Viver
Berilo de Castro
A vida nos traz momentos de alegria, de
felicidade, de paz, como também de tristeza, de sofrimento e de depressão. Não poderia
ser diferente. Ela (a vida) gira como um carrossel no parque da existência
humana.
Há momentos felizes e tristes, todos eles com
início, meio e fim. Ninguém escapa, ninguém foge deles.
O isolamento social, o avançar da idade, a
falta do que fazer pesam muito, e em certos momentos podem chegar à tristeza e
à solidão, mas nada que não possam ser administrados, dominados e vencidos. É
preciso, sim, coragem e enfrentamento.
São momentos, muitas vezes, inesperados. Na
verdade, somos seus alvos centrais. Não escolhemos o momento exato de
assumi-los e absorvê-los.
Chegam sorrateiramente e, na maioria, em
ocasiões inesperadas e de incertezas.
À medida que envelhecemos, passamos a ficar
mais vulneráveis; a solidão passa a se aproximar e fazer morada ao nosso lado;
o ócio é danoso, não salutar e angustiante; é aí que a depressão pede passagem,
provoca e nos povoa. E, assim, se inicia o caminho, e se constrói a estrada
para aqueles que se entregam e se alinham nessa vereda triste e melancólica que
é a depressão.
É preciso reagir e vencer esse mal milenar,
cada vez mais vivo e ameaçador nesse mundo globalizado de hoje. Vamos à luta,
afastar e vencer esse embate cruel que crucifica a vida.
A vida precisa e deve ser vivida em sua
plenitude, em todas as suas fases e etapas com alegria e desprendimento. Não se
justifica o sentido inverso.
Vamos viver felizes, cada dia, cada minuto,
cada segundo como se eles fossem os derradeiros. A vida é uma passagem curta,
sem parada e sem volta. Aproveitemos enquanto o trem não para.
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