CARTAS
DE COTOVELO versão 2018 - 03
CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES,
veranista.
Afinal, com uma semana de atraso no ano que
começou, foi possível passar a primeira noite em Cotovelo. Dormida calma, da
melhor forma que pretenda qualquer vil mortal, sem businasso, bem diferente do
inferno dos finais de semana, onde a deficiência de uma via adequada de
trânsito congestiona Cotovelo, praia de passagem para os paraísos do sul.
Este assunto vem sendo insistentemente
cobrado pelos que enxergam além da ponta do nariz, mas sem uma resposta dos
órgãos competentes do Estado, sem atentarem para os ganhos financeiros que
advirão com a atração de empreendimentos novos em benefício dos turistas, com
pleno proveito dos moradores e veranistas da região.
Aqui nas
comunidades Pium-Cotovelo, esse benefício vem sendo aguardado e,
particularmente a PROMOVEC, associação civil que alberga os interesses dos
moradores, proprietários e veranistas tem sido vigilante em suas
reivindicações, com muito bom entrosamento com o Prefeito de Parnamirim, que
vem voltando suas ações para as melhorias reclamadas.
Mas existe
um outro ponto que merece estudo e solução – a paz pública e o silêncio
necessário após as 22 horas, que não são observados nas baladas de Pirangi,
cujo som, regado a verdadeiros bate-estacas, incomoda todo mundo e não se
conciliam com o sono dos que vêm para aqui buscar repouso, com sói acontecer
nas regiões praianas. Possivelmente uma regulamentação do assunto permita a
solução do problema.
Quando a
noite deixou escapar os primeiros raios de sol e depois a sua aparição plena,
fez-se a maravilha da confraternização das caminhas com o mar, um pouco de
esporte e a exposição comedida a beira-mar e afinal o banho repousante que nos
oferece o regresso ao lar revigorado – mais para uma boa refeição, uma rede ou
uma dose cantada em versos – caju nasceu pra cachação – uma rede na varanda. O
resto vem por acréscimo.
Tempo bom,
inspirador para a convivência fraterna, um baralho, um dominó, uma cantoria, a
brisa inigualável da costa, boas e inseparáveis leituras. Vai sair um poema, um
conto ou romance.
Arre égua,
que boommmm!
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