quinta-feira, 23 de agosto de 2012


HORÁCIO PAIVA E GILBERTO AVELINO - 

SILVIO CALDAS

Horácio Paiva e Gilberto Avelino
Autor: Sílvio Caldas (jsc-2@uol.com.br)


Dois grandes poetas.  
Não idênticos (até pela diferença de idades), mas perfeitamente identificados.
Diria mesmo que Horácio era uma espécie de filho espiritual de Gilberto, 
dele herdando o amor a Macau e a veia poética.
Diferentes em muitas coisas nos direcionamentos, mas assemelhados 
no fundamental. 
Conheci a ambos quando presidi a então Junta de Conciliação e 
Julgamento de Macau. 
Ambos, advogados e poetas. Amantes dos entreveros jurídicos e 
daquela ilha misteriosa. Em Gilberto aflorava o sol e o sal. 
Horacio foi mais além. 
Foi, não, está indo mais além, aventurando-se em diversos 
temas e deleitando-nos com fantasias, ficções, realidades e filosofias 
de que o mundo moderno nos está distanciando. 
Em seu mais recente livro – A TORRE AZUL – a ser lançado no próximo
dia 30 na Academia Norte Rio Grandense de Letras, nos brinda com as 
mais variegadas sutilezas de sua alma e do seu estilo. 
Fala do amor/conquista, fala da natureza, fala de Deus. Enfim, poeta 
do sol e da lua, da terra e do sol, de Deus e do mundo. 
Como Horácio era bem mais jovem do que o mestre 
(como eu chamava Gilberto), ouso pensar que Horácio 
passou a ser um Gilberto (et por cause) mais atualizado. 
Argonauta de mares mais distantes. 
O que não deslustra a memória do grande poeta que se foi.
Mas que engrandece com toda razão o poeta que 
ficou. 
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