segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

 

  

Minhas Cartas de Cotovelo – verão de 2021-13

Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes

CARNAVAL NA PANDEMIA

        Por mais que persistam os casos da Covid19 e que o medo de contaminação exista, ninguém deve abdicar da alegria dos dias dedicados a Momo, com cautelas, em casa com a família.

       Por pura necessidade, as brincadeiras caseiras devem durar pouco tempo, sem bebidas para depois de tudo terminado permitir um bate-papo para lembrar os carnavais da vida e os momentos mais marcantes.

       Eu fui um folião de verdade, saindo na Escola de Samba Deliciosos na Folia, depois no limiar da entrada na Universidade criei o bloco dos Feras ou mesmo frequentava com os amigos os Bailes de Carnaval, com a minha lança-perfume. Isso durou até 1962. Depois noivei e daí em diante as brincadeiras eram restritas a festas no bairro, sempre com a minha THEREZA. É possível esquecer essas coisas?

       Nos Carnavais do tempo de Veraneio, brincávamos sempre com uma alegria sadia, apenas com os porres de serpentinas, confetes, mela-mela, enfeites e muita música na varanda da casa da Rua Parnaíba. Ontem não foi diferente – os netos fantasiados e a bagunça sob o comando de Daniela, com música regida por Ernesto e sua bateria de panelas. Me pegaram e pintaram o que mais prezo, o meu bigode. Em vingança dei um banho de mangueira em todos eles. Pelas 17h,30min. A farra terminou e todos se prepararam para o jantar, eu e Rosa para leitura do Evangelho e calmaria no restante da noite.

       Publicamos as fotos nas redes sociais, mas com um esclarecimento meu – não pensem que desprezamos as pessoas que se foram, pelo contrário, invocamos a alegria de cada uma, nem os acamados com o Covid19 (Teta e Carlos Victor), com a justificativa de que a alegria ajuda a manter a família unida. Os doentes estão bem assistidos e temos comunicação constante para qualquer necessidade imprevista.

       Hoje é o segundo dia de Carnaval – o programa é praia e sossego, sempre no aconchego de uma rede na disputada varanda.

       Nossa temporada aqui em Cotovelo vai demorar porque devo ser preservado de qualquer contaminação até que esteja imunizado pela vacina, que não chega, apesar dos meus 81 anos, cardiopata, diabético, obeso e outra coisinha a mais. A alimentação é sadia porque em Pium existem plantações de frutas e hortaliças, a água é farta e o clima ajuda aos pulmões.

       A comunicação atualmente é perfeita, podemos resolver tudo pelo celular e a televisão, também é plena. Estamos em Pasárgada.

 







 

3 comentários:

  1. As Cartas deCotovelo do Blog do Miranda Gomes são leitura obrigatória para mim. Aprendo a escrever com sentimento e sou informado sobre o que acontece em nossa Cotovelo. Cotovelo é o Prof Carlos Gomes são SHOW!

    ResponderExcluir
  2. Gostoso vê-lo com filhos, genro, nora, netos, enfim, com a família reunida desfrutando o que a vida tem de melhor: saúde, amor e alegria !
    Que Teta e Carlos Vitor se recuperem, plenamente, o mais breve possível para que se juntem a esse convívio sem igual. Bom Carnaval(caseiro)! 😀😄

    ResponderExcluir
  3. Tio, fazemos parte dessa história dos saudosos Carnavais...contadas pelo seu coração sensível e festivo então...Maravilhosas!!!

    ResponderExcluir