A FÉ NÃO COSTUMA FALHAR
Valério Mesquita*
Vale a pena reprisar a frase do senador Cícero no senado romano para interpretar o fato a seguir: “Ó tempos, ó costumes!!!”. Outro orador, todavia sacro, do púlpito da matriz de Nossa Senhora da Conceição em Macaíba advertia a plenos pulmões, na leitura dos proclamas de casamentos, lá na década de 50: “Quem souber de algum impedimento calúnico, que torne nula a lista matrimonial deste fim de mês, que denuncie, sob pena de pecado mortal não revelar”. Era o famoso padre Antônio de Melo Chacon que jamais adivinharia a chegada do divórcio, o advento da união legal entre homossexuais e a fornicação estável dos casais na base do “fico”.
A veemência do padre Chacon me impressionava e me infundia medo. Quem denunciaria quem? As moçoilas faladas de minha terra como suportavam aquela admoestação e o perigo iminente das vozes ferinas das “Cinco Bocas” a ameaçarem boatos em plena cerimônia?
Hoje, tudo passou. A permissividade extraconjugal domina as famílias e a sociedade e poucos são aquelas que resistem à mudança enfermiça dos costumes, em nome da falsa modernidade. Na Austrália e em muitos países do mundo a eliminação do casamento virou hábito, costume, comportamento e alienação. Na Oceania os templos religiosos são vendidos para instalação de lojas, prostíbulos, ou, derrubados simplesmente para outras atividades profanas. E olhe que o Anglicanismo britânico lá imperou com severidade. Dizem que a queda ignominiosa dos postulados morais dessa civilização é para dar lugar aos status de países do primeiro mundo! Pode?
Percebe-se, sem ser profeta, espírita, astrólogo, adivinho, astrônomo, que já atingimos o ponto de saturação, de estrangulamento, de permanência, aqui na Terra. Aproxima-se a grande tribulação. Olhem aí o Covid que não escolhe cor, clero e nem classe social. Deus conferiu ao homem o livre arbítrio mas ele está indo longe demais. Ora, se Deus é Auto-existente (inderivado), Imutável, Santo (moral e espiritualmente), Eterno (não teve princípio e nem terá fim), Onipresente, Onisciente, Onipotente, além de ser Verdade, Amor e Justiça, como pode tolerar mais uma vez a depravação do mundo que criou e, em seu lugar deu o Seu Filho Unigênito como sacrifício vicário? Morte de cruz, para remissão dos pecados do mundo de ontem e de hoje. Entre tantas promessas que Ele fez e cumpriu, não estaria próximo o tempo da segunda vinda do Cristo, justamente para arrebatar com Ele todos os que acreditaram nas promessas do Altíssimo? Se não tem sentido o que afirmo, a vida humana, que tanto defendemos e prezamos, é mesmo somente excremento, sabão e breu, como querem os náufragos do falso primeiro mundo!
(*) Escritor
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