Morre Dosinho, um dos principais carnavalescos do RN
Ele estava internado há quase 30 dias no hospital Promater, com quadro de infecção generalizada.
Morreu na manhã de hoje (13), Claudomiro Batista de Oliveira – Dosinho,
um dos principais
carnavalescos do Rio Grande do Norte.
Dosinho estava internado há quase 30 dias no
hospital Promater. Ele estava em coma, com quadro de infecção generalizada. A família ainda não definiu o horário, nem local do
velório.
Claudionor
Batista de Oliveira nasceu na cidade de Campo Grande no Rio grande do Norte.
Iniciou sua carreira fazendo composições para campanhas publicitárias e
políticas. Foi assistente de orquestra da Rádio Nacional no Rio de Janeiro.
Trabalhou na Gravadora Copacabana como agente e na Mocambo como representante.
Em Natal, nos anos 60, produziu e apresentou um programa na Rádio Trairy, aos
domingos, denominado Fábrica de Melodias, onde tocava os últimos sucessos da
gravadora Mocambo, que ele recebia com exclusividade.
Começou a compor nos anos 40, mas suas
primeiras composições gravadas, datam de 1952: o samba choro "Há
sinceridade nisso" e o baião "Se tocá eu danço" feitos em
parceria com Manezinho Araújo e Carvalhinho e gravados por César de Alencar. No
mesmo ano e com a mesma dupla fez o baião "Jica-jica" gravado em
dueto por Cesar de Alencar e Heleninha Costa. Por essa época compôs a
música de carnaval "Marta Rocha" em homenagem a então miss Brasil,
que visitava a cidade de Natal - essa música permaneceu inédita.
Em 1962 suas composições falavam da uma
paixão maior do povo natalense - o Futebol. Compôs "O mais querido" -
hino do ABC Futebol Clube sucesso até hoje entre a galera do
"frasqueirão". Compôs ainda o hino do Alecrim Futebol Clube e um
segundo Hino do América Futebol Clube de Natal, já que o primeiro era o mesmo
do América Futebol Clube do Rio de Janeiro.
Ainda esse ano,
Gilberto Fernandes gravou o samba-canção "Maltrapilha" e os
Cancioneiros o samba "Sofredor". Em seguida foi a vez do lançamento
do LP "Primeiro Ensaio", com o qual obteve grande sucesso e
elogios de Câmara Cascudo.
Entre seus LPs destaca-se "Carnaval de
norte a sul" com 12 composições em parceria com Waldir Minone,
interpretadas por Claudionor Germano. Albertinho Fortuna, Expedito Baracho, que
cantou solo e como integrante do conjunto Os Cancioneiros e Carminha
Mascarenhas.
Dosinho é
considerado um dos grandes nomes do Carnaval ao lado de Capiba e Nelson
Ferreira. Depois de atuar no Rio de Janeiro e no Recife, voltou pra Natal onde
permaneceu até hoje.
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FONTE: Portal nominuto.comDozinho
Claudomiro Batista de Oliveira24/12/1927 Augusto Severo, RN
morte: 13/3/2014
Dados Artísticos
Embora ficasse conhecido como compositor de frevos, sua carreira
teve início com composições para campanhas publicitárias como também
políticas. Compôs também sambas-enredo. Foi assistente de orquestra da
Rádio Nacional no Rio de Janeiro. Trabalhou na Gravadora Copacabana como
agente e na Mocambo como representante. Começou a compor na década de
1940. Em 1952, teve suas primeiras composições gravadas, o samba-choro
"Há sinceridade nisso?", e o baião "Se tocá eu danço", feitos em
parceria com Manezinho Araújo e Carvalhinho e gravados por César de
Alencar, dois de seus maiores sucessos. No mesmo ano e com a mesma dupla
fez o baião "Jica-jica", gravado em dueto por César de Alencar e
Heleninha Costa. Por essa época compôs a música de carnaval "Marta
Rocha", em homenagem à então miss Brasil, que visitava a cidade de Natal
e que permaneceu inédita. Em 1955, Os Cancioneiros gravaram, de sua
parceria com Genival Macedo, o baião "Menino de pobre". No mesmo, ano
Déa Soares gravou o samba "Peço a Deus", parceria com Sebastião Rosendo.
Em 1956, o Trio Puraci gravou dele e Hilário Marcelino a marcha "Vou de
reboque" e Expedito Baracho o samba-canção "Beco da maldição". Em 1957,
Os Cancioneiros gravaram os frevo-canções "Tempero de pobre" e
"Fantasia de capim", que também figuram entre seus maiores sucessos. Em
1959, Gilberto Fernandes gravou o samba-canção "Trapo", parceria com
Zito Limeira, e o samba "Só depende de você". Em 1962, Gilberto
Fernandes gravou o samba-canção "Maltrapilha" e Os Cancioneiros o samba
"Sofredor". Nesse mesmo ano, obteve grande êxito no lançamento do LP
"Primeiro ensaio", que recebeu as seguintes palavras elogiosas do
historiador Câmara Cascudo: "Dosinho tem a linguagem musical. Diz todas
as suas emoções na linha melódica, doce, clara, fácil, com uma
naturalidade de fonte. E uma grandeza espontânea de predestinado". Ainda
no mesmo ano compôs "O mais querido", hino do ABC Futebol Clube,
popular clube de futebol de Natal. Compôs ainda o hino do Alecrim
Futebol Clube e um segundo hino do América Futebol Clube de Natal. Em
1963, Roberto Bozzam gravou o bolero "Se alguém me perguntar" e o
frevo-canção "Só presta quente". Em 1964, Meves Gomes gravou o
frevo-canção "Eu quero mais..." e José Alves "Me deixa em paz". Entre
seus LPs destaca-se "Carnaval de Norte a sul", com 12 composições em
parceria com Waldir Minone, interpretadas por Claudionor Germano,
Albertinho Fortuna, Expedito Baracho, que cantou solo e como integrinte
do conjunto Os Cancioneiros e Carminha Mascarenhas. Em 1965 lançou o
compacto simples "A vez do morro" e "Ponta negra", como parte da
campanha Pró-Frente de trabalho João XXIII. No mesmo ano Gilberto
Ferandes gravou "Baião". Teve músicas gravadas, entre outros, por
Claudionor Germano, Blecaute, Expedito Baracho, Trio Guarany com
Orquestra Tamandaré e Paulo Marquez. É um considerado um dos grandes do
carnaval ao lado de nomes como Capiba e Nelson Ferreira. Depois de atuar
no Rio de Janeiro e no Recife, retornou para a cidade de Natal.
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