segunda-feira, 6 de janeiro de 2020


Cartas de Cotovelo – 06/01/2020
Terceira Carta de Saudade
 Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes

        Os reis magos são personagens controvertidas na história da humanidade, citados somente por Mateus (2,1-12), que visitam o menino Jesus, trazendo para eles presentes: ouro, incenso e mirra. Seus nomes eram Melquior (ou Belchior), Baltasar e Gaspar. Tais nomes também aparecem no Evangelho Apócrifo Armeno da Infância, do fim do século VI, no capítulo 5,10. O texto diz:


Um anjo do Senhor foi de pressa ao país dos persas para avisar aos reis magos e ordenar a eles de ir e adorar o menino que acabara de nascer. Estes, depois de ter caminhado durante nove meses, tendo por guia a estrela, chegaram à meta exatamente quando Maria tinha dado à luz. Precisa-se saber que, naquele tempo, o reino persiano dominava todos os reis do Oriente, por causa do seu poder e das suas vitórias. Os reis magos eram 3 irmãos: Melquior, que reinava sobre os persianos; Baltasar, que era rei dos indianos, e Gaspar, que dominava no país dos árabes.
        O que eram e de onde vieram são outros mistérios - eram Reis, mágicos (magos), porque tinham grande conhecimento da astrologia?  Sábios, Escribas? 
         Tendo sabido que o lugar era Belém, Herodes mandou-lhes pedir que informassem o lugar exato para que ele “também pudesse adorá-lo”. Guiados pela estrela, os magos chegaram a Belém, que fica a cerca de 10 quilômetros de Jerusalém. Encontrando o Menino, ofereceram-lhe, como presente, ouro, incenso e mirra. Tendo sido avisados, em sonho, para não dizer nada a Herodes, voltaram para suas terras por uma outra estrada. Tendo descoberto o engano, o rei Herodes mandou matar todas as crianças de Belém que tivessem menos de 2 anos.
          Viajaram das suas terras com o intuito de visitar o Menino Jesus e adorá-lo. Belchior veio da Europa, Gaspar da Ásia e Baltazar da África. Sabedores do intuito de Herodes regressam por lugar diferente para não terem encontros com o Rei.
          Essa história atravessou continentes e chegou até nós e como pessoas de grande valor, verdadeiros santos, respeitados e venerados. Em Natal mereceram um dia feriado e possuem uma igreja e um santuário no bairro dos Santos Reis onde todos os anos são realizadas comemorações e venerações.
         No meu tempo de rapaz fui muitas vezes aos festejos, assisti missa, confissões com Frei Damião de Bozano, visitei o Santuário com peças representando órgãos do corpo que foram sarados, depois a festa foi deturpada com jogos de azar, parque de diversões. Hoje já apresenta uma festividade religiosa. Algumas vezes a minha THEREZA foi comigo e escolhi o dia para o meu noivado (1962). Estava veraneando na Redinha e vim de lá para pedir ao velho Rosso a mão de sua filha formalmente, prometendo o casamento para o mesmo dia do ano seguinte o que não aconteceu pelo fato de ser coincidente a data com o plebiscito e eu trabalhar no TCE e transferi a data para 16 de março. THEREZA então tinha se mudado para Belém do Pará por motivo de transferência funcional de Arnaldo Jones Nelson, seu cunhado e com quem vivia toda a família e lá casamos na Igreja de Santo Antônio na Praça Batista Campos, por licença da Paróquia da Trindade.
         São lembranças, boas e saudosas lembranças. Obrigado meu Deus!

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