quarta-feira, 23 de junho de 2021

 


Minhas Cartas de Cotovelo – verão de 2021-31

Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes

       O São João do carneirinho, figura adorável das festas populares, com inesquecíveis momentos de fogueiras, fogos, quadrilhas, quentão e muito milho verde, os compadríos de fogueira, as simpatias. Alimenta a alegria, a confraternização, as cores das bandeirinhas penduradas, das cantigas e das brincadeiras próprias do período – pau de sebo, cocar de castanha, barquinho de farinha de milho, trajes típicos. Não corresponde ao São João Batista, mártir do Cristianismo.



       O segundo é a luz, a verdade e a vida. O anunciador do Messias, que por ele foi batizado com a presença do Espírito Santo, que deu os primeiros passos para a salvação da humanidade. João, o Batista, era primo de Jesus. Sua mãe, Isabel, era já mais velha e não tinha filhos, quando seu marido, Zacarias, que era sacerdote no Templo, recebeu a visita do anjo Gabriel, que anunciou que sua esposa estava grávida.

As primas então combinaram um sinal para quando Isabel desse à Luz: acenderia uma fogueira. E essa é a história da Igreja Católica para a fogueira de São João.

João Batista era aquele que batizava os que se arrependiam e batizou o próprio Jesus e o anunciou “Eis o Cordeiro de Deus, o que tira o pecado do mundo”. Na tradição cristã, anunciou a “boa-nova” (boa notícia) da vinda do Cristo, filho de Deus, salvador da humanidade, que “renovaria todas as coisas”. 

       No calendário litúrgico, o dia 24 é o seu dia, coincidindo com o culto a Adônis, cujo dia específico era 24 de junho, tendo por objetivo a celebração dessa renovação, da “boa-nova” do renascer da natureza, assim albergada pelo cristianismo, que cuidou de substituir Adônis por São João Batista. Porém na véspera dá-se a comemoração festiva.

Quem de nós não viveu momentos lúdicos das festas de São João, cuidadosamente preparadas nas escolas, nas famílias e nos folguedos organizados pelo povo ou pelo Poder Público. Tudo registrado com fotografias jamais esquecidas nos álbuns de registro da história de cada um.

 

 


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