CARTAS DE COTOVELO 2014
(10)
Por: Carlos Roberto de
Miranda Gomes
Aproveito a oportunidade do
veraneio em Cotovelo para fazer um alerta aos banhistas neste período de maior
fluxo de pessoas nos banhos de mar.
Primeiro, a maré de janeiro necessita de cautelas com a
meninada, pois o refluxo quando ela está na preamar puxa tudo o que encontra na
beira da praia, inclusive pode colocar em perigo as crianças com menos peso.
Ademais disso, detectei que os pescadores de vara,
exatamente com o fluxo e refluxo da maré, algumas vezes têm a sua linha
partida, precisamente na parte mais perigosa, onde se encontra o chumbo e os
anzóis.
Ontem, ao levar um neto para o banho da tarde tive o pé
enroscado num resto de nylon, com a chumbada e um anzol. Tive sorte porque o
dedo do pé ficou preso e logo puxei aquele objeto que, por pouco, não cravou o
anzol. Por isso, é fundamental os cuidados para esse tipo de acidente, tanto
por parte do pescador que teve a linha partida, para verificar se consegue
resgatar o que ficou na praia, quando possível e dos banhistas quando forem
entrar na água.
Esse tipo de acontecimento é muito comum, como também
encontrar restos de alvenaria semienterrada, causando o risco de algum
acidente.
Outro aspecto que tenho notado é que nos caminhos de
acesso à praia, algumas pessoas sem educação doméstica, costumam deixar lixo e,
pior que isso, quebram garrafas de vidro com enorme risco para os que passam
descalços.
Nas minhas caminhadas diárias na beira da praia, tenho o
cuidado de, no retorno, trazer um saco com resíduos deixados pelos banhistas,
colocando-o nas lixeiras que existem na rua para o recolhimento oportuno pelo
caminhão da limpeza.
Isso não custa nada, é um ato de cidadania e de amor à
coisa pública, de uso comum..
É do conhecimento de alguns veranistas, que a escadaria e
o corrimão de madeira em uma das alamedas de acesso à praia, precisamente da
rua Herith Correia, foi por mim colocada – inicialmente em canos de pvc
revestidos e que duraram mais de 10 anos. Agora substitui por corrimão de
madeira de lei e espero que todos o preservem.
Esse modesto equipamento é fundamental para as pessoas
idosas, como hoje eu o sou. Mas ao tempo em que resolvi fazer o serviço, foi em
respeito a um casal de idosos que morava logo na primeira casa da Avenida
principal e que já são falecidos, que ficavam apenas a contemplar a vastidão
marinha e com a escadaria passaram a por os pés na areia e na água..
O mar é bem de todos e os acessos são componentes
importantes para nosso deslocamento.
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