sábado, 9 de junho de 2012

MENSAGEM DE GRATIDÃO DE UM POETA POTIGUAR AOS SEUS AMIGOS PORTUGUESES
CARTA AO POETA PORTUGUÊS CARLOS MORAIS DOS SANTOS E A ESCRITORA SELMA CALASANS SUA ESPOSA


Meus Amigos Carlos e Selma:

“Não basta que seja justa a nossa causa. É preciso que a justiça e a beleza existam dentro de nós” (Agostinho Neto, poeta angolano.)

Mais uma vez muito obrigado. Vocês são nota 10. Li hoje à tarde e fiquei profundamente emocionado. Só um Poeta da sua grandeza, ancorado no olhar vigilante da esposa, consegue encontrar tantas virtudes em mim e palavras de consolação que vieram na hora certa. Beleza há no sorriso bonito das crianças, como no da minha neta Rebeca, que tem sido minha amiga nas horas amargas. Desde o ano passado, quando um ciclo de mortes se abateu sobre minha família, que nos aproximamos muito. Hoje, ela está morando conosco. Tem sido o alfa, o ômega, a minha estrela da manhã!

Perder Fausto foi o golpe mais duro que levei na vida. Ao escrever o poema FAUSTO na terça-feira, dia 22 de maio, antes de ir vê-lo na UTI, veiculado no blog da UBE, tive uma consolação divina: ao chegar no hospital antes de entrar no seu leito, abri a Bíblia aleatoriamente e me deparo com o Salmo 24, versículos 4 e 5, que dizem:

“4: Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade nem jura enganosamente

5: Este receberá a bênção do Senhor e a justiça do Deus da sua salvação.”

Ao contrário do Fausto da Literatura que vendeu a alma ao Diabo, o meu Fausto era doce. Muito difícil para ele se adaptar a este mundo de ilusões. Por saber que o nosso destino é partir e regressar preferiu antecipar seu regresso à casa do Pai porque, com certeza, fica entre o azul e o infinito.

Um grande abraço do
Eduardo Gosson

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