CARTAS DE COTOVELO 07/2016
CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES, veranista
O veraneio, entre outras coisas, permite mais tempo para assistir a televisão e cuidar de coisas mais triviais, inclusive aguçar as habilidades manuais para pequenos consertos.
A propósito disso, no último programa "Zorra Total", da Rede Globo, foi apresentado um quadro humorístico, em meu sentir, desrespeitoso para com a Igreja Católica quando, encenando uma eleição de um Papa, com os cardeais vestidos com suas vestes tradicionais para tão Magno Certame, centraliza o fato na fala do eleito o momento da escolha do seu nome para o pontificado, com a indicação de sucessivos nomes femininos? e sendo questionado pelos seus pares termina escolhendo nome "Beyoncé", cantora, compositora, atriz, dançarina, coreógrafa, arranjadora vocal, produtora, diretora de vídeo e empresária americana. Em sendo aceito o nome, segue-se o cometimento de trejeitos no que é seguido por todo o colégio cardinalício.
Essa brincadeira, principalmente agora, com o surgimento de um Papa (Francisco), líder carismático, com características de evolucionista, conciliador e tolerante, representa uma crítica inoportuna para denegrir a reputação de sua Igreja.
Mesmo reconhecendo a liberdade de expressão nos dias presentes e sem a pretensão de impor censura, entendo que a ética deve ser cultivada em todas as atividades públicas, com respeito vertical e horizontal a todas as crenças, pois os telespectadores não comungam desse exagero que agride as religiões de qualquer origem.
Nos dias atuais sentimos a necessidade de cultuar a crença da união universal da temática religiosa, com a compreensão entre os povos, seja qual for a sua base, imune à intolerância e aos atos de terrorismo em nome de um "Deus" de ódio e rancor.
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