CARTAS DE COTOVELO – 2013.12
Carlos Roberto de Miranda Gomes,
escritor-veranista
Vejam só, despertado pela polêmica sobre a passagem ou não de
Exupéry por Natal, dei-me ao trabalho de fazer uma releitura de alguns dos seus
livros, como relatei em Carta anterior.
Fui além e li outras obras pela primeira vez, como: “Um
sentido para a vida” e “Cartas ao Pequeno Príncipe”, além de um ensaio da irmã
Rosa Maria: “E o céu sem limite”, Ed. Duas Cidades, São Paulo, 1959.
Num resumo da minha tarefa, retornei ao referencial maior
desse piloto-escritor: “O Pequeno Príncipe” e então constatei o inusitado – buscava
uma coisa e acabei encontrando outra, bem mais atrativa, porque invadindo as
cercanias do espírito.
Então resolvi selecionar algumas frases e pensamentos resultantes
das minhas leituras dos seus escritos e dos de outras pessoas, que podem representar um norte, uma régua ou um compasso
para os caminhos a palmilhar.
DE SOLIDÃO
É uma escola para as
almas magnânimas, os eternos peregrinos em marcha para a fonte da vida. (Ex)
Para as almas fortes, a
solidão se torna o prelúdio da ação fecunda. (irmã RM);
Ai, a solidão vai
acabar comigo! (Dolores Duran)
O HOMEM
Os homens são mesmo
assim: as provações servem para lhes consolidar lentamente as virtudes.
Temem-se os fantasmas,
não se temem os homens.
DE VERDADE
A verdade é aquilo que
simplifica o mundo e não aquilo que cria o caos.
A verdade, para o
homem, é aquilo que faz dele um homem.
DE NOSTALGIA
A nostalgia é o desejo
não se sabe de que.
SOBRE A VIDA
Urge conquistar um
sentido para a vida dos homens – a paz ou a guerra. Para salvar a paz basta
tomar consciência desse silêncio; Na paz a vida é um círculo fechado.
Viver é nascer
lentamente.
A vida sempre destrói
as fórmulas feitas.
DE AMOR
Quando um acaso faz
despertar em nós o amor, tudo no homem se ordenará de acordo com esse amor, e o
amor traz-lhe o sentimento da extensão.
DAR E RECEBER
É preciso dar antes de
receber, e construir antes de habitar.
DE DERROTA
A derrota pode vir a
revelar-se como o único caminho para a ressurreição, não obstante os seus
diminutos atrativos.
A NOITE
À noite, a razão dorme
e as coisas são o que são.
Nenhum comentário:
Postar um comentário