domingo, 27 de setembro de 2015

MINHA AMIGA LÚCIA HELENA





Brindamos os leitores hoje com mais um poema da “Poeta das Flores”, a imortal Lúcia Helena Pereira.
É ocupante da Cadeira número 4 da ACLA, que tem como Patrona a sua avó, Madalena Antunes Pereira. Também integra diversas instituições culturais aqui e alhures. Lúcia Helena Pereira foi a primeira mulher norte-rio-grandense a presidir uma entidade cultural a nível nacional. Foi Presidenta Nacional da AJEB – Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil de 1998 a março de 2000.

VERDE, SEMPRE TE QUERO VERDE.
(DEDICADA AO MEU VALE - CEARÁ-MIRIM)
Lúcia Helena Pereira - 31-07-2011

Verde, sempre te quero verde!
Vestido de esperança e dourado de sol.
Verde, sempre te quero verde
Brilhando na chuva e espreguiçando-se ao vento.
Verde, sempre te quero verde,
Iluminado e festivo
Comemorando história e preservando lembranças.

Verde, sempre te quero verde
Exibindo casarões, praças e ruas,
Patrimônios de antigas nobrezas.
Verde, sempre te quero verde,
Impetuoso, destemido e alvissareiro,
Na travessia dos séculos.
Verde, sempre te quero verde,
Na memória dos teus filhos ilustres,
Uns distantes, outros próximos do coração.

Verde, sempre te quero verde,
Coberto pelo aroma fresco das matas
E banhado pelos rios serenos,
Onde sussurram as sinfonias do tempo.
Verde, sempre te quero verde,
Embelezando-se no Oiteiro, Guaporé,
Santa Águeda, Verde Nasce,
Mucuripe, Solar Antunes!
Verde, sempre te quero verde,
Na Usina São Francisco, Ilha Bela,
No Cumbe e Diamante.

Verde, sempre te quero verde,
Nas águas misteriosas e perfumadas dos olheiros,
Do rio Água Azul, Nascença, sempre te quero verde e eterno,
Na casa - grande onde corri meus passos de criança,
E bebi água de poço refletindo a minha vida!

Verde, sempre te quero verde
Anunciando alegrias e acordando saudades.
Nas águas límpidas o Rio Ceará - Mirim.
Verde de memoráveis figuras
Do meu bisavô, José Antunes de Oliveira,
Da minha avó paterna, Madalena Antunes,
Do meu tio-avô Juvenal Antunes de Oliveira,
Do primo amado, Nilo de Oliveira Pereira.
Ceará - Mirim de Edgar Varela e Edgar Barbosa,
Da ex-prefeita Terezinha Jesus da Câmara Melo,
De Roberto Pereira Varela e Rui Pereira Júnior,
De Adelle de Oliveira e José Augusto Meira.

Verde de tantos nomes queridos:
Raimundo Pereira Pacheco e Olympia (meus avós maternos)

Ceará-Mirim dos meus pais:
Abel Antunes Pereira e Áurea Pacheco Pereira.
Dos meus tios: Ruy Antunes Pereira, Vicente Ignácio Pereira,
Maria Antonieta Pereira Varela e Luiz Lopes Varela,
Joana D´Arc Pereira do Couto!
Verde de Zizi – Augusto Vaz Neto (primo tão querido),
De Herbert Washington Dantas,
De Gracilde Correia de Melo e Idalina Correia Pacheco,
Do meu trisavô, Manoel Varela do Nascimento e Bernarda.
Verde dos tios: Etelvina Antunes Lemos e Ezequiel Antunes.
Das minhas contadoras de estórias: Piô e Maroca.

Ceará-Mirim de Quincas e Lebre
Do compadre Joaquim Gomes (tocador de Rabeca),
De dona Biluca - rendeira de almofadas de bilro!
Verde, resplendente verde,
De minha Duda (Iara Maria Pereira Pinto),
De Uruca – Denise Pereira Gaspar,
De minha primeira professora: Valdecy Villar de Queiroz Soares!
Verde das minhas conterrâneas: Naide, Neire e Nadeje,
De Abner de Brito, Onofre Soares, Gibson Machado,
Dr. Percílio e dona Esmeralda.

A cidade verde, de canavial ondulante,
De oiticicas cheirosas, manacás, umburanas…
Ceará-Mirim, criança de 153 anos
Engalanando - se para festejar
Seu VERDE luminoso e iluminado,
Brilhando nas asas dos araraús
Passeando pelo infinito
E nas sinfonias siderais,
Repercutindo no dobre dos sinos
Da Matriz de N. Sra. da Conceição
Ecoando pelo vale!

Ceará - Mirim! Sempre VERDE!
É assim que eu te quero!

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