terça-feira, 7 de setembro de 2021

 



Minhas Cartas de Cotovelo – versão de 2021-40

Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes

Eis que o Sol brilha mais forte no firmamento, porque um motivo maior se alevanta – o Dia Glorioso da Liberdade da nossa terra, onde a bandeira do Brasil beija e balança.

Criaturas se engalanam com as suas flâmulas para homenagear a data com amor, honrando as tradições dos nossos heróis sacrificados e que pela Pátria perderam suas vidas ou liberdades.

Contudo, também será possível encontrar aqueles que, sob a máscara da falsidade e escudado, sem patriotismo, na nossa bandeira, expressem o seu efetivo desejo partidário ou ideológico, maculando a real festividade deste dia, nas ruas ou em versos falsos, que já se encontram na mídia.

Para estes o melhor caminho seria o silêncio. Mas para os verdadeiros brasileiros aponto o verso do Hino da Independência: Não temais ímpias falanges que apresentam face hostil, vossos peitos, vossos braços são muralhas do Brasil.

A exaltação uníssona do passado foi, ao longo dos anos, perdendo o seu vigor posto que a clava forte do poder e das ideologias exóticas foram se aninhando entre os brasileiros, manchando desnecessariamente de sangue o auriverde pendão da nossa terra, apesar de gritos isolados de alguns modernos (Cazuza) que versejaram: Grande Pátria Desimportante em nenhum instante eu vou te trair. Não vou te trair.

 

Os que se maquiam por trás do nosso pavilhão altivo para fazer postulações estranhas – manter ou voltar com as estruturas de domínio, sem olhar para o sofrimento de um povo bom, ordeiro e tolerante, que assimila com esperança e fé dias melhores para a sobrevivência digna que ficou cravada com as expressões do Criador – a dignidade da pessoa humana.

Hoje, façamos vencer o milagre da solidariedade, unidos trabalhando pela Pátria lutando num único sentido do restauro da nossa dignidade perante o concerto das Nações.

Não aceitem que a intolerância presida as ações representadas nas manifestações cívicas que iremos vivenciar nesta data sagrada, mas ocorra o milagre de um só pensamento: resgate das nossas tradições e amor que foram tão presentes no tempo da Independência.

Do contrário, estaremos repetindo as expressões de Castro Alves: Meu Deus! Mas que bandeira é esta, que impudente na gávea tripudia? Silêncio. Musa chora e chora tanto que o pavilhão se lave no teu pranto!

Deixemos brilhar com intensidade mil, o glorioso estandarte do BRASIL.

 

5 comentários:

  1. Maravilha, Dr. Carlos de Miranda! Grande reflexão sobre o momento vivenciado no Brasil. Aplausos pelo texto patriótico!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Patriota é apenas aquele que apoia Bolsonaro? É triste ver um dia tão especial como o 7 de setembro ser sequestrado por oportunistas ideológicos.

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  4. É triste ver a nossa bandeira em mãos que se erguem contra os poderes, democraticamente, constituídos. Nada justifica discursos e incitações de
    ódio entre patrícios, como hoje assistimos na mídia. Um dia que deveria ser dedicado, não só de culto aos nossos símbolos e valores cívicos, mas também à uma solene reflexão sobre os dias difíceis que o país está vivendo.
    Expor nossas cores e símbolos de forma antidemocrática, num dia tão significativo para nós, pessoalmente, muito me entristece.

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  5. Análise precisa! Exaltação da cidadania e do patriotismo, sem amores ideológicos que não fazem parte do cenário. Pena que algumas mentes de pouco clareza não consigam entender a mensagem ou mesmo interpretar um texto (analfabetismo funcional).

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