sábado, 23 de abril de 2016


      
            Na data de hoje a comunidade potiguar e o mundo cultural comemora os 92 anos de nascimento do eminente acadêmico e causídico EIDER FURTADO DE MENDONÇA E MENEZES, natalense nascido aos 23 de abril de 1924, filho de Gil Furtado de Mendonça e Menezes e D. Maria Emília Furtado, aos quais homenageou no livro “Audiência de um Tempo vivido” (2004), primeiro livro de uma série de trabalhos memorialistas.

         Iniciou seus estudos com a Professora Águeda de Oliveira Sucupira (Naná), numa escola municipal postada na Av. Rio Branco (local onde o BB construiu sua sede da cidade alta), nos idos de 1931 a 1934, sobre quem dedicou um capítulo especial no seu livro de memórias, alcançando as suas auxiliares  D. Helena, Preta e Auta, sobre as quais derrama suas emoções mais caras, aliada a um amor quase filial, incluídas também em suas permanentes orações, acrescentando “Por isso, eu também tenho saudades da minha primeira professorinha”.

 Em 1935 foi para o Colégio Pedro Segundo, do Prof. Severino Bezerra de Melo, daí para a escola particular do Prof. Antônio Fagundes, posteriormente o tradicional Atheneu Norteriograndense, em 1937, aos 13 anos de idade, tendo concluído o Colegial em 1944 e, somente em 1955, com 30 anos de idade, submete-se ao vestibular da Faculdade de Direito de Natal.

Bacharel em Direito pela UFRN, 1ª Turma, em 9 de outubro de 1959, denominada “Turma Clóvis Bevilácqua”, paraninfo Edgar Barbosa e confererencista da Aula da saudade Paulo Viveiros.

Em 1968 iniciou o seu magistério universitário, nas lides do Direito Financeiro e Tributário, depois Direito Comercial, Direito do Trabalho e Mercado de Capitais, tendo ainda demonstrado os seus conhecimentos em outras searas do Direito, quando transferido para o Curso de Direito, lotado no Departamento de Direito Privado, até a sua aposentadoria em março de 1991. Recebeu a láurea de “Professor Emérito da URFRN” em 17 de dezembro de 1997.     

       Sua vida é pontilhada de atividades diversificadas, pois teve papel de relevo na radiofonia potiguar (Diretor da Rádio Poti, ao tempo em que, ainda, Rádio Educadora de Natal), não sem antes, nos idos dos anos 40, integrar, como músico, a Orquestra de Salão daquela rádio e o Quinteto “Alberto Maranhão” e teve passagem pelo teatro amador.

Foi jornalista consagrado e dirigente nas Rádios Poti e Nordeste.

Cidadão exemplar, que reparte o comando de uma bela família com o auxílio indispensável da sua eterna musa D. Helenita, cuja presença é uma constante em todos os momentos de sua existência e a ela dedica incontáveis registros da história de sua vida e sobre quem proclama ter sido a primeira e única namorada.
Membro da Academia de Letras Jurídicas do Rio Grande do Norte, do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte e da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, além de honorário e benemérico de várias outras Instituições.
       Na advocacia se orgulha de registrar seu estágio com o jurista Hélio Mamede de Freitas Galvão e chegou a chefiar a Ordem dos Advogados, Seção do Rio Grande do Norte, num pleito memorável, que marcou a transição da velha Instituição para os novos tempos, substituindo o Dr. Claudionor Telógio de Andrade após 20 anos de presidência, ali permanecendo por 8 anos consecutivos (01/02/69 a 01/02/77), sendo hoje o mais antigo dos Membros Honorários Vitalícios. 
          É fiel à sua profissão até os dias presentes, compartilhando o escritório com filhos e netos. O mundo intelectual está de parabéns.
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Carlos Roberto de Miranda Gomes, escritor

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