Sex, 16
  de Agosto de 2013 
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Valério Mesquita*  
www.valeriomesquita.ubbihp.com.br  
Nem poeta, nem herói. Apenas um simples que soube
  sonhar o seu sonho. Um mágico que hoje a força evocativa do tempo devolve a
  sua magia criativa de pioneiro do teatro em Macaíba. João Viterbino Leiros
  nasceu em Natal mas viveu toda a sua vida praticamente em Macaíba até falecer
  em 1958. Humano, caridoso, acessível, carismático, escreveu peças teatrais e
  interpretou outras tantas nos anos vinte, trinta em Macaíba quando viveu o
  seu apogeu cultural. Arte cênica, duas bandas de música, um piano em cada rua
  aristocrática, enfim, Macaíba ditava até a moda através de grandes empórios
  comerciais de roupas, calçados, perfumarias, bijuterias que chegavam ao seu
  Cais do Porto trazidos por embarcações, antes mesmo de Natal. João Leiros
  viveu nesse tempo. E nele constituiu com D. Elvira uma prole feliz de oito
  filhos que se desdobrou em 40 netos, 93 bisnetos e 44 tataranetos, somando
  185 descendentes diretos. Que exemplo de vida! Espiritualista, Joca Leiros
  cultivou a doutrina kardecista onde no sítio Salerno gravava no senso frágil
  e trágico da brevidade humana, os sinais de sua mensagem.  
Um traço característico e inconfundível dos Leiros, herdado do patriarca foi o gosto pela cultura. Na grande maioria, dos seus descendentes o culto às letras, a música, ao teatro e até ao espiritualismo revelou-se de forma ampla, em todos os segmentos de vida. Ao traçar o seu breve perfil, parabenizo a Fundação José Augusto que resgatou o valor e o talento do mestre João Leiros ao denominar o auditório da Casa de Cultura Nair de Andrade Mesquita, com o seu nome. De parabéns a Fundação José Augusto e o Instituto Pró-Memória de Macaíba que se uniram nesse gesto dignificante para redimensionar a vida cultural da cidade no presente, resgatando do seu passado a figura maior da arte de criar e representar que se encarnou em João Viterbino de Leiros. 
(*) Escritor. 
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sábado, 17 de agosto de 2013
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