Minhas Cartas de Cotovelo – versão de 2021-42

Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes

       Neste domingo, a tarde brilhou como poucas vezes e fez, para compensar os “chuviscotes” da manhã, na qual arrisquei visitar a nossa passarela da Erith Correia, constatar a exuberância da vegetação da duna integralmente recuperada das escavações necessárias para a fixação das rampas. Depois banhei as pernas na praia limpa, como sempre e retornei.

       Após um almoço “supimpa” – peixe cosido com pirão, feitos por Rosinha, herdeira culinária de Dona Helena, subi para o meu quarto e lá receber a brisa diferenciada que soprou naquela tarde, e até mesmo o frio na minha varanda, tantas vezes evocada e fonte de minhas inspirações.

       Assisti a final do programa The Voice Kids - Brasil, acompanhado da minha filha Rosa Ligia (e Todinho), que num passado próximo acompanhei o mesmo programa com a minha inesquecível Therezinha. Vieram emoções e, naturalmente, lágrimas – herança da família Miranda.

       Esses momentos, também, oportunizaram as lembranças dos tempos dos concursos de calouros crianças, onde participei em 1950 e tornei-me o Campeão “Vic Maltema” (patrocinador do programa, que tinha como representante Wilson Juvino de Oliveira), no programa Domingo Alegre, comandado por Genar Wanderley, iniciado no Cine São Luiz e concluído na Rádio Poti, então recentemente inaugurada.

       Hoje, igualmente, foi um domingo alegre, em que pese a pressão psicológica, ou melhor, sentimental, em relação a pessoas doentes que são do meu círculo de amizade – Dona Socorro, vizinha da Rua Parnaíba (Cotovelo); Luiz Eduardo Carneiro, hospitalizado; meu jrdineiro Antônio Baracho, em recuperação de um AVC e do confrade ubeano Eduardo Gosson, atualmente vivendo numa Casa de Idosos para recuperar a saúde debilitada. Para eles já havia assistido duas missas – a do Padre Marcelo Rossi, pela TV Globo e a missa da Igreja de Pium, transmitida pela rádio Mar e Campo do amigo Octávio Lamartine, atualmente em observação médica.

       Refleti muito em minha rede com os acontecimentos recentes do nosso Brasil, igualmente dos acontecimentos de outros tempos bem vividos, como me trouxe a leitura do livro “Jorginho Tavares – O Professor de Bola”, craque do ABC que escolhi como o melhor jogador que vi jogar, em que pese ser torcedor do América.

       Valeu meu Senhor, pelo dia diferente que me concedeu neste começo de primavera. Obrigado.