domingo, 17 de janeiro de 2021

 


 

Minhas Cartas de Cotovelo – verão de 2021-7

Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes

            O dia raiou lindo, com o Sol espalhando os seus raios sobre os lugarejos de Cotovelo e Pium e a brisa compensando uma temperatura mais elevada.

Cumpridas as primeiras obrigações matinais de aguar as plantas e tomar a primeira refeição do dia, nosso destino não poderia ser outro, senão o reconfortante banho de mar, nas águas límpidas de Cotovelo.

As pessoas armavam suas sombrinhas ou barracas para melhor acomodação, na certeza de que demorariam na mansidão do mar por um tempo mais demorado.

Jovens brincavam de bola e frescobol, outros, um pouco mais experientes preferiam as caminhadas e todos os banhos de mar.

Os de menor idade se esbaldavam nos poçinhos, castelos de areia, na cobertura total do corpo por alguns poucos minutos – brincadeira de criança, como é bom - enquanto passavam os carrinhos de picolé caseiro, água de coco e mineral, tapioca, cocadas, cavaco chinês (o meu preferido) e outras iguarias ou vestimentas, ao gosto dos visitantes.

Da minha sombrinha vintenária, com assentos leves ou cadeiras de praia apreciava tudo, com os olhos voltados para o limiar do mar e as nuvens onde, certamente, em alguma delas estava sorridente a minha THEREZA.

Depois de tudo o regresso para o banho de chuveiro ou piscina e a segunda alimentação do dia, sempre surpreendente pela variedade, uma rede, um livro e a TV. Já não conto com a tradicional madorna com minha querida inesquecível companheira.

Pela tarde, recheada pelo bolo, pão e tapioca nativos, o indispensável café e, ao avançar a tarde uma ligeira caminhada, cadeiras no portão para assistir o jogo de voleibol defronte da casa. Até parece que estamos retornando aos tempos dos pardais nos verdes dos quintais! Até a chamada para o jantar. Após este só descanso, bate-papo, algum joguinho de dominó, baralho, botão ou outros.

Eu me recolho até terminar a missa diária, no canal do Divino Pai Eterno para rogar pelos meus amigos e amigas falecidas e daqueles que estão padecendo de problemas ou num leito de hospital, depois, passo a limpo as mensagens do meu celular e tomo conta do computador para os meus escritos.

No veraneio ficamos mais próximo da natureza, da beleza da criação e do diálogo com o criador. A solidariedade aflora como nunca e ficamos mais conscientes do que somos.

Obrigado Senhor por cada dia que me concedes e me livra desta pandemia intolerável. Tenho fé de que o Teu Corpo e Sangue derramado para salvar a humanidade, outra vez surgirá triunfante vencendo o inimigo mortal que nos aflige.

 

 

 

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