JARDINS E FLORES – UMA VISÃO
Diogenes da Cunha Lima
Depois de criar o céu e a terra, as plantas e os animais, Deus deu ao homem um jardim, seu lar. Por isso, devemos fazer do lar nosso jardim. A beleza das flores ornamenta os jardins e adorna também casas, ruas, praças, até os estabelecimentos comerciais. Celebra a religião, o amor, o casamento, as despedidas. Torna menos sombria a morte. Recentemente, o Museu do Ipiranga em São Paulo foi restaurado, como também o seu jardim, estilo francês, implantado há 100 anos. Uma das sete maravilhas do mundo antigo são os jardins suspensos da Babilônia. Os povos daquela época, como os egípcios, gregos e romanos, cultivavam hortos florais. O Reino Unido revaloriza as casas dos escritores falecidos, preservando seus jardins. Na Escócia é possível visitar o belo jardim do poeta William Wordsworth, que contém seus inspiradores daffodils (narcisos). É encantador o “Queen Elizabeth” em Vancouver, Canadá, como outros que homenageiam a Rainha nos países em que ela era Chefe de Estado. São inimagináveis 130 hectares de atrações, inclusive o Conservatório para preservar maravilhas naturais. Plantas brasileiras dizem presente. Reconhecido como um dos mais fantásticos jardins do mundo, na cidade canadense de Victória, o Butchart Gardens foi criado por uma senhora há 116 anos e, hoje, é cuidado por sua bisneta. As flores das cerejeiras são símbolos do Japão. A floração acontece entre os meses de março e abril. O povo faz da contemplação um ato espiritual. Ao redor do palácio do imperador, as árvores esplendem e jogam flores sobre os visitantes. São inimitáveis os denominados jardins japoneses com plantas, águas, pedras e pontes em seu paisagismo. O de Campos do Jordão é visita imperdível na linda cidade da Serra do Mar. O Brasil tem inumeráveis flores nativas nos biomas amazônicos da Mata Atlântica, da Caatinga, do Serrado. Somos o único país do mundo que tem nome de árvore. O pau-brasil produz minúsculas flores amarelas. Assim tem merecido ser enobrecido com a delicadeza das orquídeas. O Rio Grande do Norte tem a flor Cattleya Granulosa como seu símbolo e a flor da manhã, a Xanana, simboliza Natal. O Baobá da nossa cidade costuma florar a partir de dezembro. O seu fruto verde abre-se com a flor branca e vai se tornando creme, marrom e termina em aveludada violeta. A sua textura, quando seca, torna-se permanente. As craibeiras cobrem-se de flores amarelas e os ipês, de flores roxas. Com esse colorido dão um toque especial ao verde das dunas. As flores são um recado de amor e paz da natureza ao homem.
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