terça-feira, 29 de setembro de 2015


APRESENTAÇÃO DO LIVRO  SOU  DE DEUS
 
 
HORÁCIO  PAIVA cultiva a Poesia desde  jovem, quando  Natal e Macau eram cidades gostosas para viver.  Sabia da responsabilidade em suceder dois grandes poetas:  Edinor  Avelino e Gilberto Avelino.
 
Seguindo o conselho do poeta e amigo Gilberto Avelino que diz: “por onde andares, fale/ a palavra apascenta”. O poeta  HORÁCIO  tem ao longo da vida seguido  esse conselho e o resultado é uma coleção de amigos conquistados ao longo do tempo e uma liderança muito forte em nosso meio.
 
Defensor da Democracia, teve destacada atuação nos movimentos sociais que pipocaram   no país: Comitê da Anistia, Diretas já, Movimento Sindical, sendo presidente do Sindicato do Bancários durante três mandatos (1980-1989), destronando um pelego colocado pela Ditadura Militar que queria se eternizar no poder. Ao lado das atividades políticas, estava antenado com os movimentos culturais:  Poesia Concreta, Poema Processo, o Cinema Novo, entre outros. Aos poucos divulgava sua poesia. Seu poema SERÁ FIM DO AMOR rodou em diversas antologias Brasil afora! Em 2002 publicou  NAVIO ENTRE ESPADAS, em 2012 A TORRE AZUL que contou com a presença do poeta cubano FELIX CONTRERAS  nosso irmão no ofício da Poesia. Agora o livro SOU DE DEUS (33 POEMAS DE INSPIRAÇÃO RELIGIOSA). Neste livro, numa homenagem a Jesus Cristo (33 poemas lembram os 33 anos de vida do filho de Deus entre nós) Horácio mostra o total domínio da Palavra, retomando uma tradição inaugurada por Walflan de Queiroz, Sanderson Negreiros e J. Medeiros: a poesia religiosa de qualidade. Longe do besteirol atual que domina a sociedade.
 
Cristão 100%, filia-se ao que a América Latina produziu de melhor no campo religioso: a Teologia da Libertação. O Reino de Deus  deve começar agora na Terra. A Religião como libertação e não como ópio do povo. São seus amigos em Cristo: Dom Pedro Casaldáliga, Ernesto Cardenal, Santa Teresa de Jesus, San Juan De La Cruz  e  toda uma legião de deserdados. Veja a beleza destes versos JOSÉ, O ALFAIATE:
 
“José, Senhor, era alfaiate
E tirava medidas.
 
Seu dia ainda não completara
Quando outro, maior, surgiu à sua frente –
E neste, ao invés de medir, será medido.
 
Dai-lhe, pois, a medida de vossa misericórdia
Para que ostente no vosso reino
As vestes da salvação”
 
Caríssimos leitores: é o VERBO em forma de Poesia,   convidando-nos para fazermos parte dele, também.
Eduardo Gosson na Cidade do Natal em 18.09.2015

 

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