AINDA HÁ JUÍZES EM BRASILIA
Autor: Sílvio Caldas
(jsc-2@uol.com.br)
A frase é um plágio. Conta que no
século XVIII o Rei Frederico o Grande, da Prússia, desejou construir um palácio
justamente em terras de um moleiro.
Instado a ceder a propriedade, o
moleiro recusou-se em atender ao pedido real, informando que ali, naquelas
terras, nasceram seus pais e avós, o que lhe trazia grandes e afetivas recordações.
Portanto, as terras não estavam à venda.
Frederico II, pasmo com a ousadia do
pobre moleiro lembrou-lhe pessoalmente que na qualidade de Rei bem poderia
desapropriar a propriedade, embora pagando um justo preço.
Ao que o moleiro respondeu: “Como se
não houvessem juizes em Berlim!”
A resposta atrevida, mas
desconcertante foi bastante para que o rei respeitasse a vontade do pobre
moleiro.
Não sei em que terminará o julgamento
do famigerado Mensalão. Pode até terminar em pizza, pouco importa.
Uma coisa porém é certa. Pela
primeira parte do relatório desenvolvido ontem pelo Ministro Levandowsky,
Revisor do volumoso processo, tudo nos leva a acreditar, parafraseando o
moleiro de “Sans souci” que ainda há juizes em Brasília.
Para possíveis surpresas aos Tomaz
Bastos da vida.
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