sexta-feira, 10 de janeiro de 2020


Cartas de Cotovelo – 10/01/2020
Quinta Carta (com Saudade)

Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes

          Existem equipamentos que complementam o nosso conforto no cotidiano, mais ainda quando estamos no veraneio que não precisamos nos locomover para efetuar pagamentos, enviar mensagens, pesquisar assuntos interessantes, fazer nossas vitaminas no liquidificador, assar um pãozinho, um banho temperado e muitas outras coisas mais. 

          Pois bem, nestes dois últimos dias, no conforto do ar condicionado e vendo um bom programa de televisão, fomos colhidos de surpresa pela falta de energia na Rua Parnaíba, aqui em Cotovelo. 

           Acionado o 116 a informação era que os técnicos estavam se deslocando para resolver o problema o mais rápido possível. Ontem, aguardei a providência desde as 3 da matina, mas a energia só veio chegar às 16 horas, com a expectativa das notícias do toró em Natal. Hoje o fato se repetiu, perdemos o noticiário da manhã, mas a energia voltou em torno do meio dia.

        Em verdade não estamos aqui fazendo uma reclamação, pois o fato decorrer de uma chuva inesperada e sabemos que os operários da Cia. Fornecedora de energia são competentes e dedicados, mas apenas para enfatizar da importância que a energia elétrica nos trás.

        Não é sem razão que nos vem à mente os nossos veraneios da Praia da Redinha, onde a energia era fornecida através de um motor que era acionado pelas dezoito horas e desligado às vinte e duas, curto período em que aproveitávamos para um joguinho de baralho ou um bom papo na areia da frente da casa, sem nenhum risco de assalto.

        Naquele tempo não havia outro barulho que não o das águas do mar ou do rio Potengi quebrando na areia e permitindo olhar a beleza do céu e da natureza como um todo.
        Tive a oportunidade de voltar aos velhos pastos, já na companhia de THEREZA, e constatei que no Maruim apenas ainda resistiam duas casas – a que foi de papai e de seu Nelson, sogro de Professor Misael.

        Sem querer, a saudade volta de uma outra forma, com lembranças mais distantes, como o bambelô no Mercado, as cavalhadas organizadas pelo Dr. Túlio Fernandes, os passeios de bicicleta ao rio doce, a emocionante contemplação do vai e vem dos botes e das lanchas no cais, as reuniões esportivas e recreativas no Redinha Clube:

                      ...”Redinha, volte de novo ao teu seio, para eu viver sem receio aqueles tempos ideais”. (Fernando Gomes)


               

     

Nenhum comentário:

Postar um comentário