CARTAS
DE COTOVELO (VERÃO DE 2018/2019)
Por:
Carlos Roberto de Miranda Gomes (nº 09)
Ainda guardando os bons momentos do
lançamento do meu livro no dia 18 passado - do que abro o meu coração para
agradecer o prestígio que me foi deferido pelos confrades, amigos e familiares,
recebo pelo WhatsApp do grupo Amigos de Cotovelo uma fotografia paradisíaca da nossa
praia, com suas ondas portadoras de saudades[1]
e o raiar da lua, dando-me ensejo de entrar em meditação sobre as acontecências
da vida.
Não é sem razão que o domingo amanhece
radioso, mas brigando com uma chuva passageira que veio para amenizar o calor e
permitir a comemoração dia de São Sebastião, padroeiro da vizinha Pirangi,
coincidentemente, também, a data do aniversário da minha primogênita Rosa
Ligia, a quem envio meus PARABÉNS e relembro os versinhos dos seus 15 anos: Roseira do meu jardim, Orgulho
do meu pomar, Sorriso
da minha vida, Alegria
do meu lar.
Nesta Carta, correndo o risco de ser
enigmático, ouso escrever alguns pensamentos albergados na solidão da minha
varanda de Cotovelo, sentimento que repasso atrevidamente aos meus estimados
leitores:
O
infinito não é uma grandeza absoluta. Ele não representa o todo, mas um
momento, um gesto, um olhar.
Podemos
viver em um átimo de tempo o infinito de uma emoção, de um sofrimento e será o
bastante para registrar uma existência.
Viver
cada instante da vida é torná-lo infinito enquanto dure[2],
como disse o “poetinha”. Afinal, a felicidade é uma busca constante, infinita.
(Cotovelo/Natal,
20 de janeiro).
[1]
Expressão da música Ponta
Negra, do saudoso conterrâneo Dosinho
... tuas ondas portadoras de saudade,
saudade de quem tem amizade de um alguém, muito além...
[2] Soneto de
Fidelidade - Vinicius de Moraes ... Eu possa me dizer do amor (que tive): Que
não seja imortal, posto que é chama. Mas que seja infinito enquanto dure.
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