quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

 

AMANHÃ, O ADEUS DA PRIMAVERA.
Primavera candente,
Buquês se desfazem, pétalas amarelam!
A chuva, vilã ausente,
A cinza foge da mata, os deuses apelam.
Finas veias no fundão,
As abelhas morrem de sede, travessia!
Cacimba seca, Sertão.
Morre o belo, vida, a natureza em razia.
A alma sertaneja treme,
O banzo não rima mais, desesperança!
Um cenário penitente!
O sol lutando só, abrasador, desencanta.
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