O Homem do Poema de
Concreto completa 87 anos
Era
então um tempo de pardais no verde dos quintais, quando aqueles dois jovens se
conheceram – José e Maria.
Ela,
recém saída da adolescência no esplendor dos seus 14 anos e ele, um jovem
bacharel em Direito de 23 anos, formado na Universidade do Rio de Janeiro em
1925, que retornava ao solo potiguar em busca do seu primeiro amor, pois se
conheceram ainda muito novos.
No
cenário bucólico do Seridó, o novo bacharel assume o cargo de Adjunto de
Promotor de Justiça, em Caicó e, de pronto, reinicia um namoro interrompido e contrai
núpcias com sua amada em 04 de setembro de 1926, quando esta tinha apenas 15
anos, com a presença do Patriarca da família “Gomes”, o Coronel João Gomes da
Costa, proprietário da Fazenda Pitombeira (Taipu-RN) e líder político na região[1].
Dessa
união, que assistiu íntegro o passar de meio século, nasceram nove filhos – o
primogênito foi Moacyr, parido de uma gravidez de alto risco, agravada pela
pouca idade da mãe – apenas 15 anos, o que levou “Mãe Quininha” a comentar com
o amigo comum Dinarte Mariz, sobre o perigo que corria Lígia de Zé Gomes, cujo
nascituro estava em posição inversa à natural e que não teria habilidade para
resolver o problema.
O
amigo, político influente na região, mandou motorista em seu automóvel até
Currais Novos para trazer o renomado médico Mariano Coelho.
Pelos
dotes competentes do médico e pelas mãos santas da parteira Mãe Quininha, nasce
de parto laborioso Moacyr Gomes da Costa.
Esse
menino, que pegou um Ita em Natal e foi pro Rio morar tornou-se arquiteto e
desde o seu trabalho de final de curso já sonhava com um estádio na Capital,
que se transformou em Castelão, depois Machadão, considerado um poema de
concreto.
O
jovem sonhador e hoje consagrado profissional MOACYR GOMES DA COSTA comemora 87
anos bem vividos. PARABÉNS MEU IRMÃO E POETA IMORTAL.
Nenhum comentário:
Postar um comentário