domingo, 19 de março de 2017

PROFESSORA JACI GURGEL, UM NOME EM MOSSORÓ

Por Eduardo Gosson (*)

Era o ano de 1981, século XX. Fui morar na Região Oeste por força de casamento e por força de trabalho. A primeira esposa é medica e foi trabalhar no programa Um Médico em cada município (governo Lavoisier Maia) e eu, professor, solicitei remoção, sendo encaminhado para a Escola Municipal José do Patrocínio Barra, na cidade de Felipe Guerra/RN, quase vizinho ao país  de Mossoró. Vivia mais em Mossoró por ser a sede das regiões Oeste e Alto Oeste, oportunidade em que ingressei nos quadros do Partido Comunista Brasileiro – PCB e no movimento sindical onde ajudei a reorganizar a Associação de Professores do RN – APRN, embrião do atual SINTERN. Em Mossoró conheci a velha guarda comunista que atuava no Sindicato do Garrancho e outros como Moreira, Alberto. Conheci também SALOMÂO  MALINA (dirigente nacional) do velho partidão de 1922.
Fiz essa pequena introdução para falar desta figura fantástica JACI GURGEL que coordenava o Curso de Letras na UERN e ensinava Português na  rede secundária. O que nos aproximou foi o amor à Literatura. Ela gostava dos meus escritos e me incentivou a prosseguir no caminho das Letras.
Apesar de pertencer a família Gurgel, uma das mais tradicionais naquela região, a professora JACI tinha posições progressistas. Concordava com o filólogo ANTONIO HOUAISS que MOSSORÓ deveria ser grafado com cedilha assim MOÇORÓ. Conheci sua filha única que hoje deve ser uma mulher bonita (professora JACI era mãe solteira). Esta jovem era filha de um cidadão cubano.
Hoje, vendo o  facebook, tomei ciência da sua morte através do escritor FRANCISCO RODRIGUES, memorialista daquele pedaço do RN e sócio efetivo da União Brasileira de Escritores-UBE/RN.
“A desvantagem de viver muito é ir enterrando os amigos” – afirmou Oscar Niemayer.
Eu não sabia que doía tanto!
(*) Poeta. Eduardo  Gosson  preside a UBE/RN.

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