sexta-feira, 7 de setembro de 2012


D I A    D A    P Á T R I A
História da Independência do Brasil - pintura, quadro de Pedro Américo
Independência ou Morte!
do pintor paraibano Pedro Américo(óleo sobre tela, 1888).
Dia da Independência do Brasil é chamado o Dia da Pátria, porque corresponde ao momento em que nos libertamos do jugo de Portugal - 7 de Setembro de 1822, mercê de um processo que culminou com a emancipação política do território brasileiro do Reino Unido de Portugal e Algarves (1815-1822).
Na condição de colônia portuguesa, sofríamos as pressões da Coroa, sugando nossas riquezas e negando nossos direitos básicos.
Antecedentes se inclinavam para um desfecho, posto que a situação do Brasil continuava indefinida até o ano de 1821, eis que no início desse ano chegavam ao Rio de Janeiro decretos de Portugal que determinavam a abolição da Regência e o imediato regresso de D. Pedro à terra-mãe e sua obediência aos proclames de Lisboa e a extinção dos Tribunais do Rio de Janeiro. O Príncipe Regente, inicialmente, estava tendente a atender o “apelo”, mas a inquietação dos brasileiros e a ação dos partidos políticos sensibilizaram D.Pedro a ficar no Brasil e a meditar sobre a independência.
“A decisão do príncipe de desafiar as Cortes decorreu de um amplo movimento, no qual se destacou José Bonifácio. Membro do governo provisório de São Paulo, escrevera em 24 de dezembro de 1821 uma carta a D. Pedro, na qual criticava a decisão das Cortes de Lisboa e chamava a atenção para o papel reservado ao Príncipe na crise. D. Pedro divulgou a carta, publicada na Gazeta do Rio de Janeiro de 8 de janeiro de 1822 com grande repercussão. Dez dias depois, chegou ao Rio uma comitiva paulista, integrada pelo próprio José Bonifácio, para entregar ao Príncipe a representação paulista. No mesmo dia, D. Pedro nomeou José Bonifácio ministro do Reino e dos Estrangeiros, cargo de forte significado simbólico: pela primeira vez na História o cargo era ocupado por um brasileiro.
No Rio de Janeiro também havia sido elaborada uma representação (com coleta de assinaturas) em que se pedia a permanência de D. Pedro de Alcântara no Brasil. O documento foi entregue ao Príncipe a 9 de janeiro de 1822 pelo Senado da Câmara do Rio de Janeiro. Em resposta, o Príncipe Regente decidiu desobedecer às ordens das Cortes e permanecer no Brasil, pronunciando a célebre frase "Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Digam ao povo que fico!". O episódio tornou-se conhecido como "Dia do Fico".
Com a persistência das pressões, no dia 7 de setembro, ao retornar de Santos, diante de riacho chamado Ipiranga, o Príncipe recebia uma carta com ordens expressas do seu pai para que retornasse a Portugal. Outras duas cartas acompanhavam o emissário, uma de José Bonifácio, que aconselhava o rompimento dos laços com Portugal e a outra de sua esposa Maria Leopoldina, dando apoio às ponderações do Ministro e advertindo: "O pomo está maduro, colhe-o já, senão apodrece".
Indignado com tal situação, o regente D. Pedro, que já iniciara uma série de atitudes de protesto, comportamento que causou desagrado a Portugal e,em represália ampliou as exigências aos brasileiros, atingira o seu ponto de tolerância,  rompido com a Corte Portuguesa, bradando:  “Independência ou Morte”, o chamado grito de Ipiranga, rompendo os laços de subordinação e expulsando das nossas terras as tropas portuguesas.
Nasce o Império do Brasil, tendo à frente D. Pedro I, tornando o nosso país uma monarquia, com o reconhecimento de outros países, como o México e os Estados Unidos.
No dia 12 de outubro o Príncipe foi aclamado Imperador com o título de D. Pedro I, sendo coroado em 1º de dezembro na Capital do Brasil..




Já podeis da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil
Já raiou a liberdade,
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil,
Houve mão mais poderosa,
Zombou deles o Brasil;
Houve mão mais poderosa
Houve mão mais poderosa
Zombou deles o Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Não temais ímpias falanges
Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil;
Vossos peitos, vossos braços
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Parabéns, ó brasileiros!
Já, com garbo varonil.
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil;
Do universo entre as nações
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.



Hino da Independência do Brasil
Letra: Evaristo Ferreira da Veiga
Música: D, Pedro I

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