sexta-feira, 21 de março de 2014


PATRIOTISMO E MODERAÇÃO
Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes

O Brasil vem assistindo, através dos seus veículos de comunicação, um vasto noticiário pertinente ao fato histórico dos 50 anos do golpe de Estado de 31 de março de 1964.
Grupos preconizam a renovação de marchas em louvor ao governo que impôs restrições de direitos por cerca de 21 anos; outros apregoam movimentos de repulsa aos tempos de repressão e, outros ainda, se aproveitam para apontar caminhos de retomada de ideais sufocados ou com um elo partidário de simplesmente continuísmo na vida brasileira.
Pronunciamos exacerbados são feitos através de artigos ou discursos inflamados, com conteúdo golpista de esquerda e direita, sem reflexão ou comedimento.
Exatamente nesses momentos é que deve prevalecer o patriotismo, a ser exercido através de uma extrema moderação para evitar confrontos desnecessários. Claro que deve existir a liberdade para a difusão de ideias e projetos, mas sem extremar conflitos que não levam a nada.
Possuímos uma Constituição Cidadã, que nos oferta todos os mecanismos de manutenção da ordem democrática e os caminhos de um futuro melhor.
Afinal o País está mais politizado; sua infraestrutura econômica modernizou-se; as universidades cresceram na socialização de conhecimentos e tivemos tempo suficiente para meditar a respeito do passado, só nos restando a efetiva consciência cívica para a escolha dos novos governantes, dentre os que provaram ao longo do tempo a sua boa atuação na vida pública.
Os acordos e conchavos políticos nem sempre caminham ao encontro dos anseios do povo. Não podemos mais aceitar negociatas que venham refletir no desempenho da vida administrativa. Temos que valorizar agora o nosso voto, exercendo o direito de sufrágio com independência e qualidade, discutindo propostas e sugerindo prioridades nas instâncias a que tivermos acesso.
Esperamos que a data que se avizinha seja motivo de uma grande reflexão nacional de forma a restituir aos cidadãos brasileiros a sua confiança em dias melhores, sem violência, com o respeito à lei, abolindo a impunidade e os privilégios; dotando a máquina estatal de todos os meios necessários para o atendimento da coletividade.

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