domingo, 20 de janeiro de 2019




CARTAS DE COTOVELO (VERÃO DE 2018/2019)
Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes (nº 09) 

            Ainda guardando os bons momentos do lançamento do meu livro no dia 18 passado - do que abro o meu coração para agradecer o prestígio que me foi deferido pelos confrades, amigos e familiares, recebo pelo WhatsApp do grupo Amigos de Cotovelo uma fotografia paradisíaca da nossa praia, com suas ondas portadoras de saudades[1] e o raiar da lua, dando-me ensejo de entrar em meditação sobre as acontecências da vida.

Não é sem razão que o domingo amanhece radioso, mas brigando com uma chuva passageira que veio para amenizar o calor e permitir a comemoração dia de São Sebastião, padroeiro da vizinha Pirangi, coincidentemente, também, a data do aniversário da minha primogênita Rosa Ligia, a quem envio meus PARABÉNS e relembro os versinhos dos seus 15 anos: Roseira do meu jardim, Orgulho do meu pomar, Sorriso da minha vida, Alegria do meu lar.

Nesta Carta, correndo o risco de ser enigmático, ouso escrever alguns pensamentos albergados na solidão da minha varanda de Cotovelo, sentimento que repasso atrevidamente aos meus estimados leitores:

O infinito não é uma grandeza absoluta. Ele não representa o todo, mas um momento, um gesto, um olhar.

Podemos viver em um átimo de tempo o infinito de uma emoção, de um sofrimento e será o bastante para registrar uma existência.

Viver cada instante da vida é torná-lo infinito enquanto dure[2], como disse o “poetinha”. Afinal, a felicidade é uma busca constante, infinita.

(Cotovelo/Natal, 20 de janeiro).


[1] Expressão da música Ponta Negra, do saudoso conterrâneo Dosinho ... tuas ondas portadoras de saudade, saudade de quem tem amizade de um alguém, muito além...
[2] Soneto de Fidelidade - Vinicius de Moraes ... Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama. Mas que seja infinito enquanto dure.

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