Cartas
de Cotovelo – Verão de 2023 – 7
Por:
Carlos Roberto de Miranda Gomes
CARNAVAL
DE COTOVELO 2023
Vim para a Comunidade de Cotovelo com a intenção de
apreciar os dias de Momo, mas fui raptado por Morfeu, e aproveitei muito, por
sinal.
Televisão (filmes), quem diria que chegássemos
nesta praia paradisíaca a tanta modernidade, pois o noticiário só trouxe
tragédias. Nem os desfiles tive coragem de assistir, senão as primeiras Escolas
de Samba desde sexta-feira até o sábado (São Paulo) e Domingo no Rio de
Janeiro. Hoje não sei suportarei a passarela, pois deixaram de apresentar a
espontaneidade de outrora, para oferecer um mega espetáculo para turistas.
Abracei-me com orações, mas igualmente fiz boas
leituras – uma delas surpreendente: “Diamantes Invisíveis”, de Paulo de Paula,
organizado por Iveraldo Guimarães. Não porque
Paulo não fosse uma pessoa importante, empresário bem sucedido, mas pela visão
filosófica que me proporcionou em sua obra, muito bem organizada por Iveraldo,
que já conhecia como do ramo. Paulo trata de sentimentos de conotação negativa –
como rejeição, não pertencimento, impotência e egoísmo, que permitem se
transformarem em positivos – generosidade e gratidão (ainda não terminei de
ler), mas o quanto já o fiz me deu ansiedade para terminar até o final do
Carnaval.
Ainda que, de longe, acompanhei o Carnaval da
Promovec pelas fotos e vídeos e constatei que foi um sucesso. Parabéns para os
novos dirigentes, que reverenciaram, no trajeto, o velho e querido folião Guga.
Preferi aproveitar os meus netos aqui comigo e com
alguns colegas deles, para fazermos uma sessão de mela-mela, sob o comando da
minha “Genra” Daniela, onde estiveram no cardápio: confete, serpentina, lança
espuma, banho de mangueira e piscina, sob os acordes de músicas de velhos
carnavais, coerente com a minha saudade de Thereza, que participava desta
folia.
O paradoxo da alegria das festas com as tragédias em outros estados brasileiros, deu-me motivo para reflexões dos
contrastes e a irreversível constatação de que o Espetáculo da Vida Deve
Continuar.
Não vi o mar nesses dias de retiro, pois um pequeno
problema de saúde obrigou-me a visitar uma clínica médica que me aplicou o “castigo”
de ingredientes incompatíveis com uma cervejinha gelada e outras extravagâncias
leniais.
Em nenhuma hipótese faltei com a obrigação diária e
rigorosa de assistir missa e orar pelos amigos enfermos e espíritos dos que já
foram chamados para a Eternidade.
Amanhã será o último dia de folia e ela não vai
contar com a minha participação, por mera opção, pois sou daqueles que não vê
nenhum satanismo nos que brincam e sim um tempo de alegria, confraternização
com as melhores intenções possíveis, na certeza de que após a folia muitas
amizades foram feitas, outras restabelecidas e se fez a PAZ nas terras brasilis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário