina voz, menina Dois tempos - mar e cais Flores de sonhos astrais Desejo de cantar que é sina Potiguara Guarani na rima Encanto de som musical Harmonia que seduz na paz Turmalina na foz de rio e mina Com jeito de luz de Natal. Flui de Khrystal o cantar Convida a Praieira Natália Mas, sem ganzá coco não há Na Usina ou na beira do mar. Baião de Lacan fica na praia Salão de Sete Meninas no clima Coisa de Preto é luar potiguar Com coco, reisado e boi calemba Voz da cultura popular de prima Trem de claves de sol no ar.
SOMBRAS...
Ciro José Tavares
“Eis sobre ti a minha
humilde pena:
pesares, mágoas, infortúnios, tudo
hás de
agora sentir, oh! folha amena.”
Adelle
de Oliveira, in Pobre Folha.
...Foi
quando eu cheguei, mas não pude ver.
Contou-me
sua irmã no meio daqueles olhos
Confundindo
verdes claros e azuis,
depois
que eu cheguei quando do quarto e da
sala tomei conta,
sóbrios, amplos, espartanos, acolhedores
e neles mergulhado nas
sombras dos avós nunca mais saí.
Aquela cor de ébano nos
móveis espalhados
morria nas paredes alvas e
no frio piso dos tijolos brancos.
Foi quando eu cheguei para
viver um tempo
entre peças ancestrais e
aspirar o passado ali distribuído.
Quando também chegavam pelos
fronteiros janelões
o frescor das manhãs, suaves
madrigais de pássaros migrantes,
o adeus das tardes
apunhaladas nos ocasos,
a voz silenciosa das noites
estivais.
Havia um pálido conjunto de cadeiras,
o oratório,
a delicada escrivaninha nascente
das poesias,
algumas pobres folhas, a caneta
com ponta metálica fendida
há muito deitada no vazio do
tinteiro.
Foi quando cheguei para
viver na companhia
daquela esquálida figura
cheirando a alecrim.
Cheguei para viver e vivi
como ninguém.
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