quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

CRISE e CRISE
Carlos Roberto de Miranda Gomes, escritor
             Objetivamente, reconheçamos as situações atuais em que passam o País e, em particular, o Estado do Rio Grande do Norte, as quais colocam em preocupação extrema a população, como um todo.
             No momento, ninguém fica fora da faixa de desconforto – já não podemos separar as classes abastadas das mais carentes, porquanto existe uma interdependência das classes empresarial e operária numa economia frágil e nem tanto organizada.
             No âmbito federal a data de hoje é fundamental para o seguimento das reformas políticas, com o julgamento do ex-presidente Lula pelo Poder Judiciário e, nas cercanias do Rio Grande do Norte, a situação financeira retrata o seu momento mais crítico para a sobrevivência do Estado.
             Numa e noutra situação ficam bem evidentes as falhas institucionais dos Poderes e Órgãos que compõem a expressão administrativa no Brasil, deficiência que atinge todos os demais estados e, como consequência os municípios.
             Crise e crise – palavra que deve ser mais profundamente analisada, que abala o sentimento mais arraigado entre a população trabalhadora e a produtiva, que até agora ficam a mercê da omissão geral, haja vista que existe uma farsa de quem governa e de quem tem a competência de fiscalizar.
             Os rumores das dificuldades já eram evidentes e, seja como for, invocamos o adágio de que – nada é tão ruim que não possa servir de semente para soluções futuras. Parece que o povo perdeu a paciência e os políticos estão cientes de que não podem mais continuar enganando.
             Devem cair as oligarquias e os partidos oportunistas. De repente todos sentem a necessidade de encarar responsavelmente as suas tarefas e parece existir uma nova consciência cívica no Brasil.
             O meu pessimismo cotidiano procura guarida na certeza de que temos de sobreviver e isso só será possível fazendo-se uma poda na vida política e administrativa brasileira. A hora é de apreensão e de seriedade – fora o fanatismo ideológico, as manifestações de protesto de cunho político-partidário. Nada de ditadura de direita ou do proletariado. Lutemos pela democracia. O Brasil acima de tudo.

             

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