terça-feira, 7 de outubro de 2014

O Cantor das Multidões



Só para lembrar...
ORLANDO SILVA
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03.10.2014 - Comemora-se o 99º aniversário de nascimento do cantor ORLANDO SILVA (Orlando Garcia da Silva) de 1915. Considerado o melhor dos grandes cantores da era do rádio, ao lado de Francisco Alves, Silvio Caldas e Carlos Galhardo, Orlando Silva teve uma história de glórias e dramas. Seu período de auge durou relativamente pouco: apenas sete anos, de 1935 a 1942. Filho de um violonista e chorão amador, perdeu o pai aos 3 anos de idade, vitimado pela gripe espanhola. Por isso, teve que largar os estudos cedo para trabalhar. Aos 17 anos perdeu parte do pé esquerdo em um acidente de bonde, o que o obrigou a ficar quatro meses hospitalizado com dores horríveis, que só cediam com doses de morfina. Quando se recuperou voltou a trabalhar como cobrador numa linha de ônibus. Costumava cantar para os amigos e vizinhos até que um conhecido o apresentou ao cantor Luiz Barbosa, que o levou para a Rádio Cajuti. Um dia o violonista e compositor Bororó o ouviu e apresentou a Francisco Alves, que gostou do que ouviu. Passou a se apresentar em programas de rádio e em 1935 gravou o primeiro disco. No ano seguinte participou de um filme e da inauguração da Rádio Nacional, onde passou a ter seu próprio programa. Foi numa temporada em São Paulo, em que cerca de 10 mil pessoas foram ouvi-lo, que surgiu o apelido "Cantor das Multidões". Em março de 1937 lança o que seria um de seus maiores sucessos: "Lábios que beijei" (J. Cascata e Leonel Azevedo), com o inovador arranjo de cordas feito pelo maestro Radamés Gnattali. Orlando fez também as primeiras gravações de "Carinhoso" (Pixinguinha e João de Barro) e "Rosa" (Pixinguinha e Otávio de Souza). Os sucessos não paravam, e a vendagem dos discos continuava aumentando sempre: "Nada além" (Custódio Mesquita e Mário Lago), "Dá-me tuas mãos" (Roberto Martins e Mário Lago), "Boêmio" (Ataulfo Alves, J. Pereira e O. Portella), "Juramento falso" (J. Cascata e Leonel Azevedo), "Deusa do cassino" (Newton Teixeira e Torres Homem), "Por quanto tempo ainda" (Joubert de Carvalho), "Naná" (Custódio Mesquita, Jardel e Geysa Bôscoli), "Abre a janela" (Roberto Roberti e Arlindo Marques Jr), "Curare" (Bororó), "Alegria" (Assis Valente e Durval Maia), "Aos pés da cruz" (Marino Pinto e José Gonçalves), "A primeira vez" (Bide e Marçal), "Dama do cabaré" (Noel Rosa). Por volta de 1940 a carreira de Orlando Silva, então no auge da fama, entrou em declínio. Começou a fazer uso frequente de morfina, tornando-se dependente químico e tendo crises de abstinência quando não podia usar a droga. Em 1942 passou alguns meses afastado dos estúdios, em parte por causa de um problema dentário, em parte porque estava se internando para livrar-se da morfina. Tentando livrar-se de uma dependência, acabou também vitimado por outra, o alcoolismo. Suas cordas vocais não resistiram ao álcool e à morfina, e quando Orlando voltou ao estúdios já não era o mesmo. Entre maio e novembro de 1942, tudo mudou na vida do Cantor das Multidões. Rescindiu seus contratos com a gravadora RCA e mais tarde com a Rádio Nacional, em 1945. Depois disso, o cantor ensaiou diversas "voltas", prosseguindo na carreira com alguns sucessos até o ocaso, apesar de cultuado com devoção por discípulos que vão de João Gilberto a Caetano Veloso.
Primeiros LP's (10 polegadas):

  
   
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