sábado, 29 de março de 2014

GC-final

1964 - A DEMOCRACIA  ESPEROU 21 ANOS - final  
Geniberto Paiva Campos - Brasília  - Fevereiro / 2014  


 5. Com a deflagração da II Guerra Mundial , em 1939, não havia clima propício para o desencadeamento de novos movimentos “revolucionários” no Brasil. Estes somente viriam a ocorrer no período pós guerra, em meados da década de 1940. Iniciados, ou retomados, basicamente, com a deposição de Getúlio Vargas do poder central, em 1945,no exercício do poderes ditatoriais garantidos pela Constituição “Polaca”, desde 1937. Como consequência, ocorreu a redemocratização do país, com a instituição de eleições para cargos executivos e legislativos. Os ventos de liberdade que sopravam do pós guerra chegavam até o Brasil.
5.  “Não se pode compreender que o Brasil, que nesse momento combate as nações  totalitárias, permaneça sendo ele próprio um estado totalitário”  (Góes Monteiro, ministro da Guerra, em diálogo com o presidente Getúlio Vargas – novembro, 1944)  (4) .
A deposição do governo Getúlio Vargas, algum tempo após este diálogo, encerra um ciclo autoritário de mais de uma década. Ocorre em função da derrota do Nazifascismo nos campos de batalha da II Guerra. E encerra o longo período de golpes de estado e instabilidade institucional da 1ª metade do século XX no Brasil.
Após este período, ocorrem 4 eleições presidenciais pelo voto direto. Em sequência: Dutra, Getúlio, JK e Jânio Quadros Nenhum deles elegeu o seu sucessor. O mundo do pós guerra apresenta imensos desafios aos governos dos países em desenvolvimento. O governo Dutra representa a transição para a Democracia. Nos primeiros anos de década de 1950, as forças politicas do país são surpreendidas pelo retorno de Getúlio ao poder central pela eleição direta. Surge então um outro Getúlio. Com novo programa político, no qual sobressaem a defesa dos interesses nacionais, a defesa do trabalhador e uma postura democrática e, como esperado, a busca incessante pelo desenvolvimento e o progresso. Contra essa pauta se articulam forças conservadoras e, novamente, ressurge o discurso claramente anti democrático e que terminam por levar Getúlio ao suicídio, abrindo uma sequência de crises político-institucionais. A jaula do tigre totalitário foi novamente escancarada e começam as articulações para impedir, em nome da democracia, o avanço natural do processo democrático. Completada a transição política, sob a presidência do ministro José Linhares do STF, é eleito o general Eurico Gaspar Dutra, ex-ministro da Guerra do governo Getúlio Vargas. O brigadeiro Eduardo Gomes, franco favorito, perdeu a eleição para o gal. Dutra, contando com o apoio discreto de forças políticas getulistas.
6.reenfatizamos: o governo Dutra foi uma transição para a Democracia. À época, o Brasil se encontrava em acelerado processo de urbanização, substituição de importações e ensaiando os primeiros passos para a industrialização. Estavam criadas as condições para o surgimento de um proletariado urbano e consequentemente de uma política de massas. Cujo voto, representativo de uma classe social, iria decidir pleitos eleitorais futuros. As figuras subsequentes mostram as profundas mudanças verificadas no país, podendo-se observar a queda significativa da taxa de analfabetismo (fig. 2); a migração da população da área rural para zonas urbanas (fig. 3) e a alteração na composição da mão de obra (fig.4) na qual o setor terciário assume clara predominância em decorrência do processo de industrialização.  Tais mudanças, que se prolongaram no tempo, transformaram de maneira profunda as características do Brasil, com acentuado avanço da industrialização, evoluindo para uma sociedade de consumo de massas, predominantemente urbana. Criando, para o inconformismo das elites dirigentes, um proletariado ativo politicamente, o qual passou a exercer, pelo voto, influência decisiva no processo de escolha dos dirigentes dos poderes executivo e legislativo.  Este o pano de fundo que propiciou as condições para a eclosão do Movimento de 64. 
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 A FESTA DOS 112 ANOS DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RN

Na mesa dos trabalhos a bandeira história do IHGRN, que há muito tempo não era apresentada nas solenidades. Esteve presente o Presidente Honorário Vitalício Jurandyr Navarro da Costa.


Se fizeram presentes o Governo do Estado (Isaura Rosado), a Prefeitura de Natal (Henrique Holanda), o Poder Legislativo Estadual (Deputado Hermano Morais), a Igreja Católica (Padre Francisco Flávio), a Prefeitura de Guamaré, As Academias Norte-Rio-Grandense de Letras (Paulo Macedo), Cearamirinense de Letras (Emmanoel Cavalcanti), Macaibense de Letras, (Sheila Ramalho),de Letras Jurídicas (Adilson Gurgel), o Instituto Ludovicus (Daliana Cascudo), a Academia Nacional de Folclore (Severino Vicente), o Exército brasileiro (Major Nilo e Capitão Bastiani), a Polícia Militar (Coronel Angelo Dantas), a UFRN (Professora Maria da Conceição Fraga), o IPHAN (Onésimo Jerônimo Santos), o Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (George Felix Cabral de Souza), a OAB/RN (Thiago Simonetti), as Secretarias de Educação do Estado e do Município de Natal (João Oliveira) e o Instituto Norte-Riograndense de Genealogia (Antônio Luiz).

A solenidade aconteceu no prédio do Centro Pastoral Dom Heitor de Araújo Sales, gentilmente cedido pelo Padre Francisco Flávio Herculano de Oliveira, pároco da Matriz e Nossa Senhora da Apresentação, com o comando do Presidente VALÉRIO ALFREDO MESQUITA, a participação de sua Diretoria e Conselho Fiscal e o cerimonial foi conduzido por Ana Grova.



  


Casa cheia de autoridades, muitos amigos e companheiros e até a Banda de Música da Gloriosa Polícia Militar. 

A rua estava iluminada pela Prefeitura e em perfeita segurança.
  

Foram apresentados os meus novos sócios, que tiveram seus nomes proclamados: Sócio Benemérito Antonio Luiz de Medeiros; Sócios Honorários Coronel José Hippólyto da Costa, Luiz Gonzaga Meira Bezerra e Cleóbulo Cortez Gomes; Sócios Correspondentes Maria de Lourdes Lauande Lacroix e Alberto Rostand Fernandes Lanverly de Melo e Sócios Efetivos Aldo Torquato da Silva, Diulinda Garcia de Medeiros Silva, Francisco Obery Rodrigues, Helder Alexandre Medeiros de Macedo, José Eduardo Vilar Cunha, José Humberto da Silva, Newton Mousinho de Albuquerque, Onésimo Jerônimo Santos, Paulo Heider Forte Feijó e Públio Otávio José de Sousa.

  

O Professor Cláudio Galvão trouxe o toque de saudade com a história da Instituição.
As arquitetas Dulce Albuquerque e Alenuska Lucena apresentaram as projeções para o que se pretende realizar no futuro.
  
O Presidente Valério Mesquita, em noite de grande inspiração, enalteceu a efeméride e prometeu retomar os serviços de restauração física do prédio e do acervo do Instituto, graças à suspensão do embargo pelo IPHAN, que considerou o grande presente ao aniversariante.

Confraternização marcante, com concorrido coquetel.

Foi realmente uma comemoração marcante do INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE, conhecido como Casa da Memória por Câmara Cascudo.


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