O VINHO
Francisco de Assis Câmara
Uma taça, apenas ─ solidão!
Um prazer insulado, intimista;
Autorretrato de um saudoso artista
Em pleno despertar da criação.
Duas taças transformam o cenário
Na presença do amor e da amizade;
Nesses momentos de felicidade
Voa, sem asas, o imaginário.
Gosto, perfume, tato e visão,
Ao tilintar das taças ─ audição,
O vinho toma forma de poesia.
Ah! O vinho!... Sabor de emoções,
É liturgia nas celebrações,
Em fraternos instantes de harmonia.
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Deusa da Feitiçaria, venenos e transformação |
CIRCE
Na Lua Nova
irei visitá-la
Nada terei de provar
irei para vê-la
e cumprir ordem de meu coração
Dê-me vinho
e seus melhores encantos
mas não esqueça:
não quero ser imortal
quero a minha liberdade
- Horácio Paiva
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